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          A pessoa andava de um lado para o outro, sua ira era quase palpável e por tal razão apanhou o primeiro item pela frente atirando no homem a sua frente, este apenas desvio.

– SEU INCOMPETENTE!

– Senhor como eu poderia saber qual dos bebês era? – Indagou de forma óbvia.

      O indivíduo apertou suas mãos em raiva e seguiu até o homem segurando-o pelo colarinho.

– Agora são dois alertas! Livre-se dessa criatura! – Disse apontando para Jiang Xuanyu.

– Você enlouqueceu? Escute aqui, eu fiz o que fui pago para fazer, não é mais problema meu. Você que se vire, eu não vou matar uma criança!

– Ninguém falou em matar, apenas jogue em qualquer lugar por aí!

       O homem arrancou as mãos da pessoa de seu pescoço e a empurrou jogando-a no sofá.

– Eu posso ser um assassino, sequestrador e fazer qualquer coisa por dinheiro, mas eu não mato um bebê. Eu vou embora daqui e espero que meu dinheiro esteja na minha conta.

       Assim que deu as costas e começou a andar algo atingiu sua nuca com um abajur que estava no móvel ao lado do sofá, fazendo o sequestrador cair no chão desacordado.

– Alfa de merda! – A pessoa disse cuspindo no desacordado. – Vamos ver agora o que vou fazer com vocês.

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       Huaisang voltava para a casa de Xichen acompanhado deste, estava louco para ver seu companheiro e os bebês. Todavia, assim que o Lan puxou a chave viu que o portão estava aberto.

– A-Sang, veja! – Disse apontando para a fechadura.

      O outro ômega apenas empurrou o portão e logo o corpo do policial tombou de lado fazendo-os gritar pelo susto.

– Ligue para a polícia A-Sang. – Xichen pediu desesperado e olhou para a casa de cima. – Meus filhotes!

      Antes que ligasse o celular tocou e era Wen Ning.

– Estou aqui amor!

– Os bebês! Levaram os bebês!

       Xichen não importou com nada e ignorou os gritos de Huaisang, apenas saiu correndo até estar dentro da casa. Wen Ning estava com a testa sangrando e assim que o Nie viu aquilo veio correndo até seu companheiro desesperado, ainda no telefone pediu por uma ambulância.

      Já o ômega Lan corria por toda casa olhando em cada canto e não havia nenhum sinal das crianças, quando voltou à sala ele gritava desesperado.

– OS BEBÊS!

– Um alfa entrou aqui e me bateu com a arma... Eu tentei impedir, mas ele os levou...É minha culpa. – Wen Ning explicou em meio ao choro.

      Seu companheiro o abraçava e se dividia entre dar atenção à policial do outro lado da linha e os outros ômegas desesperados.

– Jiang Cheng. – Xichen murmurou para si enquanto tentava ligar para o alfa.

      Suas mãos estavam tão trêmulas e seus olhos tão embaçados que parecia impossível acertar o contato. Depois de um tempo conseguiu, cada segundo que o celular apitava o medo crescia.

– Oi querido. – Jiang Cheng atendeu.

– Nossos filhotes, sequestraram nossos filhotes! A-Cheng!

– O que? Estou indo para aí agora meu anjo! – O alfa respondeu.

       Jiang estava aflito e em seu coração surgiu o ódio, ele mataria quem tocou em sua família. Pegou o carro e dirigiu para a casa do ômega, no caminho usou o sistema do carro para ligar para Wei Wuxian e contar o que estava acontecendo, sabia que iria precisar do máximo de pessoas para ajudar a encontrar as crianças.

      Quando chegou à casa, havia vários carros da polícia e uma ambulância no local, rapidamente ele estacionou e correu para dentro da casa, um policial tentou impedi-lo, mas Xichen veio correndo até o alfa abraçando–o.

– Nossos bebês! Levaram nossos filhotes!

– Vamos encontrá-los meu anjo, nem que eu tenha que ir até as profundezas da terra.

– Alfa, se isso é um sequestro, já deveriam ter ligado e exigido alguma coisa. Ninguém ligou até agora, eu estou com tanto medo. Nossos filhotes devem estar tão assustados.

– Vamos achá-los, o Wei já está enviando mensagens para todos os grupos e terá a foto deles estampada em cada esquina e em cada rede social. – Jiang Cheng tentava acalmar o ômega mesmo que nem mesmo ele estivesse.

       Duas pessoas entraram naquele lugar às pressas e foram direto para o casal.

– Assim que fiquei sabendo, vim para cá. Já estava próximo.

– Xue Yang, o que faremos agora? – Xichen questionou tremendo muito.

       Huaisang apareceu com dois copos de água com açúcar e entregou para o casal Xicheng, em seguida deu uma olhada para os dois à sua frente.

– A polícia irá bloquear cada estrada, ninguém saí dessa cidade sem ser vistoriado. Vamos encontrá-los.

      Xichen parecia branco que nem um papel, então Jiang Cheng o ajudou a se sentar no sofá. Enquanto isso Huaisang se afastou com Xue e Escorpião, seus olhos seguiam para todos envolvidos e pousou em seu companheiro que tinha uma bolsa de gelo pousada na testa.

– O que acham?

– É uma pessoa diferente. – Xue Yang explicou olhando ao redor.

– Como você sabe? – Huaisang indagou.

– Esse louco explodiu a casa do cara que invadiu a sua casa ontem. – Escorpião explicou jogando a culpa no ômega meio psicopata.

– Mas você o matou antes. – Xue apontou se livrando da culpa sozinho.

– Que se dane, apenas saibam que se encontrarem a pessoa antes da polícia oficial mesmo, matem.

       Os dois concordaram e foram dar uma análise no local, antes de se darem conta o celular de Xue Yang emitiu um som de notificação e quando ele olhou notou que era um endereço. Quando ligou para o número a ligação dizia que o número de telefone não existia.

– Usaram um aparelho descartável. – Comentou com o Escorpião.

        O celular deste então vibrou e ele puxou o objeto observando ser um outro endereço, mas esse vinha de um dos olheiros do Escorpião.

– Mais alguém sabe de algo, pode ser uma armadilha. – Xue comentou analisando as possibilidades.

        Um outro policial recebeu um chamado e logo veio até Xue Yang avisar:

– Tem um chamado, receberam uma denúncia. Acharam uma das crianças, informaram que um homem estava jogando a criança em uma caçamba de lixo, mas foi avistado pelos garis. Estão o mantendo preso enquanto os policiais mais próximos chegam.

– Tem endereço? – Yang indagou desviando o olhar do policial para o Escorpião.

        Quando o policial informou o endereço citado, o ômega agradeceu e avisou que iria falar com os pais da criança, mas antes de fazer isso assim que o colega saiu voltou para o detetive.

– Era o endereço da mensagem do seu celular Escorpião.

– Sim, era um dos meus olheiros, coloquei um em cada zona afastada dessa região, digamos que eu tinha uma leve suspeita de quem poderia ser o sequestrador.

– E quem seria? – Xue questionou confuso.

– Zhao Jing, meu genitor. Aquele pedaço de lixo ambulante.

– Acho que vir de famílias de merda é requisito obrigatório para ser uma pessoa como nós. Enfim, vá para o endereço do meu celular e tome cuidado. – O ômega disse antes de seguir até os amigos que estavam inconsoláveis.


Involuntary (XiCheng/ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora