Após a noite horrível, amanhece mais propenso a ser melhor, ou não, me levanto tomo um banho e desço para o café, após dar o café das crianças, eu me sento para tomar o meu com Oliver lendo o seu jornal, e ainda bem que nem dirigiu a palavra a mim. Quando as crianças terminam, Kira as leva para a sala de brinquedos, eu termino e quando me levanto o ouço dizer:
— Senta! Onde, pensa que vai? Diz, dobrando o seu jornal.
— Já tomei o meu café, vou me juntar as crianças. Digo, e percebo em seu olhar indignação. — Mas, posso esperar você acabar, se prefere assim.
Ele, continua me olhando, e isso me intimida um pouco, então desvio o meu olhar para a xícara à minha frente.
— Não, quer perguntar sobre o que ouviu ontem? Eu, olho imediatamente para ele, fico com medo da resposta que eu lhe der, porque não pode ser qualquer uma.
— Se, quiser falar sobre isso, estarei aqui...
— Para de ser hipócrita, sei bem que você quer perguntar, então a faça de uma vez. Eu o olho, e não sei o que dizer.
— Não sei o que dizer, Oliver. Digo e acabo tossindo, pois, o nervosismo me seca a garganta, então tomo um pouco de suco, e sei entender onde ele quer chegar, eu continuo.
— Ontem, foi uma noite desagradável, ouvi coisas que não deveria ter ouvido sobre mim...
— E sobre mim?... Ah? Não quer saber, nada?
— Por que, pensa que eu quero saber algo, sobre você? Nada, sobre você me interessa mais, eu já disse que não quero continuar casada, mas se tenho que ficar com você, então para de me agredir, de me colocar em um lugar de culpada, porque eu não sou. Solto o guardanapo em cima da mesa, e saio em seguida, quando chego a sala de estar, ele está atrás de mim.
— Não me deixe falando sozinho, nem vire as costas para mim, sabe perfeitamente bem, que não a deixarei ir embora, além de ficar comigo para pagar por tudo, ainda tem meus filhos, que não suportaram a sua, falta.
— Eu, não fiz nada, você quer culpar alguém por suas frustrações, você não sabe nada sobre mim, somente o que uma louca adúltera disse, e quem você acredita, mas no meu amor, na minha palavra não, mas vai chegar o dia Oliver que tudo isso que está fazendo comigo, vai pagar, porque eu nunca menti para você, eu não sei o que fazer para acreditar em, mim.
— Não pode fazer nada, eu não acredito em vadias, você é igual a sua mãe, por isso não tem culpa, quem puxa aos seus não se degenera não é assim o, ditado?
— Vai, para o inferno com suas ofensas, eu não me importo mais, o que você pensa de mim, houve um tempo que me magoava, mais isso acabou, eu só quero ir embora, não quero mais ter que olhar para a sua cara, o que me dói é deixar os meus filhos, com um homem rancoroso, que só sabe julgar, ofender, e magoar as pessoas à sua volta...
— Mas, você merece... Diz, me interrompendo.
— EU, NÃO ESTOU FALANDO SOBRE, MIM...
Então ele se aproxima e me segura pelos cabelos, me aproximando do seu rosto e diz com os dentes cerrados.
— Não grita, você aqui não é nada! E, me solta com um impulso me fazendo desequilibrar, mas não caio, e em seguida ele continua:
— Vou deixar as coisas bem claras, para não ter que ficar repetindo, e nem me aborrecer ao ponto de te bater.
— Aqui você não grita, não me responde quando eu falar algo, quando eu quiser eu pergunto, quando sair comigo, fica quietinha do meu lado, e vai cuidar dos meus filhos, até eu os enviar para uma escola apropriada, e nunca mais me questione, aliás não me dirija a palavra ,sem eu solicitar. Entendeu?
— Eu, não quero falar com você, não faço questão de sair com você, não faço questão nenhuma de ver, você.
— Ah! Mesmo, mas isso podemos resolver, é simples, a tranco no porão, aí não terá que me olhar.
— Eu, te odeio Oliver, eu ainda vou vencer você, não sei como, mas eu vou!
Ele me segura pelo braço e diz:
— Você, não pode nada! Nem tente nenhuma gracinha, porque vou estar de olho em você. Ele me empurra no sofá, e depois vira de costas, e passa a mão pelo cabelo e eu respiro fundo, me levanto, vou até ele, e pergunto:
— Se..., eu conseguir provar a você que não fiz nada do que me acusaram, se você descobrir que eu nunca menti, poderia me amar a partir daí?
Ele, se vira e me olha por alguns segundos e diz:
— Amy, Amy, isso é patético até mesmo para uma pessoa como você, acredita mesmo que pode usar essa voz, doce e me enrolar? Sabe, perfeitamente que não me, engana.
— Por que, não acredita em mim? Porque acredita na Stephanie, ela deu tantos motivos para acreditar nela, que mesmo o traindo com seu irmão, não é suficiente? Então, ele fecha o rosto que estava sorrindo, ou melhor, se divertindo comigo, e me dá um, tapa que eu não consigo assimilar a dor.
— Vai, ficar jogando na minha cara, quer se divertir comigo? Então vamos lá para o quarto, porque não vai se divertir sozinha. Ele, me segura pelo braço, e quando está me arrastando Gael entra correndo e para imediatamente ao observar a cena, os seus olhos estão assustados, mas ele nada diz, e Oliver não tem outra escolha a não ser me soltar, então ele corre em minha direção, eu me abaixo e o seguro no colo, e olho para Oliver, que me encara por alguns segundos, depois sai, sem dizer nada.
— Que foi meu amor? O que ia dizer? Ele continua calado, e girado a roda do carrinho em sua mão, depois ele me olha e deita no meu ombro, então eu faço um carinho em sua cabeça, e depois continuo;
— Vamos, brincar? Ele, me olha e concorda com a cabeça, então eu me junto a Chloe e Kira na sala de brinquedo.
Após brincar um pouco com eles, a babá os leva para tomar um banho de sol, apesar de o dia estar lindo, o sol está tímido, eu aproveito e ajudo Kira a tirar o café matinal.
— Se continuar assim, o roxo que ele deixou em você, não vai sair. Eu, olho-lhe e seguro meu, rosto.
— Está marcado? Foi, por isso que Gael ficou me olhando, depois que peguei ele no colo.
— Os cinco, dedos da mão dele estão desenhados em sua, pele.
Então, eu me sento.
— Não sei mais o que fazer Kira, ele está a cada dia pior, eu tenho que ir embora, mas estou perdendo a esperança, Jamie ficou de me ajudar, não sei se irá cumprir, com o pai na cidade, com tudo o que houve, acredito que ele não terá cabeça para pensar em mim, sem dinheiro, eu não tenho como levar as crianças, e Oliver controla tudo, se eu fizer uma retirada grande, ele vai perceber.
— Vai, ter que deixá-los.
— Eu, não posso fazer isso Kira, eu prometi que não os deixaria, eles são a minha vida. E depois Oliver me fez uma ameaça velada, de os levar a uma escola, internato, sei lá. Não, posso deixar isso, acontecer.
— Se ele quiser, fará, não adianta você ficar, e sua barriga está crescendo, ainda disfarça por ser magrinha, mas até quando? Não, tem tempo para pensar, precisa ir embora, ele vai te fazer perder essa criança.
— Eu sei, mas eu não posso ir sem eles, eu só preciso de dinheiro e um carro.
— Ele, vai colocar a polícia atrás de você, e quando ele te encontrar, vai tirar seus filhos, e talvez até te coloque na cadeia por sequestro, e perder o seu direito sobre eles, ou irá te trazer de volta a essa casa, e as surras serão pior, pense Amy, tem que ir sozinha, e quem sabe depois consiga algo na justiça? Do contrário, não acredito que tenha outra saída.
— Tem razão! Vou sofrer, por deixá-los, mas comigo, eles terão pouca chance.
— E, depois pode pedir o divórcio, estando longe, ele terá que aceitar, não terá mais poder sobre, você.
— Eu vou kira, vou embora assim que ele for viajar, depois acho um jeito de vê-las. Não, aguento mais tanta humilhação, tenho medo por meu bebê.
— E o coração, como vai sair? Com, Oliver ainda dentro, dele?
— Não, consigo mais achar Oliver dentro dele, preciso ir embora para saber, se ele ainda está dentro de mim, hoje estou muito magoada para responder.
— Vejo progresso, antes dizia que o amava, mesmo após uma surra.
— Por que tinha esperança de provar que ele está errado, agora não sei mais se quero que ele saiba, o quanto está enganado ao meu respeito. Sem, percebermos Oliver entra, e eu imediatamente me levanto e Kira sai com as bandejas.
— Por que, não quer mais que eu saiba que estou enganado a seu, respeito? Eu, olho para ele, cruza os braços esperando uma resposta.
— Por que, você não acredita, não tenho porque insistir... eu estou cansada de repetir, não quero mais brigar.
Ele, se aproxima, segura meu queixo, e me força a olhar para ele.
— Vamos subir, eu quero você agora!
— Oliver, me deixa, eu não estou com cabeça para isso...
— Sobe! Eu, não quero provocá-lo ainda mais, então eu faço o que está mandando.Votem e comentem muito. 💋💋💋
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor no outono
RomansaTudo o que Amy tinha na bagagem era esperança, depois de ser rejeitada por todos que conheceu ao longo dos seus vinte anos, ainda sofreria quando conhecesse Oliver Green, um viúvo que tinha como companhia a solidão, tristeza e a falta de esperança. ...