Oliver viajou mais uma vez, agora ele passa mais tempo viajando do que em casa, eu sempre peço para ir junto e ele me diz que preciso ficar por causa das crianças, mas no entanto, eu acho estranho essas viagens, sempre que ele volta está mais agressivo e vai melhorando conforme os dias vai seguindo, eu não sei o que pensar.
— Amy, eu vou precisar me ausentar, uma vez por ano faço uma viagem para visitar meus parentes em Londres, Oliver já está a par e espero ter seu consentimento também. Diz Goethe me fazendo voltar a realidade.
— Não precisa de meu consentimento Goethe eu jamais a impediria de ver sua família, mas me diz quem são? Eles podem visitá-la também se quiserem.
— É uma irmã e uma sobrinha apenas, e alguns primos distante, mas eu vou ficar uns dias com minha irmã. E quanto a elas me visitarem, minha irmã anda um pouco doente, minha sobrinha cuida dela, então a viagem se tornaria cansativa.
— Entendo e sinto muito. Quando pretende ir?
— Hoje mesmo, desculpa te avisar em cima da hora, é que como essas viagens são programadas uma vez por ano nas minhas férias, e como também você ainda não era a senhora Green, eu acabei me esquecendo.
— Tudo bem, não precisa se explicar, são as suas férias, então quando pretende voltar?
— Vou ficar por lá menos que uma semana, mas se precisar de mim, pode me ligar. Diz com a postura que sempre tem, as mãos a frente do corpo entrelaçadas e o corpo ereto.
— Está bem, e as chaves Goethe, com sua ausência preciso delas.
— Estão aqui. E me estende um molho de chaves, são tantas que nem sei para que portas é cada uma.
— Com certeza não irá usá-las, essa é da casa da piscina, mas com o inverno que está fazendo não irá precisar, essas são das casas de hóspedes, essa é a da dispensa, essa são as do quarto de dispensa externa, essas...
— Está bem Goethe, provavelmente não as irei usar mesmo. Digo ela me olha e continua, mas nenhuma delas é do quarto misterioso, que temos ao final do corredor do andar de cima, a que ele me disse que não posso entrar, depois de algumas horas Goethe se despede e vai para Londres, corro até a cozinha e peço a Lyra me ajudar a encontrar a chave do quarto misterioso.
— Amy, sabe que não deve entrar lá. Diz Lyra. — Desde de que cheguei a essa casa, somente Goethe e Oliver entram lá, eu diria que Goethe frequenta mais, Oliver depois de um tempo deixou de ir lá, e acho que você tem alguma coisa a ver com isso, então deixa isso pra lá.
— Não posso Kiara, Oliver não deixou eu nem perguntar o que tinha no quarto.
— Eu preciso entrar naquele quarto, antes que Oliver e Goethe voltem, por favor Lyra me ajude.
Então procuramos a chave em todos os lugares e não encontramos nada, então ficamos pensando será que Goethe levou com ela? Provavelmente a tenha levado, mas certamente Oliver deve ter uma cópia, então a voltamos a procurar nas coisas dele, e nada, já estava desistindo quando me lembrei que fora o cofre do nosso quarto, o qual eu tenho o segredo, tem também um no escritório e começamos tentar desvendar o segredo, certamente a chave estaria lá.
Depois de tentarmos data de aniversário e outras datas relevantes não conseguimos abrir o cofre. Desistimos afinal, não ia dar em nada, depois de algum tempo Jamie chega e parece nervoso.
— Que foi? Pergunto assim que me sento ao lado dele.
— Colin está me deixando doido, ela não atende minhas ligações, onde estou ela dá um jeito de aparecer, fica me provocando, fica me perseguindo.
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Amor no outono
RomanceTudo o que Amy tinha na bagagem era esperança, depois de ser rejeitada por todos que conheceu ao longo dos seus vinte anos, ainda sofreria quando conhecesse Oliver Green, um viúvo que tinha como companhia a solidão, tristeza e a falta de esperança. ...