- Caneta em seu lugar... hummm. Ah, não, por que esse estojo
está todo desorganizado? Fala sério! - Murmurei para mim mesma.Mordi a tampa da caneta e me empenhei em organizar o estojo.
O suor brotou na minha testa, mas pelo menos estava tudo organizado em meu quarto.
Coloquei os desenhos de Michelly e algumas fotos da minha mãe junto com dona Ana.
Quando eu era pequena, eu tinha uma coleção de pôneis de madeira, mas aquilo mudou. Agora eu tinha uma coleção de borboletas - que eu mesma fiz por amar -, uma prateleira quase completa de livros; e monte de desenhos colocados.
Cadernos de metas para o que fazer em cada dia. Algumas eu já havia conseguido cumpri, outras não e aquilo tudo me deixava maluca.
Olhei no relógio e vi que era seis horas da manhã. Sim. Seis horas da manhã e eu já estava em pé organizando coisas. Antes de durmi, acabei organizando uma lista e teria que cumpri antes de ir para a escola. Mas como eu era organizada e ansiosa por organização, acabei organizando tudo.
Tomei um banho, vesti uma calça cada que dava até o tornozelo. Um boddy laranja e nos pés calcei um tênis preto com pintinhas.
De maquiagem fiz um delineador fraquinho. Passei um rímel nos cílios e por último passei somente um gloss rosa de morango. Estava pronta. Como a mochila já estava organizada, peguei a mesma; coloquei os óculos e desci as escadas para tomar um delicioso café.
. .
Lá estávamos nós - todas com shorts de malha preto e uma regata -, para a aula de física. Aquela roupa não me deixava confortável nenhum pouco. Sabe por que? Por que a roupa marcava meu corpo demais! Marcava todas as curvas que existia.Revirei os olhos assim que os garotos começaram a nos assoviar e jogar cantadinhas para cima de mim e de Michelly.
- Ei ei. Não assoviam a minha garota não, hein! - Escutei a voz de Lucas.
- Quem é a SUA garota? - Vitor perguntou com um sorrisinho no rosto.
- A LANNY. Nem chega perto. Esses babacas não sabem tratar uma mulher. Desculpa, amor...- Espera aí... que diabos estava acontecendo agora?
Por que Lucas estava abraçando a minha cintura, como se nós tivéssemos um pouco de intimidade?? Por que Benjamim abraçava Michelly?? Por que todos estavam nos olhando??
- O que você está fazendo? Por que está me abraçando desse jeito? - Perguntei olhando para suas mãos em meus ombros.
- Por que eu não quero que os garotos olhem para a MINHA NAMORADA. Ah, não dá bola para eles não garotas! Mas tarde nós vamos na casa de vocês. - Me deu um beijo na bochecha e chamou Benjamim com os dedos.
Michelly me olhou confusa. O que estava acontecendo com a gente?
- Ok. Ok., o que acabou de acontecer? - Michelly perguntou para mim.
Neguei com a cabeça. Antes de me pronunciar.
- Eu não faço ideia! - Murmurei de olhos fechados.
Os raios do sol que escapava, acabava entrando na quadra e acabava com os nossos olhos. Tampei com as mãos os meus olhos.
Observei Lucas. Nunca tinha visto ele tão lindo como hoje estava. O mesmo estava concentrado em esperar a bola. Suas mãos estava em seus olhos e seus olhos encaravam a bola; como se estivesse receio de não a pegar.
Mordi o lábio e continuei a olhar para ele. Mas de tanto olhar, uma bola acertou o meu rosto e eu acabei caindo no chão.
A bola tinha acertado meus óculos, e por causa do sol no meu rosto, não consegui enxergar nada.Ainda estava no chão, quando senti uns braços em minha cintura.
- Merda! O que você fez com ela? Está sangrando! - Reconheci a voz de Lucas. Ele parecia bastante preocupado e... irritado com aquela situação.
- Não foi por querer! Ela é que tava desorientada. - Gritou uma garota. Minha raiva veio. Eu sabia exatamente de quem era aquela voz. Era de Karol.
Queria gritar com ela. Dizer que eu não está DESORIENTADA. Só estava ocupada. Ia acabar com aquele rosto horrendo dela.
- Você esta bem? - Lucas sussurrou.
- Sim. - minha voz saiu rouca. - Aí Meu Deus! Meus óculos quebraram. Não posso chegar em casa sem eles, se não é capaz da minha mãe dá um ataque do coração. - Mordi os lábios.
- Eu compro outro. - Propôs. Neguei com a cabeça quase que imediatamente.
Ele chegou na pequena clínica que atendia as pessoas que ficavam doentes e, me colocou sentada em uma maca. A enfermeira me viu e vi em seu rosto uma expressão de preocupação e alerta.
- O que aconteceu? - Passou um lenço no meu rosto, onde saia sangue.
- Uma garota jogou a bola nela. SEM QUERER. - Revirei os olhos.
Eu não diria sem-querer, já que ela estava me olhando enquanto falava aquelas coisinhas e ainda sorria. Além disso, ela não ia com a minha cara desde o fundamental.
- O que precisa ser feito, enfermeira? - Lucas se sentou ao meu lado.
- Ela só teve um ferimento no nariz, o que causou o derramamento de sangue. Vamos colocar um curativo e vai ficar tudo bem. - Ela sorriu amigável para mim.
Eu sabia daquilo. Enquanto eu andava por aí, eu sempre conversava com eles. Não ligo para a condição de ambos, o que importa é que eles são pessoas boas e gentis. Estão sempre se sacrificando para ajudar os outros.
- Como disse, vou comprar o óculos. - Tocou a minha mão. Senti um frio na barriga.
- Não sei se quero. - Murmurei sentindo uma pitada de dor no nariz, assim que a enfermeira limpava o sangue.
Depois de uns minutos, a enfermeira colocou o curativo e ficou bom.
Michelly veio correndo para a clínica e me viu naquela estado, acabou quase desmaiando. Ela não conseguia ver sangue. Pedi a ela que buscasse minhas roupas e foi isso o que ela fez.
****
Capítulo revisado com sucesso ✔
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Boy From Tickets| O GAROTO DOS BILHETES|✔
Fiksi RemajaLanny estuda em uma das escolas mais populares do Rio de Janeiro e por sempre estudar nessa escola desde muito nova, ela sabe exatamente quem é cada pessoa. Vítima de um bullyng constante, ela só queria um lugar onde ela pudesse ser ela mesma, sem s...