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38_Nosso amor.

     
                • Lucas •

O sinal tocou e eu não vi a Lanny chegar. Queria esperar ela um pouco, por que pra mim, o professor ainda não tinha chegado á sala.

- Cadê a Lanny? - Michelly perguntou, me olhando profundamente, querido ouvi a minha resposta.

- Ela foi no banheiro. Ainda não voltou. - Dafhnne respondeu por mim.

Com mais alguns minutos, minha namorada ainda não havia chegado e a minha preocupação só aumentava a cada minuto que passava.

Até que eu enfim, girei os pés e comecei a andar em direção ao banheiro, seguido de todos os nossos amigos, que também estavam preocupados.

Quando cheguei lá, vi que todas as portas do banheiro estavam abertas, só uma que tava fechada.

- Lanny? - Meti o pé na porta. - Lanny? Amor? Você tá aí? - Gritei de novo, empurrando a porta, mas ela não abriu.

- Ela tá aí? - Michelly perguntou desesperada, chamando o nome da amiga.

- Acho que não. O jeito é arrombar a porta. - Eu disse e voltei a chutar a porta. Lá oela décima vez, a porta se abriu.

Quando olhei lá pra dentro, não sei o que eu senti no peito. Foi uma dor aguda, que se expalhou rapidamente, partindo do meu coração até a minha cabeça.

Ali estava minha namorada. Ele estava caída no chão. Junto dela, tinha uma poça de sangue estava junto da sua cabeça, fazendo o meu desespero aumentar.

Fechei os meus olhos, desejando não ver aquilo. Mas foi em vão. Pensei na minha Lanny. Sorridente, educada... mas ali, ela tava com os olhos fechados, como se tivesse sentindo dor.

O que eu faria se ela morrêsse? Eu não viveria! Minha vida nunca seria a mesma.

- Lanny? - Dafhnne ajoelhada no chão, tentava reanimá-la.

Minhas pernas tomaram impulso e meus olhos se arregalaram. Era só eu levantar dali e tomar impulso.

Peguei-a em meus braços e abri a porta do banheiro, gritando pra alguém me ajudar. Não importei se minha camisa tava sujando, não importei o escândalo que a gente tava fazendo, não importei se eu tava chorando por ela..., só importou o amor que eu sentia por ela e o quanto eu queria ver a minha Lanny de antes.

Do importou a vida dela que estava em risco. Eu poderia dizer que aquilo não foi acidentável. Houve alguma coisa.

- Alguém chama um médico! - As amigas dela e suplicavam.

Um tumulto se formou em nossa volta. A diretora, muito amiga da Lanny, correu a frente do telefone, chamando um médico ou alguma equipe médica.

Ainda com ela nos meus braços, pude ver que a respiração dela tava lenta. Lanny tava sem ar.

Lembrei-me das palavras dela. Ela tinha medo de morrer, mas aquilo não era por que ela tinha medo da morte, era por que ela tem medo de deixar saudades nas pessoas que a amam.

Ela não podia morrer. Nossas vidas nunca mais seria as mesmas. Nada ia ser do mesmo jeito sem ela.

Vi ela. Os sorrisos lindos que ela dava; as piadas que eram raras quando ela dizia. O brilho que existia em seus olhos quando ela falava em seus livros e em sua vida. Vi como ela gostava da forma simples em que vivia.

Se eu a perdesse, eu nunca mais ia sorrir. Nunca mais sairia do meu quarto. Nunca mais viria a escola, por que eu só tô vindo mesmo, por que eu tenho ela.

Eu não podia perdê-la. Ela é a minha vida. É a minha força, quando eu estou caindo. Ela é a luz que ilumina meus dias. Ela é um girassol, em meio às orquídeas. Seu sorriso é como um pôr-do-sol.

Senti-me fraco. Minhas pernas falharam. Parecia que eu não tinha forças naquele momento.

Poderia muito bem levantar e ver os para-médicos chegando, mas a perda da força foi grande.

Então, cai e não sei se eu viveria ou não, mas se eu conseguisse sobreviver e a Lanny também, agradeceria depois. Se eu morresse e ela também, pelo menos poderíamos nos encontrar no céu.

Quando cai, pude escutar o grito de Benjamim. Só sei que eu caí ao lado de Lanny. Minha namorada.

Era ali que eu queria estar. Ao lado dela. Eu havia dito que eu ia cuidar dela, mas naquele momento, eu falhei.

Falhei por que não pude resisti a tentação de cair desmaiado no chão e ajudar ela a se levantar.

Só sei que não importasse mesmo o que vinhesse, eu e Lanny ainda estaríamos juntos. Sabe por que? Por que quando o amor é grande, ele ainda existe!

Não importa a situação. Sempre vai existir amor entre mim e Lanny. Ela me mudou e foi por isso que eu prometi estar ao lado dela.

O nosso amor era grande, um amor capaz de restaurar todas as fronteiras. Um amor capaz de nos levar a aparecer um ao lado do outro. Um amor que nos fazia apaixonar mais dez vezes a cada dia. Um amor capaz de fazer os dois morrerem pra poderem ficar juntos.

O amor é isso.

Fechei os olhos, só lembrando do NOSSO AMOR.

•••

Continua...

Música do cap:

K-391_Play.