Tudo o que Amy tinha na bagagem era esperança, depois de ser rejeitada por todos que conheceu ao longo dos seus vinte anos, ainda sofreria quando conhecesse Oliver Green, um viúvo que tinha como companhia a solidão, tristeza e a falta de esperança.
...
Depois que Oliver me beijou, quase nunca o vejo, e quando quer me dizer algo, sempre manda Goethe me passar o recado. Ele está me evitando o que acho bom, parece que ele está envolvido com Antonella, a mesma que estava aqui no dia em que cheguei nessa casa, e depois de uns três meses que estava aqui eu a conheci, é uma mulher bonita porém muito arrogante, acha que está acima de todos, me olhava como se eu fosse um lixo, o que na verdade eu não esperava outra coisa desse tipo de pessoa, porque elas precisam te deixar lá embaixo, para se sentirem por cima, até que ela se aproximou um dia de mim, e praticamente insinuou que eu dava em cima de Oliver, e quando menos esperasse ela ia me escorraçar daqui, o que eu nada respondi não achei necessário e mesmo porque eu não me senti menos que ela e mesmo diante da ameaça eu não me senti ofendida.
Os meses se passaram de uma forma rápida já fazem exatamente oito meses que cheguei aqui, e a frieza de Oliver não deveria me incomodar tanto, mas me incomoda muito, na verdade apesar de sua grosseria quase todas as vezes que se dirigia a mim, era melhor do que sua indiferença, eu não sei porque estou pensando assim, mas a verdade é que estou bem triste com sua distância.
Depois que deixei as crianças na cama, desci para buscar água, porque tinha acabado a que estava no meu quarto, e quando cheguei na cozinha, as luzes estavam apagadas, somente uma pequena luz que vinha da dispensa estava acessa pude perceber isso, que vinha da fresta embaixo da porta, imaginei que Lyra a tivesse deixado acessa. Quando fui me aproximando escutei um choro abafado, então sem hesitar abri a porta e me deparei com Colin, abaixada no chão chorando, imediatamente me abaixei perto dela, e lhe perguntei:
— O que houve? Porque está chorando Colin?
Ela tenta limpar os olhos e se levanta e eu mais que depressa a impedi de sair.
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Colin Straida
— Não menina! Não vai sair assim sem antes me dizer o que está havendo com você.
— Nada, me deixe ir por favor.
— Não! De jeito nenhum está muito nervosa, eu sei que aconteceu algo, eu quero te ajudar, por favor me conta.
Então fomos até a mesa da cozinha e ela começou a me contar.
— Eu vim trabalhar nessa casa quando tinha dezesseis anos, através de Lyra, que é muito amiga da minha mãe, ela prometeu a minha mãe que cuidaria de mim, agora isso...
— Vamos, continue eu digo pegando um copo de água para ela, e logo me sentando à sua frente.
— O tempo foi passando... eu tentei, eu juro que tentei ficar distante dele, mas ele sempre insistia, me cercava pelos cômodos dessa casa, no quarto, banheiro, escritório enfim...dava em cima de mim, e eu fui me apaixonando e não pude evitar quando percebi me entreguei a ele, e agora estou grávida e não posso deixar minha mãe decepcionada comigo e Lyra vai ficar muito brava, eu saí lá do quarto para não acordá-la com meu choro, agora você me pegou, não pode dizer nada a ninguém por favor...
