24- Intensidade

2.2K 207 12
                                    

▪︎°•▪︎°•▪︎☆°•▪︎°•▪︎☆°•▪︎°•▪︎☆°•▪︎°•▪︎°

Oscar

Deitei na cama, mas algo me fez segurar a mão da Dandara. Tudo o que eu queria naquele momento era dizer pra ela que eu queria ela para mim, dizer também que nunca deveríamos ter nos afastado e que eu sentia a sua falta, mas acho que ela pensaria que eu estivesse me aproveitando do término do namoro dela ou ela poderia até pensar que a bebida estivesse falando no meu lugar.

- O que foi? - ela pergunta olhando para mim.

Fica comigo, por favor!

- Você.. você disse que tem que encontrar algo para o Gael, certo? - digo soltando sua mão.

- Sim, é um testamento que eu não faço a mínima ideia de onde esteja. - ela diz sentando na cama. - Tenho que dar um jeito de achar se eu quiser o meu avô vivo, eu não sei até onde o Gael pode chegar com isso.

- Você tem que ficar esperta com esse tipo de gente, ninguém sabe do que esse Gael é capaz. - O que eu ia dizer é que o amigo do Cesar pode te ajudar, o Jamal. - sugeri. - O moleque já achou a grana perdida do RollerWorld.

- então amanhã eu devo falar com ele! Ei, obrigada por me ajudar. - ela diz olhando em meus olhos dando um leve sorriso.

Um impulso me fez colocar a mão no seu rosto, sentir a sua pele me fez ver o quanto eu estava com saudade do calor do seu corpo, das minhas mãos deslizando por ela e dos seus lábios carnudos que estavam ali tão próximos de mim. Dandara se aproxima do meu rosto parando bem próximo da minha boca como se me fizesse escolher em beija-la ou não, resistir a essa mulher era difícil, então eu a beijei.

O beijo começou lento, mas se intensificou, senti saudade e desejo no toque das nossas bocas. Eu a puxo para cima de mim fazendo ela encaixar as suas pernas no meu quadril, ela tira a blusa rapidamente ficando apenas de sutiã, em seguida tiro a minha camisa, mas ela parou assim que viu os hematomas no meu abdômen.

- Oscar... Tá tudo bem? - Dandara pergunta um pouco ofegante e em seguida sai de cima de mim.

- Está sim. - digo acariciando meu rosto.

- Você está machucado e... - a interrompo.

- Está tudo bem, sério. - digo a beijando enquanto a deitava na cama.

Me posiciono em cima dela, faço um caminho de beijos da sua boca até o seu pescoço fazendo ela soltar um pequeno gemido. As coisas estavam esquentando, eu podia sentir desejo da parte dela e com certeza tinha da minha parte também, tirei minha bermuda enquanto ela beijava todo o meu corpo, e quando ela estava pra tirar a sua calça, escutamos algum bater na porta.

- Quem será que é? - pergunto saindo de cima dela.

- Não sei, pode ser qualquer pessoa. - ela diz procurando sua blusa enquanto eu vestia a bermuda.

- Vou ver quem é. - Dandara fala ajeitando o seu cabelo e saindo do quarto, enquanto eu procurava a minha camisa.

▪︎°Dan •° ▪︎

Oscar e eu estávamos nos pegando e com certeza iríamos transar, e a iniciativa foi minha, talvez fosse a bebida que estivesse mexendo com os meus sentimentos e desejos, e o único desejo que eu tinha naquele momento era sentir o Oscar em mim, sentir seus lábios e o calor do seu corpo, ou talvez eu só quisesse que alguma coisa do meu dia tivesse sido boa. Havia esquecido de que ficar com o Oscar era algo muito intenso e quase me esqueci de como eu gostava da intensidade que ele poderia me oferecer. De toda forma, nada aconteceu, já que fomos interrompidos por alguém batendo na porta.

Enquanto o Oscar procurava a sua camisa eu estava indo abrir a porta, no começo eu até pensei que fosse o Martin, mas quando eu abri era a Ana e o Cesar.

- Aconteceu alguma coisa? Vocês não deveriam estar na casa da Monsie não? - pergunto assim que abro a porta.

- Ela quis vir pra casa, então... eu a trouxe! Mas ela não quis nos dizer o motivo. - Cesar diz se referindo a Ana e em seguida ele entra.

A Ana não falou nada, apenas seguiu para o seu quarto de cabeça baixa. Alguma coisa tinha!

- Quer contar o que aconteceu? - digo entrando no quarto e sentando ao seu lado.

- Eu tentei... Eu juro. - ela diz levantando a cabeça e olhando para mim, seus olhos estavam inundados.

- Você pode me contar, mas só se quiser. - digo a abraçando.

- Eu tentei fingir que nada disso estava acontecendo, tentei pensar que o abuelo está bem e que a gente iria para casa pois isso tudo iria passar... mas não passou, dan! Eu sinto falta dele, eu nem sei aonde ele está, nem se ele está bem. - ela diz isso tudo entre soluços e respirações profundas.

- Eu... Eu sei, também sinto muito a falta dele e saiba que estou fazendo o possível para voltar tudo a ser como era, por você e por ele. - digo secando suas lágrimas. - Amanhã conversaremos melhor sobre isso, tá bom? - digo fazendo ela assentir.

Depois de tentar convencer a Ana que tudo iria se resolver, ela deitou abraçada à mim, então decidi ficar com ela para que se sentisse mais segura.

- Você estava bebendo? - Ana pergunta me cheirando.

- Bebi um pouco sim, agora vê se dorme. - digo fazendo cafuné no seu cabelo.

Depois de um tempo, percebi que Oscar estava na porta do quarto me olhando com uma cara boba, não sabia há quanto tempo ele estava ali.

- Tá tudo bem? - ele pergunta em susurros assim que o vejo.

- Está tudo bem, obrigada! - digo dando um sorriso gentil.

- Boa noite, chica! - ele se despede.

- Boa noite! - digo e em seguida ele vai para o seu quarto.

Ver a Ana abalada desse jeito mexeu comigo, deve estar sendo difícil para ela, estou decidida à contar tudo para ela amanhã.

Hoje a vida me fez perceber que tudo pode acontecer e mudar em questão de segundos. Achei que não sentisse nada pelo Oscar, mas quem eu quero enganar? Oscar me traz um nervosismo bom e me traz tranquilidade ao mesmo tempo, eu gosto disso.

Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora