Capítulo 3 - Amy MacDowell

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Abri meus olhos e me deparo próximo a minha cama quatro par de olhos vestidos de pijama e cabelos bagunçados me olhando, eu me sento e me encosto na guarda da cama, e somente aí percebo onde estou.

— Bom dia! Quem são os donos dos rostinhos mais lindo que já vi em minha vida? Digo dando-lhe um sorriso tentando quebrar o gelo aparente.

— Bom dia! Você é nossa nova babá? Pergunta a menina coçando os olhinhos.

— Bem eu vim pra isso, mas acho que não poderei ficar. Quando ia terminar a frase, uma jovem entra no quarto meio desconcertada me pede perdão, por eles e por ela entrar sem ser convidada.

— Não se preocupe, está tudo bem adorei acordar com esses dois recepcionando o meu dia.

— Agora vamos precisam se preparar para o café e a escola, diga até a logo a senhorita. Diz a jovem para eles os segurando pelas mãozinhas.

— Até logo senhorita. Diz o menino sorrindo para mim.

Assim que eles saem eu me levanto vou até o banheiro tomo um banho e depois de me arrumar desço e vou até a cozinha onde vejo a mesma jovem e mais uma senhora preparando algo que não consigo identificar o que é de onde eu estava.

Então a senhora me olha e sorri muito simpática e pede que eu me sente, assim que faço ela me serve o café, eu tento impedi-la mais ela faz assim mesmo, tomo o meu café, enquanto converso com elas, a mais jovem se chama Colin e a mais velha se chama Lyra. Depois me despeço delas e vou a procura de Goethe para me despedir.

A encontro na sala de estar, onde está arrumando uns arranjos de flores, então raspo a minha garganta para chamar sua atenção, e assim ela me olha séria como sempre, mas eu faço questão de sorrir a cumprimento.

— Bom dia senhora Goethe, eu vim me despedir e agradecer por tudo que fez por mim ontem.

— Bom dia senhorita MacDowell, não precisa agradecer, mas antes de ir o senhor Green a espera em seu escritório.

— Mas o que ele quer agora? Digo não entendendo nada.

— Não sei dizer senhorita por favor me acompanhe que irei anunciá-la.

Eu sigo a senhora Goethe e assim que ela me anuncia eu entro no escritório, e lá está ele sentado em sua cadeira.

— Bom dia senhor Green, eu já estou indo embora, e também quero me desculpar por ontem, por tudo que falei, e agradecer pela sua hospitalidade, agora se me der licença, eu preciso ir, espero que encontre a babá que procura para seus filhos, a propósito eu os conheci agora de manhã o senhor tem belos filhos.

Ele me ouve sem se mover em sua cadeira sua expressão não está tão fria quanto ontem, mas leve eu diria.

 —Eu agradeço pelo seu elogio, também espero que tenha um bom dia, mas aqui na minha casa. Diz me olhando fixamente. — Senhorita MacDowell como está o seus ferimentos? Me pergunta olhando para minhas mãos. Ele se levanta assim que fala.

— Melhor, obrigada por se importar. Digo timidamente e surpresa pela pergunta. — Como assim na sua casa eu estou indo embora, o senhor me dispensou se lembra?

— Sim, eu me lembro. Mas eu quero me retratar com a senhorita e pedir que fique aqui e seja a babá dos meus filhos.

Eu não entendo sua mudança, na verdade nem acredito no que estou ouvindo, mas fico feliz com suas palavras.

— O que o fez mudar de ideia? Pergunto curiosa.

— Primeiro, eu não acredito que todos mereçam uma chance,  mas vou dar o benefício da dúvida e depois não me custa nada fazer um teste já que você veio de tão longe e por fim meus filhos se apaixonaram por você.

Então eu abro um sorriso e apesar de não conseguir assimilar tudo o que ele me disse fiquei muito feliz.

— Obrigada senhor Green não irá se arrepender, eu prometo. Então ele me olha sério e concretiza:

— Espero que não me arrependa mesmo. Agora por favor fale com Goethe ela lhe dirá tudo que precisa saber e te apresentará a casa.

Diz e sai com uma pasta em uma das mãos e o casaco em outra. E eu dou pulinhos de alegria, muito feliz.

Bom, a parte da manhã foi cheia de detalhes, Goethe me mostrou tudo e me falou como era as atividades e o dia a dia das crianças eu me surpreendi como eles tem regras a seguir assim tão novos, mas com o pai que eles têm só poderia ser dessa forma.

Assim que os pequenos chegaram da escola eu segui passo a passo tudo o que estava na agenda deles, o que achei muito ruim, afinal são crianças e precisam de mais liberdade depois de suas obrigações cumpridas, mas não era assim eles tinham que cumprir a agenda da forma que foi lhe imposta.

Eu preciso mudar isso afinal são duas crianças de quatro e cinco anos tão pequenos e ter atitude de adulto, como não brincar fora de casa a não ser na sala de brinquedos o que até entendo, durante o tempo que ficarem na sala de estar terão que estar sentados e quietos. Eles têm horário para tudo como brincar e dormir, se não o fizerem no horário de cada coisa não poderão fazer em outro horário.

Não podem sair da mesa de refeição sem antes todos que estiverem nela ter acabado de comer. Não podem receber amiguinhos em casa e nem ir para casa deles. Não participar de atividades que a escola tem fora dos muros dela, como visitas a museu, piqueniques e etc.. Não podem de forma alguma chorar se caírem ou se machucarem, não poderá contestar qualquer ordem que lhe foi imposta. Birras que é algo tão comum na idade deles não são aceitas, e regras não cumpridas os levam a uma punição, que eu ainda não sei qual.

Enfim são tantas coisas que não consigo me lembrar de tudo. Mas terei o prazer de mudar tudo isso e lhe dar uma vida de criança sendo criança, eu sei que para isso preciso derrubar uma muralha chamada Oliver Green.



Chloe

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Gael  

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