Capítulo 40 - Momentos em Familia

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Família! Família! Papai, mamãe, títia Família! Família! Almoça junto todo dia, Nunca perde essa mania...

Bianca

Sabe aqueles momentos que dinheiro no mundo não compra? Tão perfeito que nem parece reais? Lembra quando eu falei que o meu sonho era ter uma família numerosa e barulhenta? Eu nunca imaginei que fosse tão bom...

O dia hoje amanheceu com um brilho diferente, e eu podia jurar que até o cheiro era diferente também. Estavamos muito bem acomodados na chácara da amiga de dona Marta. A Sabrina veio com o Pedro e a mamãe havia chegado no dia anterior com a Nathalia, a Ângela e o doutor Tadeo Guilbertini.

Ficaram surpresos? Imaginem eu ao chegar no aeroporto e ver a minha mãe desembarcando e junto com ela o nosso advogado. Fiquei bege. Mas não vou especular sobre isso agora.

Ah! Deixa eu contar, com a ajuda do doutor Guilbertini, a mamãe conseguiu a tutela da Nathalia e da Ângela, e agora ela estava dando entrada nos papéis para a adoção legal das duas.

Depois de um lauto café da manhã, resolvemos refrescar a cabeça na beira da enorme piscina.

Como sempre a Ângela estava dentro da piscina e nadava de um lado para o outro como um peixinho. Ela estava sem a peruca e a sua cabecinha já tinha uma tímida penugem loira. Os cabelos dela voltaram a nascer.

A Nathalia estava na beira da piscina incentivando a irmã a dar mais cambalhotas na água. Os seus olhos brilhavam sem a preocupação que sempre estava estampada neles. Agora ela teria oportunidade para ser uma adolescente "normal" sem as preocupações de um adulto.

A Sabrina estava na outra margem da piscina, o Pedro estava sentado na borda e ela estava dentro da água entre as pernas dele. Os dois não paravam de se beijar e riam entre eles.

A mamãe, o Tadeo, a dona Marta e o seu Edgard estavam sentados em baixo de uma mesa com um enorme guarda sol, eles estavam entretidos em um jogo de dominó. As pessoas ainda jogavam isso? Ri para mim mesma. Acho que eles estavam se divertindo, pois as risadas eram altas e o barulho das peças batendo uma contra a outra era agradável.

O Matheus a Angélica e eu estávamos deitados sobre uma manta em baixo de um frondoso pé de Ipê que estava florescendo e substituindo as suas folhas verdes pelas flores amarelo ouro. A brisa da manhã assanhavam os meus cabelos e refrescava os nossos corpos. E eu estava me sentindo em paz... Fechei os olhos e prestei atenção em todos os ruídos ao meu redor.

O barulho das peças do dominó e os risos dos adultos que estavam jogando.

As braçadas da Ângela na água e a Nathalia isentivando a pequena: Isso! Venha, eu te seguro.

Não ouvi nenhum som vindo de onde a Sabrina e o Pedro estavam, acho que eles foram terminar no quarto o que começaram na piscina.

Concentrei-me no som do vento batendo na copa da grande árvore e senti as pequenas flores caindo sobre o meu rosto e meus cabelos. Escutei um leve farfalhar ao meu lado e depois senti os lábios quentes do Matheus sobre os meus.

- Não consegui resistir, você esta tão linda com essa flores amarelas nos seus cabelos. Parece uma deusa da mitologia grega.

- Hummm... Se sou uma deusa, você também é um Deus grego, o meu Apolo deus da beleza ou seria o Hélio o deus sol?

- Deus sol?

- Sim, você é tão quente quanto o sol, amor. Me ilumina, me aquece...

- Essa parte de aquecer é comigo mesmo, lembro o quão quente você ficou ontem a noite. - ele fala em menção a nossa noite de amor. - Acho que você estava literalmente pegando fogo.

A Dança da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora