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– Papa está triste. – Lan Sizhui disse e abraçou o ômega. – Tenho que abraçar o papai para ele ficar feliz.

        Com toda aquela fofura tentando animá-lo Wei Wuxian sorriu para a criança apertando-o em seus braços se permitindo relaxar e liberou um pouco do seu cheiro aromatizando o filho.

– Meu doce alfinha, o que seria de mim sem você?

             O pequeno se afastou do abraço, ergueu seus bracinhos e direcionou suas mãozinhas até o rosto do pai apertando-lhe as bochechas o fazendo rir e sua boca se converter em um biquinho.

– Feliz agora papai? – Lan Yuan perguntou buscando sinais de felicidade no rosto do seu pai.

– Oh meu pitucho, o papai está mais feliz. Eu queria te pedir desculpa por ter deixado você ouvir aquelas palavras tão feias, papai nunca mais vai deixar aquela mulher te ofender de novo. – Wei disse movendo a canhota nas costas do filho em um movimento de carinho.

          O pequeno moveu a cabeça em negativa e encostou sua testa na do pai ômega unindo a ponta de seus narizes.

– A-Yuan ama muito o mamã. – A criança declarou deixando seu cheirinho fraco e infantil tentar confortar o pai.

– E eu amo muito o A-Yuan. – O ômega declarou movendo a ponta do nariz no do filho arrancando-lhe um sorriso.

          Ele era tudo, Lan Yuan era sua vida, cada parte do seu ser era dedicado ao seu filho e ele sabia que se algum dia ele tivesse que deixar tudo e todos, inclusive Lan Wangji, para proteger seu filhote ele faria sem pensar duas vezes. Era claro que definitivamente ele não estava querendo colocar essa certeza a prova.

       Não tardou para que Lan Wangji chegasse até a sala com alguns sanduíches em um prato, afinal quando saíram não haviam acabado de jantar. Ao ver aquela cena na sala seu coração se encheu de um duplo sentimento, felicidade por ver as duas pessoas mais importantes da sua vida, mas também sentia raiva, por ter visto seu companheiro ser humilhado daquela forma.

         Andou até os dois e recebeu um sorriso deles.

– O mamã está mais feliz agora, papai. – O pequeno disse olhando para o alfa mais velho.

– Mn. – Lan Zhan murmurou e com a mão desocupada fez um leve carinho nos cabelos do filho.

       Lan Sizhui sorriu e beijou a ponta do nariz de Wei antes de sair do seu colo. O garotinho sentou-se no sofá ao lado dos seus pais, deixando o espaço vago para que o alfa sentasse.

– Pegue um sanduíche Sizhui. – Lan Wangji mandou estendendo o prato para o filho que negou e empurrou para o ômega.

O casal olhou confuso para o filho, Sizhui raramente negava comida.

– O mamã ainda está triste, ele tem que comer pra ficar mais feliz.

       Diante daquele gesto Wei Wuxian sorriu e apertou a bochecha do menor.

– Tão educado a nossa cria, você tem feito um bom trabalho Lan Zhan.

– Nós temos feito. – O alfa respondeu observando seu companheiro.

        Primeiro Wei apanhou um lanche e só então a criança aceitou. Estava um absoluto silêncio até que A-Yuan abriu a boca para perguntar algo.

– Papai Zhan? – Chamou depois de pensar bastante.

– Sim? – Lan Wangji respondeu estendendo a mão e tirando alguns farelos do rosto da criança.

– O que é bastardo?

              Wei Wuxian olhou para a criança e para o companheiro em seguida.

Involuntary (XiCheng/ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora