Capítulo 10 - O que te faz forte? - Bônus Mariah

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Mariah

Sabe aquele dia que você acorda e o
passado vem contudo? Então, hoje meu dia começou assim.

Primeiro eu recebi um telefone dela, aquela voz enjoada. Que me dava náuseas.

- Estou precisando de dinheiro. O meu acabou faz tempo e você não depositou o cheque desse mês.

- Não se preocupe, o dinheiro estará na sua conta ainda hoje. - odiava ter que falar com ela. - E quantas vezes terei que te avisar para não ligar na minha casa. Você tem o número do meu celular, deve me ligar nele.

- Não se preocupe sra Lins, das próximas vezes ligarei no celular, Beijos querida. Até a próxima.

Aquela criatura odiosa desligou o telefone. Senti os meus nervos a flor da pele. Até quando eu terei que pagar pelo silêncio dela? Até quando serei refém de suas chantagens?

Meus pensamentos me levaram para bem distante dali, para quando eu tinha dezessete anos. Naquela época Carlos e eu éramos noivos, o nosso casamento seria o evento do ano em Mistral, não se comentava em outra coisa a não ser no casamento da filha e única herdeira dos Castilho e do filho do bilionário no ramo de exportações e único herdeiro da família Lins.

Quando as duas famílias se juntassem em matrimônio suas fortunas seriam incalculáveis.

Carlos queria o prestígio dos Castillo, pois faziam parte da realeza espanhola e casando-se comigo ele ostentaria um título de nobreza.

O nosso casamento estava marcado para acontecer dali a um mês. Os preparativos estavam a mil por hora. Minha mãe estava se encarregando de todos os detalhes. Tudo tinha que ser perfeito.

Hoje a noite seria a festa do meu aniversário de dezessete anos. O jardim já estava decorado, várias mesas estavam dispostas e cada uma delas decoradas com louças e cristais elegantemente arrumados.

Um palco tinha sido montado e a presença do Júlio Iglesias estava confirmada.

Eu estava em êxtase, hoje seria o dia mais feliz da minha vida.

A festa transcoria maravilhosamente bem, fazia tempo que eu não via o Carlos, ele tinha sumido no meio da festa.

Um dos garçons me entregou um papel dobrado. Era um bilhete.

Estou esperando você no labirinto do jardim. Venha discretamente, não deixe ninguém perceber que você vem pra cá.

Meu coração bate acelerado. Eu estou indo de encontro ao meu noivo, ele me espera no jardim. Ele quer ficar sozinho comigo. Tinha-mos poucas oportunidades de ficarmos a sós, meus pais eram muito conservadores e minha mãe tinha me ensinado que sexo só depois do casamento e que eu deveria chegar pura ao altar.

Fiz como ele pediu e sai sorrateiramente da festa sem que ninguém percebesse para onde eu ia.

Abri o portão que dava para entrada do jardim do labirinto, mãos ásperas taparam a minha boca e uma voz igualmente áspera sussurrou no meu ouvido.

- Então a vadiazinha espanhola veio atrás de um macho? Está pronta pra ser comida sua puta?

Eu me debati, lutei, chutei, mordi e gritei. Mas todas as minhas tentativas foram inúteis ele era mais forte do que eu e me sobrepujou com facilidade e por mais que eu gritasse ninguém me ouviria, o jardim era afastado e o som da música de Júlio Iglesias estava alto demais.

Eu tive a minha virgindade violentamente arrancada. Eu chorava em baixo dele implorava para que me deixasse ir, mas ele só ria e me possuía cada vez mais violento.

A Dança da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora