Parte 9

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Estou esperando Valentina sentado no sofá lendo o jornal e me passa um cara moreno tatuado alto com um capacete na mão e uma jaqueta na outra.
Que merda é essa Valentina não dormiu com ninguém ela dormiu lá em casa a menos que, droga, droga, droga...
- Bom dia.
- Bom dia. Respondo a contra gosto e ele sai batendo a porta.
Respiro fundo tentando controlar meus batimentos, a raiva pulsando tento me controlar. Mais porra....
Depois de um tempo aparece na sala uma Karol com a cara amassada só de camiseta e uma calcinha de renda branca puta que pariu ela quer me matar hoje... Mais ela dormiu com aquele... não quero nem pensar.
Ela passa direto para cozinha e não me vê aqui, entro já perguntando quem é o cara e Karol solta mil palavrões por ter assustado ela e ainda me diz que sua vagina não é da minha conta, a mais é sim eu ainda amo essa mulher e a quero de volta, ela e sua vagina que com essa calcinha estão me deixando no limite.
Ela encontra Valentina no corredor e as duas engatam em uma conversa e desaparecem, depois Valentina aparece e vamos para o hospital.

Estou cheio de papelada para revisar, vou receber gente do fórum hoje aqui para homologar alguns documentos.

Estou tão absorto no trabalho que não escuto o telefone tocar então Elisabete abre a porta.
- Doutor Pasquarelli, estão pedindo sua presença no pronto socorro pediátrico parece que tem alguém sem o seguro e eu não encontro o Agustín.
Claro ele está em reunião fechando os novos investimentos.

Quando chego na Enfermaria um dos recepcionistas fala.
- Doutor Pasquarelli.
- O que aconteceu?
- Eles não tem seguro e a criança está muito mal, não sei se resistirá para ser transferido.
Karol chega até o balcão.
- Alice me chamaram o que temos?
- É isso que estamos resolvendo com o Doutor aqui, a criança não tem plano ou seguro. Karol bufa.
- E porque raios trouxeram para cá? Quantos anos tem?
- Dois, e doutora, está verde de tanto vomitar e com febre alta e a mãe está desesperada.
- Porra o que mais vai acontecer hoje.
Olho pra Karol e ela está abalada e me sobe uma angústia.
- Então doutor Pasquarelli o que vai fazer? Karol pergunta e a recepcionista nos encara, o olhar de Karol é como se estivesse me avaliando.
- Autoriza o atendimento do garoto e cadastra ele no novo serviço.
Karol franze o cenho confusa.
- Como assim nunca foi autorizado antes?
- Disse bem antes da gente, nós adotamos um novo serviço para pessoas que chegam aqui em estado grave e não podem ser transferidas, claro que queremos ganhar dinheiro se é isso que está passando por sua linda cabecinha. Ela revira os olhos.
- Mais o principal aqui é salvar vidas, elas estão em primeiro lugar.
Um pequeno e discreto sorriso se forma em seus lábios e seu rosto se suaviza.
- Ótimo Alice qual enfermaria.
- Numero dois.
Karol sai em busca e eu a sigo.
Ela corre em direção a maca e grita.

- Carrinho de emergência aqui.
Uma enfermeira traz e o garotinho vomita sangue e logo depois desmaia a mãe está de cabeça baixa gritando meu filho meu filho.
- Senhora se acalme nós vamos cuidar dele ok. Uma das enfermeiras fala.
- A doutora Karol, tem que ser a doutora Karol. Fico impressionado pela mulher pedir por Karol, e ela se aproxima toca as mãos da mulher que ergue a cabeça.
- Eu sou a doutora Karol e vou cuidar do seu filho, mais preciso que você esteja bem para que ele fique pode fazer isso por mim.
Ela seca as lágrimas e balança a cabeça.
-Ótimo preciso de alguém aqui pressionando.
- Desculpe doutora estão todos no andar de baixo teve um incêndio.
- Eu faço. As mulheres me olham.
- O que?
- Já fez isso antes?
- Claro que ja, eu já vi vários e participei de vários plantões antes de ingressar em um hospital apesar de ser formado em direito, Karol só me diga o que tenho que fazer.
Uma enfermeira se aproxima e me envolve com uma bata e luvas e depois uma máscara.
- Quero que pressione esse ponto bem aqui. Coloco as mãos onde ela falou.
- Oh meu Deus você está extraindo sangue dele.
- Deixe de ser um maricas, ainda não perdeu esse pavor quando ver sangue como é que foi comprar justo um hospital. Ela fala e revira os olhos, então me dou conta que ela não esqueceu. Sorrio e ela percebe mais disfarça muito bem.
- Ótimo ele está estabilizado agora, preciso de uma... Ela começa a falar um monte de palavras que não entendo e quando termina.
- Quero ele la em cima o mais rápido possível e arrumem sangue para o meu garoto. Ela grita e vai se afastando.
- Karol, em que posso ajudar.
- Voce já ajudou Ruggero agora é comigo obrigado. Então se aproxima da mãe.
- Vamos levá-lo para fazer uns exames só aí vou saber o que ele tem.
A mãe faz que sim e volto para o escritório com o coração pulando.

Ainda Existe AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora