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           Assim que Wei terminou seus horários de atendimento, foi até a escola do filho para busca-lo. A creche de tempo integral foi uma boa solução que ele e Lan Zhan encontraram, pela manhã a criança tinha as aulas normais e pela tarde tinham outras atividades, o pequeno fazia aula de música e de karatê.

            Os dois entraram no carro do ômega que prendeu o filho na cadeirinha. Depois voltou para o banco do motorista e seguiu para sua casa. No caminho a criança contava como foi seu dia, sobre seus colegas e sobre mil e uma coisas, era tagarela que nem Wei Wuxian.

– A-Yuan, hoje é o aniversário de casamento dos papais. – O pai comentou adentrando em um novo assunto.

– Uh, parabéns papai, vai ter bolo? – A criança perguntou curiosa.

– Não vai ter bolo, mas no fim de semana podemos sair para comer bolo. O que você acha? – O ômega perguntou sem perder a atenção no trânsito.

– Parece bom. – Sizhui respondeu olhando para o lado de fora.

– Então, eu e o papai Zhan vamos sair juntos. Você vai ficar com o titio Xichen, tá bom?

               A criança fez um bico e cruzou os braços, o silêncio da criança fez o pai o olhar pelo retrovisor.

– O que foi Nabinho?

– Por que eu não posso ir junto? – Perguntou se sentindo excluído.

– Oh meu filhote, dessa vez é só os papais, mas no fim de semana vamos todos nós três para comprar um bolo para você. Pode ser?

            O pequeno alfa ainda chateado concordou.

– Olha o lado bom, o tio Xichen vai ficar com você e o Zizhen também. – Wei pontuou sabendo que aquilo animaria o filho.

– Eu gosto do Zizi. Do A–Ling também. O Xuan também é legal, mas ele chora muito. – Contou como se fosse um segredo.

– O A-Ling também é chorão. – O patriarca falou só para ver o filho apelar.

– Non, A-Ling é fofo. A-Yuan vai casar com A-Ling quando for grande que nem os papais. – A criança contou empolgada.

– Os pais dele sabem disso? – Wei perguntou imaginando a reação da sua shijie e do pavão.

– Ainda não. – Lan Sizhui respondeu pensando.

             Obviamente Wei deu uma sonora gargalhada, seu filho era muito fofo.

– Mamã? – A criança chamou depois de um tempo quando eles já estavam chegando em casa.

– Sim? – Wei Wuxian respondeu estacionando o carro na garagem.

            A criança ficou quieta olhando para seus dedos gordinhos. Aquele silêncio deixou Wei preocupado, então ele saiu do carro e foi até a porta de trás, em seguida liberou o cinto soltando o filhote.

– O que foi? – Perguntou ajudando a criança a sair da cadeirinha.

– Se o Jin Ling fosse um alfa que nem A-Yuan e eu ainda gostasse dele, os papais ainda iriam gostar de mim? Papai Wangji ainda ia gostar de mim? – O pequeno Lan indagou sem olhar para o pai ômega.

– Por que você tá falando isso? – Wuxian perguntou sabendo que teria que chutar alguma bunda por aí.

         A criança se encolheu sem ter coragem de olhar nos olhos do pai. Dando um curto sorriso reconfortante, Wei o pegou no colo tirando do carro, depois fechou a porta e o levou para dentro de casa. Ao entrar Lan Wangji estava lá com uma caixinha de presente em mãos, Wei sorriu com aquilo.

Involuntary (XiCheng/ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora