Capítulo 17 - O nome dela é Angélica?

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Dois meses depois...

Bianca

Depois de três ultrassons finalmente descobrir o sexo do meu bebê. Eu seria a futura mamãe de uma princesa. A minha menininha era linda e saudável.

Eu estava deitada no sofá com a cabeça no colo de Matheus, e ele parecia tão emocionado quanto eu. Sua mão apertou a minha que estava sobre a minha barriga, os nossos dedos se entrelaçaram, ele desliza a mão no meu ventre e acaricia toda extensão. E quando ele faz isso a minha menininha começa a mexer ondulando no meu ventre.

- Ela sempre faz isso quando você a toca. - eu digo sorrindo, ela dava cambalhotas.

- Ela já sabe que sou eu, conhece o calor da minha mão, e sabe que eu estou ansioso por conhecê-la, ela está apenas retribuindo o carinho que está recebendo.

- Garota esperta! - eu digo e ele desce os lábios até os meus, nos beijamos carinhosamente.

- Você já escolheu um nome para ela?- ela agora passava os dedos por entre os fios dos meus cabelos.

- Sim amor, o que você acha de Angélica? - pergunto levantando a cabeça até os nossos olhos se encontrarem.

- Ótima escolha é um nome doce e forte.

Eu concordei com um gesto de cabeça.

- Quando eu conheci a Ângela no hospital, comparei-a a um anjo. Tão linda carinhosa e guerreira. Que mesmo passando por toda aquela dor não perdeu a sua inocência e muito menos o seu sorriso. - fechei os olhos e na mesma hora me veio à imagem da Ângela, meu anjo.- Eu desejei que, se o meu bebê fosse uma menina queria que fosse igual a ela. O nome Angélica é em homenagem a Ângela.

Matheus continuou com o carinho em meus cabelos, aquele cafuné era tão relaxante, eu estava quase dormindo.

- Ela ficou muito feliz quando você retornou na outra sexta feira vestida de bailarina como ela havia pedido.

Eu sorri com a lembrança.

- Nunca imaginei que algo tão simples e que eu amo fazer fosse fazer outra pessoa tão feliz, acho que ela sentiu a mesma emoção que eu sinto quando danço...

Com a ajuda dos pais dos internos, médicos, enfermeiros e a direção do hospital conseguimos organizar um mini teatro no refeitório e eu dancei para todas as crianças que estavam ali.

A Ângela estava na plateia, seus olhos não desviaram de mim nem por um segundo. Eu dançava especialmente para ela. Dançava para aquela pequena menina que sorria mesmo na dor. Aquela menina que roubou o meu coração e me ensinou uma grande lição de vida. Eu entendi que por mais que achasse os meus problemas grandes e sem solução, eles nunca seriam maiores que a minha vontade de vencê-los.

Depois daquele dia eu voltei todas as sextas feiras com o Matheus. Queria usufrui daqueles momentos únicos. Eu amava aquilo ali, amava aqueles pequenos e o tempo que passava com eles. E que a alegria que eu levava até eles me era retribuída em dobro.

Nesses dois meses muitas coisas aconteceram e outras permaneceram quase inalteradas.

A minha mãe estava cada vez mais presente na minha vida, ela me ajudava na decoração do quarto do bebê. Acompanhava-me nas consultas do pré-natal, ela até alugou um apartamento em Mistral para ficar mais próximo da gente.

A Thally estava cada vez mais empenhada nas investigações sobre o suposto assassinato do Olavo. Mas não tinha descoberto nada de novo, nada que confirmasse se houve mesmo um atentado ou alguma pista que ligasse evidencias diretamente a um dos quatro suspeitos.

A Dança da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora