17- Precaução

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Dan

Estava seguindo pelo corredor com o Oscar, ao passar pelo escritório do abuelo, eu não o vejo... eu não sabia se ele já teria ido embora, ou se ele não estava na casa, o que era uma possibilidade pequena, já que ele costuma ficar em casa e avisa antes de sair.

— Abuelo! - grito entrando no escritório enquanto o procurava.

Antes que eu procurasse por todo o escritório, Oscar me puxa bruscamente.

— Me solta! tenho que procura-lo . - digo tentando me soltar.

— Ele não está... precisamos ir. - ele diz me olhando.

— Vá sozinho então. - digo com a voz trêmula.

Escutamos vozes de homens se aproximarem dali "matem todos que encontrarem!" escuto alguém dizer, o que fez o Oscar me puxar novamente após ouvir alguém falar.

— Não posso te deixar, e muito menos te deixar morrer. - ele diz me puxando pelo braço.

Eu estava tão chocada, que não percebi mais nada. Descemos as escadas rapidamente, o que fez os homens que estavam lá, correrem atrás da gente. Então, depois disso, nós saímos da casa o mais rápido que podíamos e entramos no carro do Oscar que estava há algumas casas dali. Oscar liga o carro, e assim que o carro é ligado, escutamos várias tiros vindo em nossa direção.

— Se abaixa! - ele ordena e assim eu faço.

Oscar dá partida e logo saímos dali. Eu estava em um estado, que meus pensamentos ainda estavam se estabilizando, estava tentando entender o que havia acontecido, parecia ser mentira.

Chegamos em uma casa simples, que ficava no mesmo bairro que Martin morava, até pensei em ligar para ele, mas nem isso eu podia, já que eu não estava com o meu celular, esqueci devido aquela correria. Nem mesmo com a minha moto eu estava. Eu só estava com uma mochila nas costas, e em minhas mãos, a minha arma.. e também o cordão que o meu abuelo me deu, eram as únicas coisas que eu tinha naquele momento.

Ao descer do carro, vi vários homens tatuados na frente da casa, pareciam todos alertas, todos me acompanhavam com o olhar mas não me importei com isso.

— Você ficará segura aqui. - Oscar diz abrindo a porta.

Entramos e me sento no sofá, fiquei em silêncio, e de cabeça baixa pensando em tudo que aconteceu, em choque.

— Você se sente bem? - Oscar pergunta sentando ao meu lado e pegando na minha mão.

— Porque você não me deixou procura-lo? - grito dando um tapa forte em sua mão e me levantando, Oscar faz o mesmo. — Eu não o encontrei. - digo com a voz trêmula, enquanto batia em seu peito descontando toda a minha raiva. — Você tem noção disso?

— Ele não estava mais lá. - ele diz segurando os meus braços enquanto olhava nos meus olhos. — Quando cheguei lá, a janela do seu escritório estava quebrada, provavelmente foi de lá que a bala veio, ele já não se encontrava mais lá, não sei o que deve ter acontecido, talvez tenham o levado... eu realmente não sei.

Tá, a minha ficha começou a cair aí.

Depois que o Oscar falou aquilo, a minha ficha caiu, e de imediato me veio a Ana em mente.

— Ana. - sussurro.

— O que disse? - Oscar pergunta.

— Tenho que ir atrás da Ana, tenho que ver se ela está bem. - digo pegando minha arma que estava no sofá e saindo.

— Eu vou com você. - Oscar diz e sai junto a mim.

A casa da Monsie não ficava tão longe dali, mas Oscar insistiu que fossemos de carro, por segurança.

— Ana! Você tá ai? - digo batendo na porta com força até a Monsie abri-la. — Cadê a Ana? - digo entrando na casa a procurando por todos os lados.

— Você tá maluca? Pra que tudo isso? - Escuto a voz da Ana e vou em sua direção.

Meu coração deu uma tranquilizada sabendo que a Ana estava bem. Eu a abracei, ela não entendeu muita coisa e já começou a perguntar o que tinha acontecido.

— Pode me dizer o que está acontecendo? E porque você está com a sua arma? - Ana pergunta se soltando do abraço e me olhando torto.

— Vou te contar mas não agora, vamos! - ordeno e ela me segue até o carro.

— Porque o Oscar tá aqui? - Ana pergunta assim que vê que o Oscar quem dirigia.

— Me dá o seu celular. - digo ignorando a sua pergunta.

A Ana me entrega o seu celular mesmo sem entender nada. Ela deve ter percebido a minha preocupação através do meu tom de voz. Por sorte eu havia memorizado o número Martin, ligo para ele e peço para que ele fosse até a casa que estávamos. Pego o celular da Ana e jogo pela janela, fazendo o mesmo se quebrar em vários pedaços.

— OI?? agora você foi longe demais... quebrando meu celular? O que tem de errado com você? - Ana diz com raiva.

— Precaução! - digo seca.

— Bem pensado. - Oscar diz enquanto dirigia.

Não sabia o que as pessoas que fizeram isso seriam capazes de fazer... e por isso quebrei o celular da Ana, talvez conseguissem rastrear e acabar nos achando. Se eu não tivesse saído da casa à tempo, provavelmente estaria morta agora.

Já estava anoitecendo quando chegamos na casa que iríamos ficar.

— Vocês duas podem ficar com esse quarto. - Oscar diz abrindo a porta do quarto.

— Porque vamos ficar aqui? Eu quero ir para casa! - Ana diz estressada.

— Não podemos voltar pra casa. - digo sentando em uma das camas que tinha no quarto.

Oscar vê que eu precisava falar com a Ana, ele sai do quarto e nos deixa a sós. Ana se senta na cama como se pedisse uma explicação só com o olhar.

— Quando estava em casa, escutei um barulho e em seguida vários tiros. - digo com a tensão na voz.

— E o abuelo? Cadê ele? - Ana pergunta preocupada.

— Ele... - respiro fundo. — Ele sumiu. - digo rápido.

— Como assim ele sumiu? - Ana pergunta incrédula.

— Eu não o encontrei, vi sangue no chão mas não o encontrei. - explico.

A Ana mudou sua feição, de preocupação para tristeza. O seu olhar muda completamente, lágrimas começaram a escorrer do seu rosto, suas mãos estavam trêmulas.

— Olha, eu sei que você... - digo me aproximando da Ana no intuito de consola-la.

— Me deixa sozinha. - ela diz se afastando enquanto soluçava. — SAI DAQUI! - Ela grita chorando.




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Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora