Acordei bem cedo para deixar as crianças pronta para escola, depois me sento com Kira e tomo meu café na cozinha, Oliver ainda estava dormindo, acho que ele não vai para a empresa hoje. Depois de mais ou menos meia hora ele aparece na cozinha, apenas de roupão. E seu semblante parece sereno e depois me dá um sorriso, então me levanto e falo:
— Quer tomar o seu café aqui, ou prefere que leve para a sala de refeição? Ele fica me olhando por uns minutos depois fala:
— Vou tomar um banho, leve o meu café no escritório. Assim que termina de falar ele sai.
— O que deu nele? Pergunta Kira.
— Não sei, mas eu vou preparar a bandeja de café, antes que eu o aborreça.
— É melhor mesmo, ele age como se nada aconteceu ontem, tenho pena de você menina, não sei como consegue viver com alguém bipolar.
— Pois é, eu que o diga, mas espero que tudo isso tenha passado e ele melhore seu comportamento, porque não sei se vou aguentar, tenho muito medo pelas crianças, afinal, eu não posso deixar elas com ele, agora sou a mãe também no papel, mas antes disso já me sentia mãe deles, se tornaram a minha vida, e são tão frágeis, tão dependentes, perderam a mãe biológica muito cedo, eu não vou deixá-los sozinhos mais uma vez, preciso ser forte por eles agora.
— Eu sei, mas mesmo assim tenho pena de você, ele sempre foi arrogante, mas está a cada pior, algo aconteceu e precisa descobrir o que foi, vai voltar aquele quarto para investigar mais?
— Sim, preciso voltar lá, mas ele não pode estar em casa, se ele me pega lá, me mata. E espero realmente que ele viaje logo, antes que Goethe volte, porque se não, vai se tornar impossível essa minha busca.
— Pode contar comigo, estou junto com você nessa. Então dou um abraço em Kira, e agradeço. Depois pego a bandeja, onde tem suco, café, ovos mexido com bacon, e umas torradas. Então depois de uns vinte minutos levo até o escritório. Bato na porta e o ouço dizer que posso entrar, está sentado olhando alguns papéis, deixo a bandeja na mesa, e me viro para sair, quando o ouço falar.
— Onde vai? Eu me viro e olho para ele.
— Precisa de mais alguma coisa? Pergunto e ele para de olhar o documento em sua mesa e me olha, em seguida diz:
— Não foi essa a minha pergunta.
— Eu vou para o nosso quarto, vou me preparar para ir ao colégio, pensei que precisasse de mais alguma coisa.
— Esse é seu problema, pensa demais, quer saber demais, e eu já não havia dito que não iria voltar às aulas?
— Mas eu... pensei que havia dito em um momento de...
— Eu disse que não voltara às aulas, é exatamente o que vai fazer.
— Mas foi você mesmo que conseguiu a vaga para mim e fez questão que eu estudasse, porque isso agora?
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Amor no outono
RomanceTudo o que Amy tinha na bagagem era esperança, depois de ser rejeitada por todos que conheceu ao longo dos seus vinte anos, ainda sofreria quando conhecesse Oliver Green, um viúvo que tinha como companhia a solidão, tristeza e a falta de esperança. ...