04

4.7K 442 598
                                        

[...] Quase 1 ano depois

   Eu e meu pai o qual está com um ferimento em sua perna, estávamos andado na estrada sem um lugar para ficar, os meses passados foram difíceis, mas ainda estamos lutando, dia após dia. Canela havia morrido quando fomos cercados por uma pequena horda de mortos, e tivemos que abandonar o carro pois a gasolina acabou.
A sola dos meus pés doíam devindo a caminhada prolongada, o sol queimava minha cabeça de uma forma agonizante.

— Vamos parar um pouco. — Meu pai informa super cansando.

Ele se senta abaixo de uma alta árvore de folhas largas que produziam uma agradável sombra, fecha seus olhos e tomba a cabeça para trás apreciando esse pequeno momento de paz. Chego perto dele e verifico sua temperatura, se continuasse assim morreria em poucas semanas, ou talvez dias.
Eu olho para trás e vejo um homem com uma crossbow, andando encurvando concentrado em algo no chão, parecia procurar por alguma coisa.
Seguro minha arma em uma das mãos apenas por precaução, não queira acabar com uma flecha no meio da testa.

— Ei. — O chamo quando ele nota minha presença aponta sua besta para mim. — Eu não vou fazer nada. — Coloco lentamente a arma no coldre logo após levanto ambas as mãos.

— O que você quer? — Diz analisando cada movimento meu.

— Meu pai está muito mal, com um ferimento na perna, não sei mais o que fazer, se você não nos ajudar ele morre. — Digo tudo apressadamente, ele fica em silêncio por alguns segundos.

— Onde ele está?

— Não é longe...

Viro as costas e começo o guiar sem olhar para trás, mas podia saber que ele me seguia pois escutava galhos secos sendo pisoteados.
Paro na frente do meu pai que parecia estar delirando de febre.

— Tenho uma pessoa que pode ajudar ele, fica a alguns quilômetros, acha que ele consegue ir? — O homem coloca sua besta nas costas.

— Vamos descobrir.

Me abaixo perto do meu pai o cutucando levemente, ele abre seus olhos.

— Quem é ele Amy? — Diz com a voz fraca.

— Ele vai te ajudar pai, você consegue caminhar?
— Ele balança a cabeça em concordância.

Ele se levanta apoiando-se na árvore, o homem da besta apenas analisava a situação atentamente.

— Se você. — Ele aponta o dedo para mim. — Ou sei pai tentarem alguma coisa, eu mato vocês.

— Não vamos fazer nada, somos boas pessoas.
— Meu pai fala.

O besteiro começa a caminhar eu e meu pai vamos logo atrás dele.

— Qual seu nome? — Quebro o silêncio.

— Daryl Dixon.
[...]

Chegamos a uma fazenda, eu olhava apreensiva para cada um deles. Um homem de olhos claros se aproxima de nós, ele olha para meu pai, para eu e depois para seu  companheiro Daryl.

— Quem são eles?

— A garota me parou na floresta e pediu ajuda para o pai, cadê o velhote? — Daryl diz despreocupado.

Meu pai encara bem o homem dos olhos azuis.

— Grimes? — Meu pai tenta forçar um sorriso.

O homem franze o senho ficando confuso, e pela sua cara assustada ele acertou seu sobrenome.

— Você está vivo cara! — Dizia coisas sem sentido.

— Arthur... —  O tal Grimes murmura.

— Espera... Vocês dois se conhecem? — Alterno meu olhar.

— Sim éramos parceiros de trabalho. — O homem diz. — Venha vamos dar um jeito nisso aí cara.
— Ajuda meu pai a caminhar para dentro da casa.

Bom, se esse homem também era policial igual a meu pai, eles não iriam o ferir. Me sento na escada da casa apenas olhando o horizonte, esperando que terminem de mexer no ferimento.

— Amber? — Uma mulher branca e magra se aproxima de mim.

A olho confusa, como poderia saber meu nome sendo que nunca eu tinha a visto?

— Sou Lori, você provavelmente não se lembra de mim... Mas eu peguei você quando era bebezinha.
— Sorri. — Está ficando uma moça muito bonita.

— Obrigada. — Forço um sorriso.

Ela não perguntou da minha mãe, o que eu agradeci.
Esse era um assunto delicado o qual não gostava de falar.

— Quer se juntar a mim e a meu filho?

— Ah, não... Vou esperar meu pai aqui mesmo.

— Claro. — Sorri. — Se precisar vou estar ali naquelas barracas.

Lori informa e vai embora. Parecia ser uma mulher legal, mas ficar perto dela me lembrava de minha mãe e por enquanto essas são lembranças que eu não quero ter.
Escuto a porta da casa se abrir e me viro para trás aparecendo uma moça de cabelos curtos.

— Seu pai está melhor, quer falar com ele?
— Concordo quem sim.

A moça me leva até o quarto que ele estava descansando. Dou um sorriso quando o vejo deitado conversando com o velho de cabelos brancos e seu amigo.

— Como você está? — Me aproximo e sento na cadeira ao lado da cama.

— Estou melhor querida... Obrigado por cuidar de mim.

— Vou deixar vocês a sós. — Grimes fala.

— Obrigado Hershel. — Agradece ao senhor.

Ele sorri em resposta e também se retira do quarto, nos deixando sozinhos.

— Rick é uma boa pessoa... Ele nos ofereceu para ficarmos aqui, o que você acha? — Me olha atentamente.

— Se você confia neles, eu também confio. — Dou de ombros. — Se quiser ficar, podemos ficar.

— Então acho que temos um novo lar! — Abre um grande sorriso.

Eu não sei como me sentia em relação a isso, eu deveria estar feliz! As pessoas eram boas, o local era aconchegante, talvez eu devesse tentar confiar mais neles.

Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora