Achei que encontraria o meu primeiro amor, em uma faculdade, talvez em uma viagem, sei lá, nos meus sonhos ele seria como um príncipe em seu cavalo branco, ele me colocaria em sua garupa e me levaria para seu castelo e seríamos felizes para sempre. Mas isso não acontece na realidade, pelo menos não aconteceria comigo, eu não nasci para ser amada, nunca ninguém olhou para mim de um jeito que pessoas deveriam olhar para outras, com afeto, carinho, respeito e amor...
Eu amei a todas pessoas que passaram pela minhas vida, isto é, as poucas pessoas... Minha mãe, que me trocou por um homem, na verdade ela me usou para se casar com meu pai, quando ele soube, simplesmente sumiu no mundo, eu nunca o vi, depois ela conheceu um homem quando eu tinha uns três ou quatro anos, ele foi muito importante para ela e por isso ela foi embora, mas eu não cabia em sua vida, minha avó foi a única que demonstrou um pouquinho de afeto, mas trabalhava em dois empregos, e quase não parava em casa, e minha tia, que vivia jogando na minha cara que ninguém a queria, porque eu a atrapalhava, depois que ela morreu eu fui morar com a única amiga que tinha Katie. Mas ela também foi embora se casou e deve estar muito feliz, agora eu estou aqui, amando alguém que provavelmente nunca olharia para mim, e que também jamais me amaria, mas mesmo assim eu me entreguei para ele, o que obviamente foi culpa minha, então acho que meu tempo nessa casa chegou, vou ter que ir embora, para não ter que ver ele me mandando assim que ele se casar, eu não suportaria isso...
Vou descer para enfrentar a fera, as crianças estão com os avós maternos e assim será melhor não ter que me despedir deles.
— Bom dia Goethe, o senhor Green está em casa? Pergunto assim que desço as escadas.
— Sim, está no escritório, não vai tomar o seu café? Afinal demorou descer, já são quase dez horas da manhã, houve alguma coisa ontem que a fez ficar na cama até mais tarde.
— Hoje não Goethe, não vai me tirar do sério, eu vou até lá, sabe se ele está ocupado?
— Não, ele pediu para que assim que descesse fosse vê-lo.
Então me viro e sigo para o escritório, e bato na porta e o ouço falar:
— Entre...
— Espero não estar incomodando. Digo assim que entro, mas não ouso encará-lo, então permaneço com minha cabeça abaixada.
— Não está... Na verdade eu queria falar com você sobre...
Eu o interrompo imediatamente, não deixaria ele falar sobre a noite passada.
— Eu quero falar uma coisa antes... Se me permite...
Então levanto a minha cabeça e olho para ele, e o que vejo parece impossível, ele parecia estar feliz.
— Então eu preciso dizer que não posso mais ficar em sua, eu estou pedindo minha demissão... Eu quero agradecer por ter me deixado ficar e pedir desculpa, por não poder cumprir o que prometi...
Então ele se levanta e vem em minha direção.
— E o que me prometeu? Pergunta sério.
— Que não iria se arrepender se me contratasse... O que agora não faz muito sentido.
— Amy, eu não quero que vá... O que houve ontem...
— Eu não quero falar no que houve ontem, eu só vim me despedir... Eu não queria...
— O que não queria? Ter se entregado a mim ontem? O que é, não gostou? Acha mesmo que eu vou acreditar que não gostou? Você estava em meus braços eu sei que gostou, eu também gostei... Então porque? Me diz... Vamos fala porque?
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Amor no outono
Любовные романыTudo o que Amy tinha na bagagem era esperança, depois de ser rejeitada por todos que conheceu ao longo dos seus vinte anos, ainda sofreria quando conhecesse Oliver Green, um viúvo que tinha como companhia a solidão, tristeza e a falta de esperança. ...