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             O pequeno bebê chorava a plenos pulmões no meio da noite. Seu pai havia levantado e o colocado em seus braços tentando acalma-lo, contudo nada resolvia sua situação.

– XuanYu não faça tanto barulho, vai acabar acordando os vizinhos e o seu tio. Apesar que aquela anta pode o mundo cair que ele não acorda. O adulto resmungou andadno de um lado para o outro.

          O recém-nascido não parecia pensar o mesmo que ele pois continuava a berrar alto, naquela altura do campeonato o maior já estava prestes a chorar junto.

– Anta é você. Anta! – Wei murmurou entrando no quarto.

           O ômega parecia um zumbi, seus olhos sequer estavam abertos de verdade e seu cabelo estava uma bagunça.

– Deixa eu te mostrar aqui. – Wei Wuxian seguiu até o irmão e apanhou o bebê. 

             Chegou a fralda e não era o problema, tocou a pele e não era febre.

– Seu filho está com fome gênio. – Ele resmungou revirando os olhos.

– Como você sabe? Não tem nem uma hora que alimentei essa criatura! – Reclamou apontando para uma mamadeira vazia sobre a cômoda. – Parece que nada que eu faço é certo.

– Calma criatura, é assim mesmo. Tudo é questão de prática, eu sei que o A-Yuan acordava direto no meio da noite querendo leite, eu sei o quão desesperador pode ser. Prepare a mamadeira do A-Yu, fico aqui com ele.

          Ainda contrariado Jiang WanYin concordou e saiu indo para a cozinha preparar o leite para o filho. Nesse meio tempo Wei rodava pelo quarto mexendo bem devagar com a criança para que ela se acalmasse.

– Seu pai é muito lerdo, mas é o melhor didi do mundo, mesmo quando ele ameaça quebrar minhas pernas. 

          XuanYu aos poucos deixava de chorar alto e agora ele só choramingava.

– Viu só? Não precisa berrar alto assim, tão lindinho. Sabia que você tem dois priminhos? Sim, o Jin Rulan e o Lan Yuan. Vocês vão se dar bem, claro que desde que você não puxe ao seu pai ou então ficará que nem o Jin Ling, mas no caso dele é culpa do pavão de cauda aberta. Sério A-Yu, você vai ver como ele é todo pomposo e nariz empinado, mas é até legalzinho e faz a shijie feliz, isso é o que me impede de arrancar as penas dele.

          Jiang Cheng estava voltando e parou na porta ouvindo aquilo, ele sorriu querendo rir, mas estava tão cansado e não queria lidar com o irmão enchendo suas paciências.

– Meu filho nem nasceu direito e você já está difamando meio mundo para ele? – Provocou.

– Estou mentindo? – Wei Wuxian perguntou olhando para o irmão que abriu a boca, mas nada disse. – Touché!

       O mais novo revirou os olhos e seguiu até uma poltrona sentando-se, apanhou uma fralda de pano e recebeu seu filhote. Agitou a mamadeira, devagar guiou até a minúscula boca do bebê e está logo foi aceita.

– Deixe-o mais erguido, se ficar deitado assim o coitado vai sufocar ou vomitar em você. – Wei Ying explicou sendo obedecido.

       Apenas para se certificar Wei moveu cautelosamente os braços do Jiang até deixa-lo em uma posição melhor.

– Obrigado por ter largado tudo e ter vindo Wei Ying. Eu sinceramente não sei o que faria aqui, já estava em desespero. 

– Nossa, ouvir você dizer obrigado, que raridade. – O ômega provocou, mas estava grato.

– Ah cale a boca. – Jiang cortou o outro antes que ouvisse mais alguma provocação.

– Não se preocupe shidi, eu sempre estarei aqui. Qualquer coisa é só você pedir que eu venho para cá. Olha, eu estava conversando com a shijie e ela também concorda comigo, Yunmeng é parte de nós, mas você não acha melhor ir para a cidade de Gusu?

Involuntary (XiCheng/ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora