Involuntary (XiCheng/ABO)

20

AVISO: Este capítulo apresenta conteúdo que pode ser sensível para algumas pessoas. (Toques não consentidos e violência física).

           Xue Yang andava tranquilamente fazendo sua caminhada matutina, foi quando o viu. O ômega jamais esqueceria da cara daquele desgraçado que matou seu amigo. Não era a toa que mantinha uma das imagens retiradas das câmeras de segurança em seu melhor ângulo, aquele miserável iria pagar.

           Aos poucos e furtivamente seguiu o assassino, levou muito tempo até que chegasse a uma casa simples, mas de longe se podia sentir o cheiro asqueroso daquele homem.

             O ômega esperou por um tempo e seguiu até a parte de trás da casa, através das frestas podia averiguar os movimentos do assassino. Apanhou seu celular e enviou um comunicado à polícia, se estivesse certo teria alguns minutos para fazer tudo que tivesse direito, todavia assim que olhou novamente para dentro da casa não viu mais o homem.

            Quando se moveu para tentar encontra-lo sentiu um metal frio contra seu pescoço, a lâmina de uma faca arranhava seu pescoço tirando algumas gotas de sangue, mas não aprofundou a ponto de realmente cortar.

– Eu não gosto de curiosos rondando a minha casa. Diga, o que você quer aqui? – Questionou colando ainda mais o corpo afiado da faca contra a nuca do outro.

                 Rindo falsamente Xue Yang ergueu os braços em sinal de rendição, o alfa riu e passou a língua asquerosa contra a lateral do pescoço do ômega. Este quase vomitou ali mesmo, aquele homem o tocando daquela forma era nojenta.

– Não grite belezinha.

                   O homem tapou a boca de Xue Yang e o arrastou para dentro da casa, com este resmungando por trás da mão do homem, por fim o policial o mordeu.

– Sua cadela. – Gritou empurrando o ômega e dando-lhe um tapa forte do rosto.

            Tal movimento fez Xue cair ao chão.

– Uma vadia marcada e que não tem medo de morrer.

               O ômega limpou sua boca onde um pequeno filete de sangue escapou.

– Já terminou Zhao Jing? – Xue questionou provocando o outro.

– Como você sabe o meu nome? Quem é você? – O alfa indagou indo para cima do ômega que desviou do primeiro ataque devolvendo com uma cotovelada nas costas que fez o homem bater contra a parede.

– Eu sei muitas coisas sobre você, seu assassino de quinta.

           O alfa se virou e retornou ao ataque tendo Xue Yang desviando de cada uma das investidas, ao fim este chutou o joelho do assassino o fazendo cair, em seguida pisou-lhe a mão quando tentou se levantar.

– O que foi? Machuquei sua mão?

            Com ódio Xue sorriu sarcástico e colocou seu peso no calcanhar esmagando o dedinho da mão do homem.

– No início dói mesmo, adivinha só? Essa é a intenção. – Disse e chutou a cabeça do alfa o fazendo tentar alcançar a faca. – Sério mesmo? Não consegue lutar de igual para igual? Um covarde mesmo!

             O Zhao socou a perna do ômega e se levantou rapidamente ainda tonto pelo chute, despertou ataques múltiplos contra Xue, mas este era hábil e se esquivava facilmente, por fim o ômega segurou o braço do alfa trazendo para trás fazendo com que deslocasse.

– Infelizmente, eu não posso te matar, mas isso não me impede de te ferir. Eu gostaria de te fazer virar picadinhos, talvez arrancar seus olhos ou cortar a sua língua. Por sua causa eu perdi meu amigo. – Disse enquanto acertava pontos específicos no corpo do alfa. – Você vai pagar ainda, por cada lágrima que causou.

         O ômega soltou o alfa chutando estrategicamente o joelho direito o fazendo cair. Apanhou a faca presa na bota e passou a girá-la em frente ao rosto do assassino.

– Sua única chance de dizer algo. – Avisou.

– Você não sabe de nada ômega nojento. – O alfa disse cínico.

– Ahh, quem disse que não? Por que você matou o Mingjue? Ele tinha uma família. – Xue Yang questionou socando o rosto do outro.

– Ele tinha que morrer! – O alfa murmurou ao sentir as unhas do ômega apertarem seu pescoço.

– O que você quis dizer com isso? – Perguntou o ômega um tanto quanto confuso.

– Negócios são negócios. – O assassino murmurou com um sorriso perigoso.

           Xue Yang conseguiu ao longe ouvir o barulho das sirenes se aproximando, o alfa também pareceu perceber isso, pois tentou passar por aquele a fim de evadir do local. Entretanto, não foi permitido, o que resultou nos dois rolando pelo chão da sala após o assassino tentar sair à força. Quando a polícia invadiu o lugar, o alfa tinha cravado a faca no braço do policial a paisana.

– Preciso de uma ambulância agora. – Um dos policiais que invadiram o local disse pelo rádio.

            O ômega se levantou e seguiu para a área externa, mesmo sob o protesto dos colegas de profissão, mas assim que estava sozinho pode dar um sorriso, mas não de alegria e sim de ódio.

"Sem perdas, sem ganhos!" Pensou ao saber que o alfa dentro daquela casa iria sofrer um bom tempo levando em conta que o ômega havia quebrado seu braço, deslocado o outro e provavelmente rompeu o tímpano.

          A facada tinha sido apenas uma aposta arriscada, mas ele sabia que valia pena. O que era um corte para alguém que já havia perdido um dedo? Aquilo não acabaria ali, era o que ele pensava até ouvir um tiro. Quando voltou para dentro da casa, o alfa estava com uma arma na mão e parte da sua massa cinzenta projetada para fora, em sua face o resto do que seria um sorriso presunçoso.

              Xue Yang gritou de pleno ódio, não podia ser tão fácil assim! Aquele desgraçado não poderia morrer daquela forma. Ele sabia de algo, alguém queria seu amigo morto e ele precisava saber o motivo.

– Quando eu morrer, irei amaldiçoar todas as suas 13 gerações e seus antepassados, você irá pagar em todas suas vidas seu verme! – Disse antes de sair dali.

          Assim que a ambulância chegou o ômega contra sua vontade foi levado ao hospital, ao fim sua sorte é que a área em que a faca pegou não passou perto da artéria principal ou certamente teria uma hemorragia. Alguns pontos foram dados e feito um curativo, assim como em seu pescoço.

             O problema agora era lidar com Song Lan querendo o bater até a morte por ter se arriscado e Xiao XingChen tentando o aromatizar para arrancar todo maldito fedor daquele alfa desgraçado que ousou machucar seu ômega.