CAPÍTULO 48

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Sophie Martell

Eu amava o John. Eu o amava ao ponto de tentar aceitar ele ter filho com outra.

Eu não sabia se poderia ter filhos, então não sabia se poderia dar isso a ele, e não poderia impedir ele de ter o seu.

Depois do noivado parei com o anticoncepcional quase sem querer. No início eu dizia a mim mesma que havia esquecido, mas depois de algumas semanas eu comecei a odiar a menstruação que vinha regular. Talvez esse fosse meu teste para saber se poderia engravidar também. Isso até parece loucura, e acho que era o meu desespero gritando mais alto.

Em Palm Beach fazíamos sexo todos os dias e até mais de uma vez por dia, e nada aconteceu. Quando a temporada acabou, John precisou voltar para a Alemanha e eu para Los Angeles. Os primeiros dias sem sexo estavam me deixando pirada, mas logo John encontrou um jeito. Era uma coisa estranha, mas estávamos fazendo sexo por telefone. Eu começava descrevendo como estava e o que vestia e depois começávamos a falar o que estávamos fazendo. Enquanto eu ficava louca pensando nele se masturbando eu comecei a me masturbar para ele.

Não era a mesma coisa, mas eu conseguia ouvir os gemidos do John chamando ao meu nome enquanto gozava. Isso era melhor do que ficar imaginando o que ele poderia estar fazendo.

John procurava vir para Los Angeles sempre que conseguia fugir da empresa, e logo comprou um jatinho particular para suas escapadas. As vezes ele passava dois ou três dias, mas os dias que estávamos juntos mal saiamos da cama, e as chances de eu engravidar aumentava. Mas no fim do mês minha menstruação sempre aparecia para me garantir que as tentativas não estavam dando certo.

Eu não havia falado para ele o que estava fazendo. Talvez ele não quisesse mais um filho agora, mas eu precisava disso.
L Poderia estar enlouquecendo, mas eu queria tanto também poder dar um filho a ele.

John não falava sobre o filho com Melissa. Quando eu perguntava sobre o bebe e sobre ela, ele logo falava que estava bem e não dava mais detalhes. Talvez esse fosse o jeito dele. Até porque em todo aquele tempo ele também nunca tocou no assunto do filho que eu havia perdido quando ele foi embora. Minha mãe me disse que ele poderia estar evitando mexer em feridas que o magoavam, mas as vezes ele agia como se aquilo nunca tivesse acontecido.

Bem! Hoje era aniversário do John. Ele não conseguiu deixar a empresa, então eu ia pela primeira vez a Berlim encontrar com ele.

John havia enviado o jato para me buscar e ele mal sabia que nossos pais estavam indo junto para uma surpresa em seu aniversário.

Mason subornou o piloto do jato para manter o segredo antes mesmo de sair de Berlim, e eu estava feliz por nossa família estar unida e feliz. Era bom ver como o relacionamento do John com o pai havia voltado ao normal, e até minha mãe estava feliz por isso. Era estranho quando eu dizia que estava noiva do filho do meu padrasto que todos julgavam como meu "irmão", mas nós quatro éramos felizes e isso que importava.

Quando o jato pousou no aeroporto de Berlim eu comecei a ficar ansiosa. Eu tinha um motorista particular me esperando e meus pais pegaram um taxi. Nos reuniríamos no jantar que eu havia insistido que fosse feito no apartamento do John, onde ele me esperava naquela manhã.

Faziam quinze dias que não nos víamos e três meses que havíamos saído de Palm Beach. Eu estava eufórica em ver ele novamente, e poder passar alguns dias ao seu lado. Uma semana era pouco, mas era muito mais do que passamos desde que a temporada acabou.

- Feliz Aniversário!!! – falei me jogando sobre ele quando abriu a porta do apartamento sem esperar que eu já tivesse chego.

Imediatamente ele me tomou em seus braços e me beijou. Um beijo cheio de sentimentos.

ETERNO AMOR - PredestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora