18- Não devia ter feito isso!

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Entrei no carro. Avisando para o motorista ir até um dos restaurantes conhecidos do Rio.

Eduardo havia me mandado uma mensagem, explicando que me encontraria em um dos restaurantes mais próximos e que eu conhecia muito bem.

Assim sendo, vesti um vestido cinza solto. Bem formal, mas eu não gostava de me vesti e acabar sentindo- me como uma vadia. Ops! Sem ofensas Karol!

O motorista dirigiu por uns instantes, quando parou em um lugar bastante conhecido por mim. Era um restaurante bem sofisticado, onde serviam os melhores pratos brasileiros de todo p Rio de Janeiro.

Desci do carro, inclinando um pouco a cabeça para conversar com o motorista particular.

- Tommy. Não demoro a sai daqui. Mas se você preferir dá umas voltas por aí. Talvez parar em alguma roda de samba. Não me importo! Se você não estiver aqui, vou a pé até em casa. Não é muito longe.- esperei a resposta do homem vestido de preto.

- Ah sim, senhorita Lanny. Mas se não quiser ir a pé, basta me enviar um e- mail e virei o mais rápido possível! - ele disse.

Assenti, caminhando para o tal restaurante.

Eu estava nervosa. Sentia- me como a Stella Grent, depois daquele encontro com Will Newman.

Adentrei o lugar, recebendo alguns olhares das pessoas que estavam lá dentro. Algumas pessoas cochichavam entre si. Sorriam.

Uma melodia pairava entre o lugar, fazendo com que aquele espaço fosse o mais lindo possível.

- Deseja sentar em alguma mesa ou está a espera de alguém? - um homem apareceu.

Supus ser o garçom ou um atendente, já que ele usava o uniforme do lugar.

- Ah, não. Estou a espera do Eduardo. Ele já chegou? - ele desviou o olhar a procura de Eduardo.

- Ele já está a sua espera, senhorita.- ele conduziu- me para uma mesa, onde vi Eduardo sentado.

Ele estava lindo. Parecia um ator de Hollywood. Assim sendo, dei um sorriso para o garçom e sentei- me a cadeira perto de Eduardo.

- Ah, não! Era para mim puxar a cadeira para você! - ele disse, se levantando e eu também me levantei.

Eduardo puxou a cadeira e eu, sentei novamente. Sorrindo para ele, peguei o cardápio. Eu estava com bastante fome. Não havia comido nada a tarde toda, por que fiquei de estudar um pouco. Mas também, eu estava nervosa. Acabei contando para Michelly e ela desatou a mandar ordens e querer que eu fizesse várias coisas em meu primeiro encontro.

- Lanny. De que você gosta? - Ri da sua má capacidade de puxar assunto.

- Várias coisas. Nem me dou ao trabalho de listá- las, senão, você jamais sairia daqui.- discordei sorrindo.

- Fala uma. Só uma! Penso que ainda sei tão pouco sobre você...- ele pediu de novo, fazendo um beicinho super fofo.

- Bem, o que eu mais gosto de fazer, é ler. Acho incrível como as pessoas mudam, depois de leiam algo. Acho que a mente da gente muda. Você aprende novas palavras, sente que há uma mudança na sua vida. Por isso, eu jamais abriria mão da leitura. Ela nos transporta para longe. Muito longe! - suspirei cheia de alegria.

Era incrível como a leitura fazia sua vida mudar. Aquele assunto, era o único que eu poderia falar sem me fartar dele. Poderia conversar dias e noites sobre aquilo, e ainda sim, não pararia.

- Acho você tão linda. Seus olhos chegam a brilhar quando você fala sobre isso.- ele disse, voltando a prestar atenção no cardápio.

Ainda bem que ele não pôde ver que eu estava corada com suas palavras.

Aquele jantar, foi um dos melhores da minha vida. Diverti- me muito com ele. Eduardo era um pouco fechado, mas sabia ser uma pessoa educada e gentil quando queria.

Ele me fez ri a maior parte do tempo, onde ele não agúentava e começava a falar sobre seus micos que ele passava na escola.

Eduardo já não estudava mais. Mora sozinho, por que sua família mora nos Estados Unidos. Tem dezenove anos. Por enquanto, está trabalhando na biblioteca, mas está decidido a mudar de serviço.

Ainda não sei por que ele ainda não entrou para a faculdade.

A hora passou rápida. Eduardo aproveitou a deixa para me acompanhar até a sua casa, um gesto grande de honestidade.

- Obrigada pelo jantar, Eduardo. Você me fez rir muito. Não acredito que você ainda não entrou para um circo.- gracejei, colocando mão sob a barriga.

- Com pensar um pouco sobre esse caso.

Ele inclinou para a frente e beijou minha boca. BEIJOU MINHA BOCA.

Dei um passo para trás rapidamente, vendo Lucas parado em frente a minha casa. Ele estava sério e não gostava nem um pouco da cena que havia presenciado.

- Você não devia ter feito isso! - acusei.

Meu relacionamento com Lucas, se é que nós tínhamos um, acabou de acabar.

- Foi uma coisa do momento Lanny. Você gostou? - ele ainda teve a capacidade de me fazer esta pergunta.

- Se eu gostei? Claro que não! Eu...eu...

Tentei formular alguma coisa, mas nao conseguir. Apenas dei meia- volta e parei em frente ao Lucas.

•••

Eu amo o Eduardo, mas pena que ele não seja flor que se cheire😂

Lanny morrendo, depois que o Eduardo beijou ela.🙄🥵

O trem vai pegar.

Lucas morrendo de raiva.

Coitado de ti, amor da minha vida!❤

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