Lanny .Comecei a chorar sem ao menos esperar a cena do filme. Michelly me acompanhou. O filme era triste demais, e você acabava se emocionado. A música Hold on, começou a tocar. Passei o lenço nos olhos e continuei.
Por que ele tinha que cair no gelo, hein? Ó Deus do céu!
- Coitado! Ah não, ele vai morrer? - Michelly chorava. Pareciamos que estávamos chorando igual a Alice.
- Tomara que... que não! O que será do John? - Observei os lindos garotos pedindo ajuda na televisão.
Quando chegamos do supermercado e da farmácia, Michelly deu a ideia de ambas assistirmos ao um filme.
O milagre da superação e fé. Já perdi a conta de quantas vezes nós assistimos aquele filme.
Acho que mais que quatro. Porém, toda vez que assistimos ele, nós chorando. Não por que é triste e, sim pela forma que a mulher tem MUITA fé e clama a Deus para salvar o filho dela que caiu no gelo.
- E naquela hora de aquela menina começa a cantar: Oceano em Inglês. - c Choraminga Michelly.
Meu celular vibrou em minha mão. Era um número desconhecido. Eu não conhecia.
Fui até o perfil e vi uma foto dos Lucas. Que diabos ele queria comigo?
Não tive coragem para abri a mensagem. Michelly espiou por cima do meu ombro e fez um sinal de positivo com o dedo.
Lucas- Você pode me ajudar?
Que tipo de ajuda seria aquela? Eu já sabia! Ele queria que eu ajudasse ele nas atividades, depois ele ia se tornar amigo de mim e... ah, já até decorei o tanto de vezes que passei por aquilo.
Lanny- Depende de qual assunto você quer tratar.
Michelly leu e me deu um tapa no ombro. Balancei a cabeça em negação.
- Está ficando maluca, Michelly? - Perguntei e ela me fuzilou com o olhar.
- Precisava dá uma resposta dessa para o garoto, mau-educada. - Me xingou. Percebi que o mesmo já havia respondido.
Lucas- É sobre a atividade de matemática. Mas se você não quiser, você pode me falar?
Eu sabia! Sabia que era aquilo que ele ia pedir. Sempre foi assim, e aquilo me magoada todas as vezes que acontecia. As pessoas só queiram minha amizade para usá-la na escola ou em provas.
Eu mesma lembro de muitas vezes em que Karol me pedia ajuda, fingindo ser minha amiga e, depois de um tempo, acabava me humilhando. Tudo que era meu, ela pegava ou quebrava.
Como eu não tinha ideia do que responder, Michelly pegou meu celular e correu para longe de mim.
- Michelly!! Volta aqui! - Gritei, mas ela não me escutou.
Me sentei de novo e continuei a prestar atenção no filme, enquanto pensava no que a minha amiga maluca poderia está conversando com o Lucas.
Depois de alguns minutos, ela voltou.
Ataquei meu celular e fui ler as mensagens.
Lanny- Claro gato. Você quer que eu vá para a sua casa ou você vem na minha?
Quase cavo um buraco e enfiava minha cabeça para dentro.
Lucas- Você não é nem um pouco tímida, não é?
Corei com aquilo.
Lanny- Nada! Está marcado. Vou a sua casa amanhã ou então, nós conversamos direito amanhã na escola.
Lucas- Ok.
- Se você pensa que eu vou na casa do Lucas amanhã, você está muito enganada, Michelly! - Disparei, dando de ombros.
- Por quê não? É só uma ajuda, Lanny! - Ela discordou.
- Ajuda de que eu não quero ajudar. Nem adianta. Por quê você não mandou as fotos da SUA atividade para ele?
- Por quê... Por que eu ainda não fiz! - Mentiu. Eu sabia quando Michelly estava mentindo e ali naquele momento, era o que ela estava fazendo.
- Depois mando mensagens para ele, enviando as fotos.
- Desmarca tudo! - Olhei séria para a minha amiga, que me deu um olhar de inocência.
[...]
Meus olhos se abriram na manhã seguinte.
Não acordei com a luz que invadia meu quarto, e sim com o barulho dos pássaros à cantar.
No quintal do vizinho, havia um enorme pé de goiaba e eles aproveitavam.
Me levantei da cama e me arrastei para o banheiro. Tomei um banho daqueles, insaboei meu corpo pedacinho, por pedacinho.
Lavei os enormes cabelos que chegavam a cintura.
Sai do banheiro enrolada na toalha. Vesti uma calça moletom florido. A mesma era bem apertada, o que me incomodava um pouco.
Eu não tinha a bunda muito grande, mas aquela calça... marcava tudo.
Acompanhada da calça, vesti uma blusa rosa, amarrei a mesma em um nó. Nos pés eu calcei o all star branco.
Minha única preocupação era de que as pessoas acabasse pisando neles e eles sujarem.
A única maquiagem que passei no rosto foi um corretivo, um rímel e um gloss.
Peguei a minha mochila, coloquei o óculos de descanso e sai do quarto. Como sempre, dona Ana já estava lá, preparando o café da manhã com todo o amor do mundo.
Cheguei por trás e a abracei.
- Bom dia. - Sorriu para mim. - Fui olhar no relógio e você está um pouquinho atrasada. Sua mãe irá levá-la. Coma rápido! - Me sentei a mesa e comecei a comer. Nada no mundo pode ser tão bom quanto a comida da Ana.
Minha mãe desceu as escadas apressada. Beijou a minha testa, bebeu dois goles do café e puxou minha mão para fora. Acenei para Ana e corri para acompanhar minha mão.
- Estou quase atrasada para a imprensa! - Disse e deu partida no carro.
Coloquei os fones de ouvido e comecei a ouvi algumas músicas. Tamborilhei com o dedo no ritmo da música.
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Mais um capítulo aqui para os meus leitores. Votem e comentem bastante, por que gosto de ler os comentários.
Beijos...♡
Capítulo revisado com sucesso.✔
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The Boy From Tickets| O GAROTO DOS BILHETES|✔
Ficção AdolescenteLanny estuda em uma das escolas mais populares do Rio de Janeiro e por sempre estudar nessa escola desde muito nova, ela sabe exatamente quem é cada pessoa. Vítima de um bullyng constante, ela só queria um lugar onde ela pudesse ser ela mesma, sem s...