Já era madrugada, apenas uma luz acesa na casa e um jovem atualizava a imagem no computador pela milésima vez. Na sua cabeça nada fazia sentido, aquele assassino não havia dito toda história e isso se concretizou quando o ômega descobriu que o homem era um assassino de aluguel, além de cometer alguns crimes em si, ou seja, algo não batia.
Outro fator dizia respeito às provas encontradas na casa do assassino, tinha uma agenda com vários números, datas e codinomes, além disso um mapa riscado e o ômega logo identificou que se tratava da área de atuação da delegacia. Foi então que sua cabeça começou a calcular, traçou então uma ordem dos números da agenda e percebeu que eram datas e possíveis valores. Dentre as datas havia a da morte de MingJue e um número com alguns zeros na frente, mais a frente 3 letras, SRJ.
– Não pode ser. – Xue falou para si mesmo afastando da cadeira. – Não foi por acaso, alguém encomendou a morte do MingJue.
Alguém abriu a porta e foi até ele, segurou seus ombros os massageando e se abaixou dando-lhe um beijo na nuca.
– Querido venha dormir.
– Alfa, eu não estou com sono. – O ômega resmungou puxando a mão do alfa a beijando.
– Eu sei A-Yang, mas está tarde. Desligue esse notebook, venha dormir.
– Mas...
– Sem mas, formiga. Hora de dormir. – XingChen avisou e ficou esperando.
O ômega bufou, porém fez o que foi pedido. Aquela informação ficou na sua cabeça e agora ele precisava ir mais a fundo, ele precisava saber quem era o mandante, ele precisava saber quem mandou matar seu amigo. Por hora, ele iria deitar com seu alfa e seu beta para tentar conseguir pregar seus olhos.
Em algum outro lugar daquela vasta cidade o celular de um mercenário tocava, ele atendeu a chamada.
– Alô? Quem é?
– Você não precisa saber quem eu sou, o que importa é quantos zeros você terá na sua conta ao fim de um bom trabalho.
– O que você quer?
– Me diga o seu preço, tive boas referências, espero que honre com seu nome.
– Qual a finalidade?
– Preciso que mate duas pessoas.
– Isso não será nada barato.
– Qual sua conta?
Mal havia falado a conta e mais de 50 mil dólares caiu em sua conta.
– O resto você terá assim que terminar o serviço completo.
– Quem eu terei que despachar para o submundo?
– Anote bem esses nomes, Jiang Cheng e Lan Xichen. Eles devem morrer! Em breve você receberá mais informações e fotos, não faça nada com a criança Lan, apenas os adultos devem morrer. Su She, se algo acontecer com a criança, eu mesmo mato você.
– Como quiser.
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No dia seguinte...
A mulher jogou a pilha de planilhas em Wei.
– Não consegue fazer isso direito? Acha que só porque o seu marido comprou as ações que você pode fazer o trabalho de qualquer jeito?
– Madame Yu, as planilhas estão corretas. – Wei explicou pacientemente.
– Refaça.
– Se discorda, reclame com meu alfa, pois os dados foram fornecidos por ele e também pelo tio Jiang.
– Ora seu...
Wei apanhou os documentos e respirou fundo.
– Madame Yu, eu sei que a senhora me odeia pelo simples fato da minha mãe ter sido noiva do tio Jiang, mas o que eu tenho haver com isso? A senhora não está casada com o tio Jiang? Não tem dois filhos maravilhosos com ele? Por que todo esse ódio e por que desconta isso em mim?
– Porque eu jamais serei ela, se ela não tivesse aparecido na vida dele, ele teria sido meu alfa de verdade e não só por causa desse vínculo. Jiang nunca me amou como amou a sua mãe. – A mulher bradou em raiva.
O ômega soltou o ar e deu uma risada curta enquanto coçava a ponta do nariz.
– O que eu tenho haver com isso? Eu nem lembro direito dos meus pais, mas sei que a minha mãe amava o meu pai. Por que o tio Jiang não amaria você? Todo esse ódio dirigido a mim não faz o menor sentido!
– Você é tão inútil quanto ela, procurando alfas com dinheiro.
– Eu não aceito que fale assim da minha mãe. – Wei perdeu a paciência.
– Ou o que? Você deu um golpe em Lan Wangji! Aquela criança pode nem ser filho dele! – A mulher começou a falar alguns tons mais altos chamando atenção de alguns funcionários.
– Não diga isso, eu nunca trairia meu alfa. Eu o amo mais que tudo na vida e amo o A-Yuan!
A mulher riu falsamente, andou ao redor e seguiu até o ômega.
– Se amasse não teria fugido e não teria tentado se matar. Você não pensa no quanto desgraçou a vida de Lan Wangji? Você não tem ideia do quanto ele sofreu por sua causa. Você não vê que por você ele só tem pena?
– Não, não é assim!
– Você nem sequer pensou no seu filho! – Ela bradou fazendo o ômega entrar em um estado de pânico.
– Não foi isso, pare!
– Você abandonou seu filho! Você fugiu! – Ela apontava jogando aquelas palavras rudes. – Você deveria ter morrido! Onde quer que vá, só leva desgraças, você causou a morte dos seus pais e agora quer levar todos para o mesmo buraco.
– Pare! – Wei pedia se afastando.
– Você deixou seu alfa e seu filho, agora acha que Wangji se importa? Ele só está com você pelos herdeiros. Ele só está com você para ter filhos, ele não te ama!
Aquilo tudo estava sufocante e Wei não conseguia mais ficar ali, então apanhou seu celular, sua carteira e sua chave fugindo imediatamente dali, ele não iria aguentar tudo aquilo indo e vindo.
– Lan Zhan me ama! – O ômega repetia para si mesmo várias vezes.
Seguiu para casa e ao entrar tudo que fez foi se enterrar entre os edredons, a todo instante ele clamava pelo seu alfa. Ele precisava de carinho, ele precisava se sentir amado.
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Involuntary (XiCheng/ABO)
FanficLan Xichen era um ômega que casou-se jovem com o alfa Nie MingJue, um oficial da polícia. O casal com pouco tempo de casados descobre que a família está crescendo, o que gera a maior felicidade da família, todavia no meio de toda aquela alegria uma...