14- É diferente o que sinto!

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                        Lucas.

- É muita besteira vocês estarem falando das NERDS da escola... Vocês não vêem que elas são as mais malucas e mais solitárias daquela porcaria, caras. Onde já se viu? Eu estou quase morrendo de rir de vocês. CadêCadêbad bad boys da escola? - Vitor nos acusava e ria ao mesmo tempo.

Em uma demonstração de ciúmes da minha parte, ele acabou descobrindo que nós estávamos nos afeiçoando com a beleza daquelas garotas. Era estranho, para dizer ao mínimo, não só olhar para elas, mas saber que tinha um sentimento mútuo dentro do meu peito, por causa da Lanny.

Era algo difícil de lidar. Mas já vi muitos caras por aí, falar sobre isso.

- Foi algo acidentavél. Não queríamos de maneira alguma, mas aconteceu. Quando você estiver passando por isso, vai entender a gente. - Apontei o dedo para ele.

Vitor riu e olhou para todos os lados, até  que seu olhar cai sobre as duas garotas dos lindos cabelos. Travei o maxilar, diante do seu olhar.

- Até que a morena é linda. Quer dizer, perfeita! Se você não tivesse tão afim dela, eu ia até me diverti! - Exclamou com um sorriso perverso.

Não gostei nem um pouco diante daquele comentário perante a garota que tinha uma poderosa aversão a mim.

- Mas cá entre nós, esse sentimento é amor? - Perguntou.

Fiz uma careta e olhei para Lanny e, senti a mesma coisa de sempre: vontade de protegê- la e amá-la. Mas Lanny não me dava oportunidade. Ela não confia em mim, ao que também concordo, por causa da minha REPUTAÇÃO.

Mas eu queria que ela acreditasse em mim, queria que ela fosse minha de verdade, às vezes acho que ela não sente a mesma coisa por mim, pmas quando essa negação chega, opto por me lembrar dos pequenos detalhes: ela havia dito que queria confiar em mim, deixou que eu a abraçasse e principalmente, ela deixou eu tocá-la.

Lanny era uma garota brilhante. Mas também, era difícil de lidar. Lembro-me  de que ela não gostava de mim, me dava maior fora. Só espero que a situação mudou para nós.

- É diferente o que sinto! Parece ser algo maior do que o amor! - Confessei, cemirrando os olhos para ele.

****

Lá estava eu, no meu quarto aproveitando a brisa. Abri a porta da sacada e sai para fora.

Batia um vento maravilhoso na minha face. Os galhos das árvores balançavam e a folhagem a acompanhava.

Sem querer, lembrei do dia em que eu apareci na sacada da Lanny. Ela estava fazendo a mesma coisa que eu agora. Ela se assustou, além de me dá algumas palavras extras.

A mesma é muito desafiadora. É o tipo de pessoa que se você tocar em algum assunto anti-quado,  ela da um discurso imenso. Pergunto- me como seria em meu aniversário se ela fizesse um discurso desse para mim. Eu adoraria.

Lancei um olhar em direção ao seu quarto e a vi. A janela do seu quarto estava aberta, e eu pude a ver sentada em frente o computador. O que ela estaria fazendo uma hora daquelas em frente ao computador?

Sentei na beirada da sacada. De longe, pude ver perfeitamente as luzes que piscavam. Devo confessar que já vi muitas das belezas em cima de um telhado.

Já vi as praias da Califórnia. As pessoas de manhã cedo aproveitando as grandes marés nas praias. Vi a França durmi. A beleza da torre Eifell.

Toda aquela aventura foi a anos. Quando minha mãe era viva e eu mais ela podíamos explorar cada lugar. Ela era bem aventureira, então eu a acompanhava em várias de suas viajens.

Uma rajada de vento veio, e eu comecei a tossi. Que vento gelado! Recuperei o fôlego e lancei outro olhar para a janela dela.

Lá estava ela me olhando. Parecia assustada e um pouco irritada por me ver ali. Em um gesto cheio de raiva, ela apontou para dentro de casa. Ela não estava falando, estava ordenando!

Ri dela. Acho que naquela situação, quem era a mandona era ela. Neguei com a cabeça e apontei para as luzes cintilantes.

Ela pegou um papel, pude perceber que escrevia algo. Levantou- o com as duas mãos e vi uma frase.

" Você quer morrer? Desça dai agora, Lucas. Ou então, chegarei o mais rápido possível. Não queria brincar comigo! ".

Fiz um coração com as mãos e vi ela vermelha de raiva. De repente ela se levantou, saiu as pressas.

Era diferente o que eu sentia!

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