17- Quero encontrar-me com você!

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- Preciso ir urgente, dona Ana. Minha mãe deve esperar um pouco, por que se não, daqui a pouco, não conseguirei comprar o livro.- Fiz beicinho, juntando as mãos para que ela vêsse que eu estava desesperada para ir a biblioteca.

- Não. Sua mãe tem um assunto para tratar com a senhorita. Não precisa sair! Ela já está chegando. O trânsito está grande, e talvez seja por isso que ela está se atrasando.- Tentou me parar.

Frustrada, bati o pé no chão igual a uma criança. Que assunto seria aquele Que era mais importante do que meu livro?

- Cheguei! - Minha mãe abriu a porta.

Agradeci a Deus mentalmente. Considerei a opinião de que, se ela não chegasse nos próximos cinco minutos, eu pularia a janela e sairia correndo em busca daquele livro.

- Bem, quero saber do que se trata! - Inclinei um pouco para frente. Minha mãe fez um gesto com a mão para que eu a acompanhasse até a porta.

- Sente-se! - Ordenou. Sentei-me, a espera da bomba que viria. - Tenho uma viagem de negócios amanhã de manhã. Você terá que ficar aqui com a Ana enquanto eu volte. - Suspirei. - Lanny! Não quero saber nenhuma queixa da Ana sobre você quando eu chegar. Comporte-se e respeite a Ana. Posso não está aqui, mas ela ficará de olho em você.

- A senhora vai...

- Ainda não terminei! - Repreendeu-me . - Só voltarei três dias depois. Não quero saber de brigas suas e, principalmente, não poderá ficar indo para a biblioteca de noite. A parti de hoje!

- A senhora vai aonde? - Perguntei, encarando minha mãe.

- Para Minas Gerais. O meu chefe irá fazer uma visita para um CEO de uma empresa por lá. Já pode se retirar! - Levantei-me dá cadeira indo até ela. Dei-lhe um abraço, sabendo que não a veria pela manhã. - Vá com Deus mamãe. Cuide-se! - Abri a porta e sai.

Corri para a porta, pedindo Tommy, o segurança particular da minha mãe, para que ele me levasse e me trouxesse de lá.

- Para a biblioteca, Tommy. - O segurança assentiu, abrindo a porta para mim.

Coloquei o cinto, enquanto o carro andava devagar entre as ruas do Rio de Janeiro. O carro parou. Desci imediatamente, fazendo um sinal para que Tommy me esperasse.

Adentrei a biblioteca com um sorriso enorme. A felicidade de ler livros novo era grande demais. Observei bem o lugar. Acostumei lá, como se fosse minha segunda casa.

- Oi, Eduardo! - Parei a sua frente, esticando a mão. - Faz tempo que não venho aqui! - Etxclamei cheia de felicidade.

- Você está certa. Já estava me perguntando sobre o que você estaria fazendo nesses dias!? - Ele exclamou, também perguntando.

- Bem, estive ocupada demais com a escola. Tive que arrumar várias coisas, por que as pessoas ao meu redor não fazem. Digamos que estive super ocupada com pessoas que não dão a mínima para a vida. - Lembrei-me de Lucas em sua sacada, tentando dá um olá para a morte.

- Bem, está a procura de qual livro? - olhou para mim sorridente. - Romance?

Assenti, pegando meu celular e vendo o nome do livro em que eu estava a procura.

- Toda sua. - Respondi.

- O quê? Você está lendo um livro erótico? Não acredito! - Falou, quase rindo de mim.

Assustei-me completamente. Arregalei os olhos. Eu não sabia!

- Eu não... eu não sabia que ele era...- Neguei com a cabeça. - Então, vou escolher outro! - Mordi a ponta do lábio, olhando de novo para o site de busca.

- A prometida. - Ele me deu as costas, saindo em busca do livro.

Eu estava muito nervosa. Não sabia como eu havia me comportado diante daquela loucura. Se eu tivesse lido a sinopse antes, jamais teria passado tamanha vergonha diante de um garoto.

- Aqui está. - Procurei pelo dinheiro e quando o achei, entreguei para ele.

- Bom, tenho que voltar. - Procurei sai, mas fui impedida por um braço me puxando.

- Você tem alguma ocasião para amanhã a noite? Tipo, amanhã mesmo? - Entortei os lábios, pensativa.

- Não necessariamente.- soprei.- Por que?

Ele ficou um pouco nervoso, mas logo abriu um sorriso enorme para mim.

Eduardo é um garoto extremamente lindo. Cabelos claros, olhos castanhos- claros e o rosto mais velho do que o de Lucas. Seu rosto era um pouco corado, o que o deixava encantador.

- Quero encontrar-me com você! Aceita? - Respondeu, antes de perguntar.

Pensei um pouco. Nada me impedia de descobri como Eduardo era de verdade.

- Sim. Qual o horário? - Soprei a pergunta.

- Às sete te pego na sua casa! - Soprou de volta.

Sorrindo, dei um último abraço nele, saindo para fora da biblioteca logo em seguida.

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The Boy From Tickets| O GAROTO DOS BILHETES|✔Onde histórias criam vida. Descubra agora