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– O que você está me dizendo Lan Wangji? – Lan Qiren indagou do outro lado da linha.

– Eu sei que o senhor não é completamente a favor na minha relação com o Wei Wuxian, mas ele é minha vida. Como um alfa eu também devo proteger a minha família desde a menor ofensa até o pior crime. Meu filho não precisa passar pelo que eu passei, pelo que o meu ômega passou e passa até hoje. – Lan Wangji explicou olhando para a porta para ter certeza que ninguém ouviria sua conversa.

Então você quer mesmo que aquele documento seja executado? Sabe que se isso for feito, será a ruína do resto da família Yu.

– Tio, todos nós sabemos que aquela família já desviou milhares para outras contas. Porém a madame Yu é muito cheia de si para isso, ela não tem nenhuma garantia a não ser o Jiang FengMian. Execute o documento, eu abro mão da minha parte para o senhor. Não quero um centavo do dinheiro dessa mulher.

         Enquanto isso, Wei Ying acordou na sua cama com A-Yuan tentando abrir seus olhos.

– Nabinho, ainda está cedo. Deite com o papai e durma. – Wei resmungou tentando puxar seu filhote para junto dele.

– É hora de levantar mamã! Eu tenho que ir para a escola. – Sizhui falou tentando acordar o pai a qualquer custo.

– Mas eu quero dormir. – Wei resmungou enfiando um travesseiro no rosto.

– Mamã? Mamã? Acorda mamã! – Sizhui sentenciou sério.

               O pai ômega choramingou e retirou o travesseiro do rosto.

– Lan Zhan! Vem cuidar da sua cópia aqui, ele não me deixa dormir! – Gritou pelo seu companheiro.

            A criança riu sapeca e pulou na cama.

– Mamã! Acorda. Acorda!

– Tá bom. Acordei!

           Depois daquela insistência Wei Wuxian desistiu de dormir, aquela era uma guerra perdida.

– Vá vestir seu uniforme.

          O pequeno concordou e saiu correndo, Wei sorriu e fechou os olhos novamente, mas o choro da criança interrompeu definitivamente seus projetos. Ele se levantou e saiu do quarto vendo Sizhui no corredor, ele estava encima do tapete e alisava sua testa.

– Mamã. – Lan Yuan chorou enquanto abria as mãos pedindo pelo colo do ômega.

– Oh meu bebê. – Wei respondeu pegando a criança no colo. – O que aconteceu?

– Eu escorreguei e bati na parede. Tá doendo!

          Cautelosamente Wei averiguou a situação, a testa do filho em um ponto estava vermelha, certamente teria um galo.

– Já passou, já passou. Vamos colocar um gelinho aí que vai melhorar.

            O ômega foi para a cozinha e abriu a geladeira, apanhou a forma e puxou para fora.

           Lan Wangji tinha acabado de terminar a ligação quando voltou para dentro e encontrou o filho chorando no colo do pai.

– O que aconteceu? – Perguntou analisando seus dois garotos ali na cozinha.

– Ele bateu a cabeça na parede. – Wei explicou enquanto tentava tirar o gelo da forma usando uma só mão.

– Mn. – Lan Zhan murmurou antes de tomar a forma da mão do parceiro e foi preparar a compressa fria.

           Pouco tempo a criança tinha uma toalha pequena com alguns cubos de gelo sendo temporariamente aplicada no local para diminuir o inchaço.

– Precisa tomar cuidado A-Yuan. – O alfa avisou, mas sem ficar pedindo muita precaução, afinal era apenas uma criança e aquilo fazia parte da infância.

– Tá papai.

        Claro que Wei Wuxian revirou os olhos, pois sabe que se não estivesse ali, era bem provável que Lan Wangji tivesse levado a criança ao hospital e pedido uma tomografia.

          Depois de um tempo e um beijo de cada um dos pais, o menininho já estava andando animado pela casa pronto para ir para a escola.

– Vocês dois são os seres mais importantes da minha vida, eu não suportaria perder vocês. – Lan Wangji comentou depois de um longo tempo em silêncio.

– Você jamais vai nos perder.

– Eu quase te perdi uma vez, eu enlouqueci. – O alfa sussurrou com um bolo preso na garganta. – Foram os piores meses da minha vida.

– Você não vai me perder, é uma promessa. Eu voltei para vocês e sempre vou voltar. Eu te amo Lan Zhan. – Wei declarou puxando o alfa para um beijo.

– Eu também amo muito Wei Ying. – O alfa respondeu ao se afastar do marido.

            O ômega puxou o Lan novamente e esfregou o nariz contra o pescoço deste capturando seu cheiro.

– Wei. – Lan Wangji chamou soltando um pouco de seus feromônios. – Meu amor, recomponha-se.

– Zhan-gege. – Gemeu contra o pescoço do maior.

– Meu doce ômega travesso. – O alfa comentou com um sorriso breve.

             Um pequeno apareceu na sala e se colocou na frente dos pais.

– Papais, estou pronto.

– Meu filhotinho lindo, como pode ser tão perfeito? Eu quero te abraçar o dia todo. – Wei comentou olhando para o pequeno que segurava sua mochila azul com algumas notas musicais desenhadas.

           Era sempre assim, no final Lan Wangji acabava levando o filho para a escolinha e depois seguia para a faculdade onde dava aulas. Wei ficava e arrumava algumas coisas antes de ir para seu escritório atender alguns de seus clientes.

            As horas iam passando, antes de atender o último paciente anteriormente ao seu horário de almoço iria pedir um favor para seu cunhado. Sabia que seu filho era calmo, então não daria trabalho. Dessa forma, apanhou seu celular e mandou algumas mensagens para Lan Xichen.

            Sua recepcionista avisou sobre a chegada de uma criança que era sua próxima paciente e ele foi trabalhar.

            Enquanto isso Lan Xichen ria do outro lado da tela, seu cunhado era louco, mas era a maior diversão que ele conhecia. Além que sempre estava ao seu lado quando precisava, não era e jamais seria sacrifício algum cuidar de Sizhui.

Involuntary (XiCheng/ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora