19- promessa

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Oscar

Há cerca de um ano atrás, um dos fundadores dos "Los Santos", o Sr. Lis González me pediu um favor. Ele pediu para que eu protegesse as suas netas, disse que as coisas estavam diferentes e mais perigosas, e assim eu fiz, eu as vigiava, revezava com dois dos membros da gangue que mais confiava, JB e o Martin. JB era o braço direito do meu pai, ele me ajudou me aconselhando com a gangue, depois do meu pai ter sido preso, e o Martin é meu melhor amigo, o conheço desde a infância, ele entrou na gangue assim que resolvi assumir o lugar do meu pai.

O Sr. Lis conhecia o meu pai. Desde de que eu virei líder da gangue, eu sempre ia para as reuniões dos fundadores e ele sempre estava lá, simpático, mas ameaçador.

Pela tarde, recebi uma ligação do Sr. Lis, ele disse para que eu ficasse atento pois desconfiava de que estava sendo vigiado.

Chamada.

Sr. Lis: Acho que estou sendo vigiado, então preste atenção. As meninas não estão em casa.

Assombrado: Quer que eu vá até ai?

Sr. Lis: Não precisa, seu dever é proteger as meninas, faça isso! Só não deixe que ninguém faça mal algum para elas, eu confio em você.

Assombrado: Fiz uma promessa e vou cumpri-la, quanto a isso não se preocupe.

"Escutei um barulho" foi a última coisa que o senhor Lis falou antes de soltar o telefone e em seguida o mesmo ser desligado.

tentei ligar outras vezes, mas já não funcionava mais. Imediatamente saio de casa e vou até a casa dos González. O Sr. Lis havia dito pela manhã que a Ana e a Dandara não estariam em casa durante a tarde, mas mesmo assim fui até lá.

Fiquei próximo à casa, vigiando a mesma por precaução. Depois de um tempo vejo a Dandara chegar em um carro branco, reconheci quem dirigia, era um dos convidados da sua festa, o mesmo que estava com ela naquele dia.

Mesmo um pouco longe da casa, escuto um barulho, e podia dizer com toda a minha certeza que eram tiros. Peguei a minha arma que estava na minha cintura e corri até a casa, a porta estava destrancada, então não foi um problema entrar lá. Subo as escadas com cuidado, passei pelo corredor indo em direção ao escritório do Sr. Lis, abro a porta mas tudo que encontro são manchas de sangue pelo chão.

Sabia que a Dandara estava na casa, teria que tira-la de lá. Vou até um quarto que estava com a porta trancada, provavelmente era o dela, seguro a maçaneta tentando abrir sem fazer muito barulho.

A encontro no canto do quarto com uma arma apontada para mim.

Essa garota têm a porra de uma arma!

Foi difícil para fazer ela confiar em mim, ainda mais depois do mal entendido que fez nos afastar. Estávamos saindo quando ela viu o escritório do seu avô aberto, fiz de tudo para que fôssemos embora logo, sei que ela queria procurar ele, mas seria inútil ela ficar lá quando já se era tarde e ainda existia o perigo de que poderiam mata-la caso permanecesse na casa.

Depois de termos saído da casa, onde quase fomos baleados, eu a levei até a casa onde todos os Santos se encontravam, em freeridge, ela ficaria mais segura lá. O caminho no carro foi silencioso, ela não falou uma palavra sequer, parecia pensativa, mas em nenhum momento ela chorou apesar da situação. Naquele momento eu me vi nela, sempre tentando ser forte diante de toda a confusão.

Não sabia o que falar para ela, nem mesmo como consola-la, ela parecia distante, o que é totalmente compreensível. Ela foi até a casa da Monsie, pegou a Ana e voltamos para a casa. A Dandara foi esperta quebrando o celular da Ana, já que poderia ter algum tipo de rastreador ou algo do tipo. Antes de ter jogado o celular, ela ligou para alguém, eu não sabia quem era, mas quem quer que fosse, estaria indo lá pra casa.

Dandara havia saído do quarto onde estava conversando com a irmã, ela saiu de lá abalada. Ao ver ela daquele jeito, eu já fiquei mal, só queria poder abraca-la e dizer que eu estaria ao lado dela. Estávamos conversando na sala, quando alguém bate na porta... quando eu abro, vejo que era o Martin. Ele vai até a Dandara e a abraça, fiquei parado lá tentando entender, mas sai de lá os deixando a sós.

O filho da puta conhecia a Dandara e não me disse nada.

Não gostei de ter visto ele com ela e muito menos da mentira, ele não me contou que a conhecia quando dei a ordem para vigia-la.

Já estava de noite quando o Martin sai da casa, ele vem até mim e senta ao meu lado em um sofá que tinha ao lado de fora.

— Porque não me contou? - pergunto calmamente soltando a última fumaça do cigarro e o apago em seguida.

— Você sabe o porquê. - ele diz firme.

— Porque não me contou porra? - pergunto alterado a voz ao me levantar.

— O que queria eu seu fissesse? Se eu dissesse que já conhecia, você não iria deixar eu vigia-la, eu fiz isso porque me preocupo com ela. - Martin grita e se levanta também.

— "Proteger". - dou uma gargalhada sarcástica. — Você poderia ter fudido com tudo. - digo passando a mão no rosto tentando conter minha raiva.

— Spooky, eu conheço a Dan antes mesmo de ter recebido suas ordens. - Martin tenta se explicar.

— Porque vocês estão brigando? - Dandara pergunta assim que saiu da casa.

— Não é nada, não é Marin? - digo o encarando com fogo nos olhos.

Não queria que a Dandara tivesse mais uma coisa para se preocupar, o desaparecimento do avô dela já era suficiente.

— Verdade, não é nada. - Martin diz forçando um sorriso. — Eu vou indo, se precisar de mim, já sabe onde me encontrar. - ele diz enquanto a olhava e em seguida entrou no seu carro e foi embora.

Martin era a única pessoa que eu permitia que me enfrentasse dessa forma, ele me conhece antes mesmo da gangue, sempre me apoiava nas minhas decisões, mas mentir pra mim dessa forma já é demais.

Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora