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     Lan Xichen e Nie MingJue estavam em um pequeno vôo para curtir a lua de mel.

– Você está bem alfa? – Lan Xichen perguntou ao sentir seu marido apertar mais forte sua mão durante uma turbulência.

– Estou, só não gosto de aviões.

– Meu medroso. – Xichen sussurrou deixando um beijo suave no queixo do alfa.

      Nie fechou falsamente a expressão.

– Não sou medroso, só tenho medo dessa coisa cair.

– A–Jue é mais fácil você ser atingido por um raio do que um avião cair.

     O avião deu uma tremida e o alfa fechou os olhos respirando firme pressionado ainda mais firme o aperto. Xichen sorriu e colocou sua outra mão sobre a do marido, que ao sentir o toque olhou para o ômega.

– Se quiser uma distração você pode me beijar.

      Claro que o Nie não iria perder essa oportunidade, inclinou-se um pouco mais na poltrona e selou os lábios do parceiro. Nem sequer se dando conta que aquela turbulência havia passado, foi o Lan que quebrou aquele beijo e ergueu sua mão até tocar o resto do companheiro.

– Eu te amo A–Huan.

– E eu te amo A–Jue.

     O resto da viagem foi tranquila, talvez eles tiveram que se beijar novamente quando o avião foi aterrissar, mas nada que eles fossem reclamar.

     Assim que saíram do aeroporto puderam contemplar o céu laranja decorrente do pôr do sol.

"Lindo".

       Nie MingJue faltaria se ajoelhar ali mesmo e se curvar diante de Lan Xichen, aquele homem era a definição da perfeição, seus cabelos sacudindo conforme a brisa passava, seus olhos brilhavam diante daquele céu e sabia que todos os dias que vivesse ao lado do ômega seriam os melhores da sua vida.

– O que foi? – Xichen perguntou ao notar o marido o encarando.

– Você. Eu sou o alfa mais sortudo do mundo por ter um ômega tão lindo, educado e tão doce.

      O Lan deu uma risadinha enquanto revirava os olhos, suas bochechas levemente rosadas, passasse o tempo que fosse e ele ainda não se acostumaria com o jeito que o outro o fazia ficar envergonhado.

– Bobo! Vamos?

     Eles chamaram um táxi e seguiram rumo ao hotel, assim que chegaram ao local fizeram o check-in e foram para o elevador.

– Eu nem estou acreditando nisso tudo. Estamos em Hong Kong, mal posso esperar para conhecer esse lugar. – O ômega disse animado.

– Vamos a todos lugares que você quiser.

      O elevador indicou o andar que eles ficariam e abriu as portas. Eles saíram e seguiram até o quarto que havia reservado, assim que entraram tiveram uma surpresa. O quarto estava coberto de pétalas de rosas e sobre uma mesa havia um balde com gelo e champanhe dentro, em meio alguns guardanapos de tecido dobrados meticulosamente em forma de rosa havia duas taças e a frente um cartão dobrado.

– Foi você? – Lan Xichen perguntou olhando para o marido.

– Não, eu nem tinha ideia. – Nie MingJue respondeu tão confuso quanto o outro.

– Mas não foi você que fez as reservas?

– Eu escolhi o lugar, quem resolveu tudo foi o meu irmão. – Nie explicou entrando e fechando a porta.

"Boa ideia, péssimo momento." Pensou o Lan averiguando a bebida alcoólica.

      Xichen seguiu até a mesinha e apanhou o bilhete, abriu-o e riu do que estava escrito, já imaginava a cara do funcionário que teve que escrever aquilo, Nie Huaisang tinha a face muito grossa mesmo.

– O que diz aí?

– Boa lua de mel para os pombinhos, considere um presentinho extra meu e do Wen Ning. Não se esqueçam de me encomendar um sobrinho ou uma sobrinha. Abraços, Nie Huaisang e Wen Ning.

      Eles riram daquilo e antes de qualquer coisa foram até o guarda roupas e aos poucos colocaram as peças dobradas outras eram penduradas. Nie até reclamaria da preguiça e jogaria tudo ali de qualquer jeito, mas conhecia o marido que tinha e não queria ser jogado da varanda.

      Depois Lan Xichen foi para o banheiro e aquela banheira estava convidando para relaxar, ele logo abriu as torneiras regulando a temperatura até atingir o ideal, logo após jogou algumas essências, sabonete líquido e sais. Nie MingJue estava ligando para o irmão para agradecer a surpresa e avisar que tudo estava bem.

       O Lan se despiu e entrou na água sentindo cada músculo do seu corpo agradecer, havia se encostado na beira da banheira e apoiou sua cabeça na borda onde havia deixado uma toalha dobrada. Fechou os olhos e relaxou, pouco depois a porta do banheiro foi aberta e o Nie entrou carregando duas taças de champanhe, entregou uma para o parceiro que ao invés de beber a deixou sob o mármore na lateral da banheira.

– Amor, junte–se a mim.

        Nie MingJue concordou entregando sua taça para que o outro colocasse junto a dele no mármore e se afastou para despir toda sua roupa, seguiu até a banheira e entrou ficando de frente para o ômega, segurou os pés dele e começou a massagear arrancando um gemido de contentamento.

– Finalmente paz. Como você está se sentindo meu amor? – Nie perguntou erguendo o pé direito do marido e beijando seu tornozelo.

– Eu estou bem agora. Estou tão feliz que tenho até medo de piscar e tudo isso ser apenas um sonho bom.

– Isso é real A–Huan. Eu estou aqui com você e estou muito feliz. Vamos brindar.

     Lan Xichen respirou fundo e moveu-se até deixar suas costas apoiadas no peitoral do alfa.

– O que foi meu amor? Você está bem? – O alfa preocupou com a recusa do ômega.

– A–Jue, eu preciso te contar uma coisa agora que estamos sozinhos.

– Fale. – Nie pediu ainda mais preocupado.

– Me dê suas mãos.

      O alfa estendeu as duas mãos e o ômega as apanhou colocando sobre sua barriga.

– Daqui alguns meses nós seremos três.

     Nie MingJue sorriu tão grande que achou que seu rosto iria rasgar. O amor da sua vida estava esperando um bebê deles.

– Você vai ter um bebê! – Bradou feliz.

     Lan Xichen sorriu pela animação do companheiro.

– Sim alfa, vamos ter um filhote.

Involuntary (XiCheng/ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora