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       Na noite anterior MingJue amou seu ômega como nunca, desfrutaram de tamanho prazer e compartilharam a melhor sensação entre eles. Os toques inicialmente delicados tornou-se mais firmes e de certo deixou marcas pelas peles pálidas.

– Após o nascimento do nosso filho eu te darei minha marca e finalmente seremos apenas um. – MingJue disse alisando a pele do pescoço do companheiro.

       No dia seguinte, o alfa acordou primeiro que o Lan, o que era raro, seguiu até o banheiro a fim de tomar um banho e se arrumar, quando retornou para o quarto aproveitou para admirar sua linda jade. Cada uma de suas expressões, ele era um completo babaca apaixonado.

– Para de me encarar. – Lan Xichen mandou ainda de olhos fechados. – Consigo sentir seu olhar me secando.

– Não me culpe, eu tenho um ômega muito lindo e não dá para não contempla-lo.

– Você gosta de me ver sem jeito, não é?

     Nie MingJue sorriu e colocou seu rosto no vão do pescoço do marido, ali distribuiu beijos e deixou uma mordida superficial na clavícula deste.

– Alfa!

– Bom dia A-Huan.

– Bom dia A-Jue.

     O ômega levantou-se e esticou seu braços, bocejou e piscou acostumando com a luz. Levou sua mão até seu cabelo tentando ajeitar os fios rebeldes, passou a mão pela barriga sentindo seu estômago roncar.

– Parece que meus bebês estão com fome. – Nie comentou acariciando o abdômen do companheiro.

– Realmente estamos. – Lan Xichen comentou pronto para se levantar.

– Vá se arrumar, irei pedir o café ou você prefere descer?

– Pode pedir para trazerem.

     O alfa concordou e foi ligar para o ramal que fazia os pedidos, assim que o Lan chegou ao banheiro ficou de frente ao espelho, seu alfa as vezes era um pouco bruto e o deixou todo marcado. Sua sorte era que o dia estava frio, logo poderia utilizar roupas que tapavam todo corpo sem ninguém estranhar. Colocou-se de lado e passou a observar a pequena elevação.

– Meu projetinho de gente.

      Lan Xichen seguiu para o chuveiro mesmo e tomou um banho rápido, enrolou-se em um roupão e retornou para o quarto onde seu marido esperava pelo café da manhã. Andou até sua mala e retirou um creme para pele com fragrância de nêsperas e um óleo de amêndoas. Hidratou sua pele com o creme e na sua barriga espalhou um pouco do óleo.

– Você vai ficar lindo com um barrigão, já consigo até imaginar.

– Vou ficar é?

– Você já é lindo assim, com o nosso bebê ficará mais lindo ainda.

      O ômega sorriu e deu um beijo no alfa antes de apanhar as roupas para se vestir. Assim que terminou de abotoar a camisa, uma batida foi dada na porta e foi anunciada a presença de um funcionário do hotel que lhes trouxe o café da manhã. Logo, a porta foi aberta e foram servidos, Nie entregou uma gorjeta antes do jovem beta se retirar.

     O casal sentou-se na cama e iniciou o desjejum. Lan Xichen saboreava a comida e agradecia ao seu filhote por ser calminho não o fazendo enjoar toda vez que comia algo, raras eram as vezes que isso acontecia.

– Lan Wangji escolheu o nome de cortesia dele.

– Qual?

– Lan Zizhen.

– Bonito, então teremos que escolher o nome de nascimento. Falei com o meu irmão agora cedo, o A-Sang também palpitou o nome de cortesia caso o bebê seja uma menina. Engraçado como ele riu da minha cara por eu não ter percebido antes sua gravidez e riu por você achar que tava disfarçando alguma coisa. – Nie MingJue comentou enquanto apanhava o guardanapo para limpar o canto da boca do ômega.

– Qual é?

– Nie YiZhe.

– Gostei.

      Eles terminaram aquela refeição, foram escovar os dentes e depois apanharam seus celulares e carteiras, era hora de conhecer aquele magnífico território.

– Alfa, temos que ir ao Tian Tan Buddha. Temos que conhecer o mosteiro Po Lin, experimentar as comidas daqui, tirar muitas fotos e... – Lan Xichen tagarelava até pelos cotovelos.

      Nie MingJue riu do seu ômega falando tudo em uma ansiedade imensa, segurou sua mão e o puxou para um abraço.

– Calma meu amor, temos todo o tempo do mundo.

      Eles de fato conheceram muitos lugares, tiraram muitas fotos e mandaram para os amigos e familiares. Quando acabaram aqueles dias de lua de mel eles retornaram para a cidade de Gusu.

     As semanas passavam e se tornavam meses, agora Lan Xichen estava com sete meses de gravidez, o casal estava na casa de WangXian junto a Nie Huaisang e Wen Ning, prontos para revelar o sexo do bebê, que só agora colaborou com seus pais.

– Fala logo que está me deixando curioso. – Wei Ying pediu já roendo as unhas.

      Assim que viu tal ato Lan Wangji retirou a mão do parceiro de perto da boca e este revirou os olhos.

– Então, essa criança irá ter o nome de cortesia de Lan Zizhen. – Nie MingJue declarou.

       Wei Wuxian deu um grito de alegria e abraçou seu marido colocando língua para Huaisang.

– Eu te disse!

     Nie Huaisang fez um biquinho, mas pegou a carteira retirando algumas notas de lá e entregando o amigo.

– Vocês apostaram o sexo do nosso bebê? – MingJue questionou sem acreditar.

– Claro. – Wei Wuxian respondeu dando de ombros.

– Eu não acredito que fizeram isso. – Lan Xichen pontuou.

– Exatamente A–Huan. – O Nie mais velho interferiu.

– E não me chamaram para a aposta? Isso é muita desconsideração de vocês! Eu deveria chamar o Jin Zixuan para ser o padrinho. – Lan Xichen rebateu cruzando os braços.

      Assim que disse isso, Lan Wangji e Nie MingJue encararam o Lan mais velho que os olhou sem entender suas expressões.

– Não ouse chamar o pavão de cauda aberta! – Wei reclamou cruzando os braços.

      Eles começaram uma discussão que era mais provocação entre eles, o celular de Wei começou a tocar e ele se afastou para atender. Assim que a pessoa do outro lado começou a falar, a expressão do ômega se fechou em dor e tristeza.

Eu sinto muito A–Cheng. Você quer que eu vá para Yunmeng? [...] A–Li já está indo? [...] Eu posso [...]. Tudo bem, eu falo com você mais tarde. Eu sinto muito por ela A–Cheng, não se preocupe darei um jeito de ir para Yunmeng, você não está sozinho irmão. Você tem o seu filho agora, XuanYu depende de você agora. [...] Tá bom, até logo.

      Após um tempo apenas ouvindo, Wei Ying desligou a chamada e bloqueou a tela do aparelho, olhou para todos presentes e seu marido já se levantou pronto para ajudar seu companheiro.

– O que foi Wei Ying? Você está pálido!

– O Jiang Cheng, a namorada dele não sobreviveu ao parto, o filho dele está em uma incubadora e ele está desesperado.

– Você quer ir para Yunmeng? Eu posso ficar com o A-Yuan.

– Ele precisa de mim agora. Você é o melhor Lan Zhan! Obrigado.

      No dia seguinte Wei Wuxian partiu para Yunmeng para começar a ajudar o seu irmão a adotar aquela nova vida, ao passo que cerca de uma semana depois Lan Xichen teria a sua totalmente abalada. Se eles soubessem que aquela seria a última vez que todos eles iriam se encontrar, certamente teriam brincado mais.

Daqui para frente, é só para trás!

Involuntary (XiCheng/ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora