CAPÍTULO 28

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Jhon Wright

Depois de passar o resto da tarde com Sophie na praia, a levei de novo para o condomínio onde Deby nos esperava. Eu estava devendo uma a ela, e um dia esperava poder retribuir o que ela estava fazendo por mim.

Me despedi de Sophie prometendo que eu a teria logo em meus braços, sem precisar de tudo aquilo, e eu queria cumprir o que prometi.

Assim que subi para meu apartamento peguei meu telefone e liguei para meu pai pedindo que ele viesse até aqui. Eu precisava conversar com ele e não queria Mary por perto, nem Sophie. Eu não sabia como me comportaria com Sophie por perto, talvez entregasse tudo antes de falar com meu pai.

Ele aceitou o convite e disse que aproveitaria para acertar as coisas para Alemanha.

Meu pai não relaxava, não deixava da empresa nem mesmo de férias, mas eu sabia que ele era o mais ansioso pelo escritório da Alemanha. Não por sua empresa virar multinacional, mas por ele estar me desafiando a assumir uma responsabilidade maior. Meu pai queria que eu assumisse toda a empresa e dizia que eu tinha potencial para isso, mas ele julgava que eu ainda não estava preparado. Eu sabia que ele estava enganado, eu havia sido preparado minha vida toda, eu cresci sabendo o que esperavam de mim e me preparei para isso, mas meu pai por algum motivo julgava que não estava na hora.

Passava pouco das oito quando o porteiro ligou anunciando meu pai que já subia. Me preparei psicologicamente para isso, até que a campainha tocou.

- Entre. – falei logo que abri a porta e dei um passo para tras pra que ele entrasse.

Meu pai deu uma olhada e sorriu antes de entrar. Isso era bom, eu não sabia como meu pai ia reagir ao saber que eu me mantinha em um apartamento enquanto tínhamos uma casa para a família toda a poucos quilômetros.

- Espero que sejam boas notícias. – disse ele enquanto entrava e olhava o apartamento.

- Eu acho que são. – falei tentando confiar em minhas palavras. – Uma bebida?

- Whisky, vocês tomam? – perguntou ele se virando pra mim antes de se sentar na poltrona de couro na sala.

Concordei com a cabeça eu fui sobre o balcão do bar onde sempre havia copos em um ótimo whisky aberto para quando eu queria algo mais forte.

Servi meu pai e me sentei com meu pai na poltrona do outro lado da sala.

- Parece que meu menino cresceu. - meu pai falou sobre o copo antes de beber um gole do whisky, e eu fiz o mesmo.

Ele então analisou o copo e fez uma cara de aprovação para o whisky, e depois relaxou a mão com o copo sobre o apoio da poltrona e se acomodou nela.

- Então vamos falar sobre o que? Negócios? – ele perguntou com um sorriso divertido para mim.

Meu pai não era nenhum velho, até parecia muito novo para sua idade e suas conquistas, mas ele só levava os negócios muito a sério.

- Pai você precisa relaxar, nem só de negócios a vida é feita. – falei me recostando na poltrona.

Ele me analisou por um minuto e sorriu novamente.

- Bem! Eu pensei que queria falar sobre a empresa, sobre minha sucessão, e sobre a Alemanha, mas vejo que não deve ser. – ele então deu mais um gole em seu whisky e sorriu novamente. – Talvez queria me falar sobre o motivo do apartamento.

Era exatamente sobre isso que eu queria falar com ele, mas por mais que tivesse pensado em todas as formas em como falar com ele sobre Sophie, eu me senti totalmente despreparado para aquilo na hora.

ETERNO AMOR - PredestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora