28 - Cotidiano

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Chegay!

O alarme tocou religiosamente as seis da manhã, marcando o fim da rotina familiar para iniciar a de trabalho e Katsuki quis explodir ele e todo o resto, desejando ficar em casa e poder aproveitar mais tempo com a família

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O alarme tocou religiosamente as seis da manhã, marcando o fim da rotina familiar para iniciar a de trabalho e Katsuki quis explodir ele e todo o resto, desejando ficar em casa e poder aproveitar mais tempo com a família.

Família. A palavra tinha um gosto agridoce para si, trazendo a tona tantas emoções que o deixava confuso, porém exultante. Apesar da rotina cansativa, era indescritível estar ao lado de Eijiro e Takeshi, o deixava feliz e satisfeito de um modo que não podia explicar ou achava que merecia.

Agora teriam um novo membro, ou melhor, já tinham e o alfa já amava mesmo sem saber qual gênero ou ter um nome ou face. Era estranho e apavorante ao mesmo tempo porque Takeshi ainda não tinha completado nem um ano de idade e já estava sendo promovido à irmão mais velho, sem contar que aconteceu tão rápido que o deixara desnorteado.

Sorriu terno, bocejando antes de se virar e afastar delicadamente os fios que cobriam o rosto do ômega adormecido, sentindo o coração aquecer e desmanchar com a visão. Seu ômega era lindo e maravilhoso, mesmo quando adormecido, roncando de boca entreaberta, parecendo um porco.

Desceu a mão tocando o ventre ainda liso dele e sorrindo. Eles haviam feito de novo, não é? Criado outra vida sem planejamento algum, apenas entregues ao calor, desejo e necessidades hormonais naturais. Podiam ser estúpidos e atrapalhados, mas amavam seus pequenos pacotes de amor.

Os dedos circundaram gentilmente a extensão da pele, ansioso para descobrir qualquer elevação ou indício de que não era uma alucinação, apesar de ter certeza de que era muito cedo para isso. O simples fato do ômega poder gestar uma vida criada por ambos era um advento maravilhoso, um milagre. Em apenas alguns meses eles teriam outro bebê e dessa vez Bakugou estaria lá para garantir o bem estar de seu ômega e poder dar as boas vindas ao filho que já amava tanto.

Poderia facilmente ficar ali pelo resto da vida, apreciando a visão e companhia, o coração palpitando feliz e agradecido, infelizmente a vida adulta o chamava e as obrigações o capturariam, então afastou-se, dando um beijo em Eijiro e o cobrindo.

O ômega sorriu em meio ao sono, revirando e descobrindo as pernas, o que arrancou um riso baixo de Bakugou. Ele nunca mudaria, sempre enérgico até mesmo inconsciente.

Espreguiçou-se recolhendo as roupas do chão e levando para o banheiro onde as colocou na cesta, aproveitando para escovar os dentes. Na volta se tocou de que havia algo estranho e diferente naquela manhã preguiçosa e lutou contra a lentidão de pensamento antes de se dar conta de algo inédito.

Takeshi não tinha acordado nenhuma vez aquela noite.

Agitou-se com o pensamento de que havia algo de muito errado naquilo, correndo até o berço e se debruçando sobre as grades.

Ele estava ali, quieto e ainda coberto do jeito que havia deixado na noite anterior, de bruços com uma das bochechas espalhadas sobre o colchão.

Havia algo de errado.

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