Ainda Existe Amor

Parte 18

Entro na sala de Carol com o exames de Matteo e ela só me confirma as suspeitas.
Peço que me acompanhe e ela vem comigo até o quarto.
- Boa tarde senhores, essa é a doutora Carolina ela é oncologista aqui no hospital e eu pedir que acompanhasse o Matteo nesse período.
Como eu já havia comunicado mais cedo das nossas suspeitas, elas são reais ele realmente está com neoplasia mais num estágio inicial peço que vocês tenham calma e confiem que ele vai passar por isso ok.
Então explicamos o tratamento e Valentina me chama.
-Karol posso falar com você? Pergunta Valentina. Assinto.
Quando estamos do lado de fora.
- A químio vai durar 5 semanas?
- Sim uma por semana.
- E se não funcionar, digo e se ele não se curar só com a químio Kah você acha que?
- Vamos fazer novas sessões e se não der certo partimos para a cirugía Valu tenta se acalmar seu irmão precisa de você, e poxa você é médica porra confia na medicina por favor.
- Mais eu sou a tia dele eu sou seu sangue isso fala mais alto, só posso confiar em Deus Kah depois em vocês.
Puxo ela para um abraço apertado.
- Vai ficar tudo bem, essa fofura é muito forte. Ela sorrir.
- Desculpa não ter falo dele ainda, mais eu prometi não falar do Ruggero para você então...
- Não se preocupe, está tudo bem vamos pensar nele agora.
- Eu sei que não está, sei que quando viu Matteo e soube que era do Rugge você lembrou você sentiu a dor no seu coraçãozinho. Uma lágrima ameaça ricar o meu rosto mais engulo o choro.
- Valentina eu estou aqui como médica do seu sobrinho, não posso me deixar levar.... Ela me interrompe.
- Não Karol, enquanto você não tirar essa dor de dentro de você não ficará bem, escuta o que estou falando.
- Cala a porra da boca Valentina eu não posso pensar na dor, não posso senti-la entendeu foi demais para mim e não venha me lembrar disso porque você mais do que ninguém sabe do que eu passei então não peça que eu coloque para fora algo que não suportaria carregar.
Diga que tive um paciente de urgência eu vou ao banheiro.
Corro em direção aos banheiros e me tranco lá por um momento respiro fundo controlando minhas lágrimas, respiro fundo várias vezes até que finalmente consigo me recompor sem chorar e saiu do banheiro voltando para o quarto do meu atual paciente.
- Desculpe a demora surgiu uma emergência. Menti.
Ruggero estava sentado na poltrona segurando a mãozinha de Matteo.
Ele olha para mim e acena com a cabeça. As lágrimas rolam por sua face e eu não devia entrar, não devia me aproximar mais a cabeça pensa uma coisa e o corpo não obedece. Quando vejo já estou dentro do quarto ao seu lado com a mão no seu ombro.
- Vai ficar tudo bem Rugge, já já ele sai dessa, vamos tentar ok.
Ele assente e segura minha mão.
- Quando a mãe dele o abandonou nos meus braços, eu não tinha ideia do que fazer com um ser tão indefeso a única coisa que podia fazer era dar todo amor que ele precisava para suprir a rejeição materna, e hoje o meu bebê está passando por algo tão doloroso eu não sei o que fazer.
-É por isso que estamos aqui, para fazer o que os pais não podem, tente ficar bem ele vai precisar de você tranquilo.
Preciso ir, qualquer coisa pode mandar me chamar ou chame diretamente Carolina.
- Obrigado Karol. Ele diz e apenas faço que sim com a cabeça, minha voz está embargada e não consigo falar, não quando o homem que tanto amei sofre dessa forma com um filho e o destino volta a me atacar, não posso deixar isso me abalar dessa forma, é um paciente esse é meu trabalho, mais porque com ele é diferente.
Termino meu plantão vou checar mais uma vez Matteo mais encontro Agustin com ele.
- Oi, vim só dar uma olhadinha nele antes de ir embora.
- Estamos todos muito assustados com tudo isso. Ele diz.
- Imagino, mais tem que se manter firme até o fim, só assim conseguimos. Respondo.
- Foi assim que conseguiu?
- Como? Paro de verificar os batimentos de Matteo.
- Quando ele foi embora, o acidente e... O interrompo.
- Desculpe mais como sabe tanto da minha vida.
- Ruggero e eu somos amigos quase irmãos, nos conhecemos na faculdade mais eu acompanhei aquele cara nos seus piores dias e não foram poucos, sabe quantas vezes pegamos a mala da mão dele porque ele queria jogar tudo para o alto e ir atrás da Karol. Ele sorrir e fico impressionada.
- Pois é, eu me Mike fazíamos turnos para vigia-lo de perto.
- Ele deve ter sorte em ter vocês então.
- Pode até ser, mais tenho certeza que seria mais sortudo se tivesse você.
Fico calada, não quero ser grossa, estou tentando ao menos.
- Bom nos vemos amanhã chefe.
Não fico para ouvir sua resposta, eu sei, estou fugindo mas preciso me resguardar, saber que Ruggero estava sofrendo por ter me deixado mexeu comigo, eu sempre pensei que ele fez o que fez porque não se importava comigo e saber disso quebrou algo dentro de mim.