Capítulo 5 - Segredos muito bem guardados?

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Bianca

As luzes se apagaram e as cortinas fecharam, a plateia nos aplaudia de pé, logo as cortinas se abriram novamente e fomos até a beira do palco, nos demos as mãos e fizemos uma mesura para a plateia que nos aplaudia ainda mais forte.

Meus olhos correram pela primeira fila em busca dele, e o encontrei, estava lindo com o seu smoking e gravata borboleta, em sua mão uma única rosa branca com as pontinhas vermelhas, aquela simplicidade me cativou, nada de um buque exagerado, apenas uma única e singela rosa.

Fizemos mais algumas mesuras e saímos para os bastidores.

Fui para o meu camarim e tratei de tirar a maquiagem pesada, e corri para tomar um banho rápido, fiquei pronta em tempo recorde.

Combinei de encontrar o Matheus no bar do teatro. E ele estava lá, em pé e encostado no balcão de frente para a entrada do bar, em suas mãos um copo de uma bebida transparente, acho que era água.

Nossos olhos se encontraram e eu caminhei ao seu encontro, os seus olhos me examinaram da cabeça aos pés com admiração, eu me senti ainda mais feminina e poderosa, flutuei até ele.

Ele me encontrou no meio do caminho e segurou a minha mão direita levando-a para os seus lábios.

- Você está encantadora Bianca, nunca vi mulher mais linda. - falou com admiração.

Eu vestia um vestido preto de renda que tinha um corpete justo e a saia rodada, um cinto dourado fininho completava o visual, simples, mas sofisticado.

- Obrigada, você também não está nada mal. - Rimos descontraídos.

- Estou parecendo um pinguim gigante! - ele pegou a rosa que descansava no balcão do bar e estendeu para mim. - Ela é única, assim como você.

- Você é um fofo Matheus.

- Já me chamaram de tudo nessa vida, essa é a primeira que me chamam de fofo.

- Me faltou adjetivos. - disse sorrindo para ele.

- Posso sugerir alguns. - ele falou bebericando do seu copo e me olhando sobre a borda. - Vamos? Se não o nosso jantar acabará se convertendo em uma ceia.

Nos demos os braços e seguimos para o estacionamento do teatro, ele abriu a porta do carro para que eu entrasse, esperou que eu me acomodasse e fechou a porta dando a volta no carro.

- Fiz reserva no Oliva's Ristoranti, espero que goste de comida italiana.

- Posso te contar um segredo? - falei em tom de confissão. - Não pense que sou uma glutona, mas eu adoro comida, qualquer comida. - ri da cara engraçada que ele fez. - Se você me levasse pra comer batatinha fritas eu iria gostar do mesmo jeito.

- Graças a Deus! Uma mulher sem frescura? O sonho de todo homem...

Rimos. A conversa fluía descontraída, conversamos amenidades quando dei por mim ele já havia estacionado o carro de frente ao restaurante, o meu favorito, já tinha ido ali várias vezes com o Olavo, aquelas paredes já foram testemunhas de muitas felicidades.

A hostess nos recebeu na entrada.

- Reserva em nome de Matheus Andrade. - ela conferiu a lista.

- Queiram me acompanhar senhor Andrade, senhora. - ela nos levou até a nossa mesa e nos deu o cardápio. - Fiquem à vontade e bom jantar.

Acomodamo-nos e logo o Maître, foi até a nossa mesa.

- Boa noite Sr. Andrade, faz tempo não vejo o senhor por aqui.

- Boa noite, Domingues! O corre- corre do dia a dia nos priva às vezes de alguns prazeres.

A Dança da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora