Involuntary (XiCheng/ABO)

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Algumas semanas depois...

          Lan Xichen estava tendo um péssimo dia, agora levava suas coisas para casa pois era o último dia de seu emprego. A escola iria oficialmente fechar e agora ele era mais um desempregado. Para piorar, Zizhen passou a noite toda tendo cólicas e ele não conseguiu dormir.

    Estava esperando o semáforo de pedestres ficar verde para finalmente seguir, quando o fez mal teria tempo para evitar a colisão. A sua sorte foi uma pessoa aleatória ter o puxado para o meio fio evitando o acidente. O carro que furou o trânsito e quase o atropelou apenas seguiu em frente como se quase não tivesse cometido um crime.

– Você está bem? – A alfa que o salvou questionou olhando o ômega conferindo se ele estava bem.

– Eu ... acho que sim. – O Lan respondeu deixando sua caixa no chão e tentando controlar sua respiração.

– Cada maluco irresponsável nesse trânsito. Você está tremendo muito. Talvez seja melhor você ligar para alguém. – Ela pontuou segurando o braço do homem que parecia prestes a cair.

– Eu vou ficar bem, só a adrenalina. Daqui a pouco eu fico calmo. Aliás, obrigado por salvar a minha vida.

     A mulher sorriu carinhosamente.

– Por nada.

      Uma segunda mulher apareceu segurando um pequeno guarda sol, ela era linda.

– Olá. – Ela cumprimentou o outro ômega.

– Oi. Aliás, eu me chamo Lan Xichen.

– Eu sou Luo Fu Meng e essa é minha ômega, Liu Qian Qiao. – A alfa apresentou a outra.

      O Lan conversou mais com elas e depois se despediram cada um tomando seu rumo.

      Ao chegar em casa, o ômega foi direto tomar um banho antes de ir buscar seu filho. Jiang Cheng iria surtar a hora que descobrisse aquele quase acidente.

      Por outro lado, na clínica Jiang Cheng, Zhou Zishu e Ye Baiyi devolviam o último animal para seu respectivo dono. Já era tardinha, eles estavam arrumando tudo em seus lugares até Jiang Cheng ficar com raiva porque a impressora estava com poucas folhas.

– Zhou Zishu,vou sair só para comprar algumas folhas e já volto, pode segurar as pontas?

– Claro chefe!

     Após isso o Jiang pegou seu celular e sua carteira ausentando-se para ir a papelaria. De tudo que poderia imaginar, um incêndio era uma hipótese que não estava em sua lista. Quando ele retornou à sua clínica tudo que havia eram chamas e muitas pessoas curiosas.

       Encontrou Zhou Zishu sentado no meio fio do outro lado da rua, seu rosto estava banhado em sangue, um corte em sua testa demonstrava a proveniência. Sua mão também estava muito vermelha, indícios de queimadura.

      Jiang Cheng olhou ao redor e procurou pelo outro funcionário.

– Ye Baiyi? Onde ele está?

– Eu não sei, acho que lá dentro.

       O alfa entregou seu celular para o ômega pedindo para que ligasse para os bombeiros. Depois correu até as chamas tentando gritar pelo outro funcionário. Em uma brecha entrou mesmo contra os protestos dos outros, quando estava lá dentro tudo queimava e sua pele sentia o arder do intenso calor, em lugar algum ele via indícios de Baiyi.

       Uma viga em chamas caiu na sua frente e aquela foi sua deixa, ele saiu do ambiente bem a tempo de ver os bombeiros chegarem.

      A todo momento ele pedia para que Ye Baiyi fosse encontrado. Ele seguiu até Zhou Zishu que agora estava sendo acudido por um médico em uma ambulância.

– Encontrou?

– Eu não o vi.

– Ele estava lá tinha acabado de ir verificar o estoque, então eu ouvi a explosão e tudo começou a pegar fogo.

        O ômega devolveu o celular para o alfa, que ligou para seu ômega.

– A–Cheng. Ainda bem que você me ligou.

– A-Huan, está tudo em chamas. Eu não sei... o Ye Baiyi... os animais.

– Que chamas?

– A clínica está pegando fogo.

– Eu estou indo para aí!

– Não, não venha. Apenas avise para a família que estou bem, minha bateria está acabando. Pegue o Xuanyu e o Zizhen, leve-os para casa e cuide deles por favor.

– Está bem alfa. Fique bem. – Lan Xichen pediu e a linha ficou muda por um tempo.

– Xichen? – O alfa chamou preocupado.

– Por favor, não faça nada que coloque sua vida em risco. Eu não posso perder mais alguém, eu não posso te perder A-Cheng.

– Você não vai me perder, eu te prometo.

      O celular emitiu alguns sons e apagou.

– Droga!

      Aos poucos as chamas iam sendo controladas, após muito tempo um aviso foi dado e alguns bombeiros se reuniram no local para averiguar. Havia um corpo parcialmente carbonizado, abaixo dele havia indícios de sangue o que chamou atenção da polícia.

      Assim que teve notícia do incêndio Xue Yang que estava a paisana partiu para o lugar, assim que obteve oportunidade verificou a situação e absorveu o máximo de informações.

      O sangue indicava que Ye Baiyi foi provavelmente atacado antes de morrer, mas isso apenas a autópsia diria. Outra coisa que chamou atenção foi o fato informado pelos bombeiros, o sistema de splikers estava desligado. Tudo isso colaborava para a ideia de incêndio criminoso. Alguém queria causar aquele crime, mas contra quem?

        Wen Kexing também chegou desesperado ao local procurando por Zhou Zishu. Quase surtou quando teve notícia que o ômega tinha sido mandado ao hospital após ter desmaiado depois dos primeiros atendimentos. Da mesma forma que apareceu ele se foi, tinha que encontrar seu futuro ômega.

      Mal sabiam eles que tudo aquilo só estava começando.