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— Abram a porta é o Hershel! — Escuto Rick gritar.

Carl em instantes me joga a chave. Hershel estava com uma parte de sua perna amputada. Não quero nem imaginar o quão horrível deve ter sido a dor.
Abro o portão e segundos depois eles passam às pressas com o velho desmaiado. Daryl estava do outro lado, um homem com roupa de prisioneiro surge. Daryl aponta sua besta para ele, depois mais 4 aparecem, eu aponto minha arma para eles.

— Quem são esses Daryl? — Pergunto olhando para os homens.

— Encontramos eles no refeitório quando Rick cortou a perna do velho. — Daryl fala sem olhar para mim.

Como se já não tivéssemos muito problemas, temos que cuidar agora de mais 5 homens.

— Essa prisão é minha. — Um dos prisioneiros fala.

T-Dog aparece também apontando sua arma para eles. Os homens ali começam a discutir, eu permaneço em silêncio observando qualquer movimento dos inimigos, eu estava decidia a não excitar em atirar caso fosse necessário.
A discussão se torna cada vez mais acalorada até que Rick chega e tenta melhorar a situação

— Vocês por acaso roubaram um banco? — O homem que descobri chamar Tomas pergunta.

— Vocês não sabem do apocalipse? — Os prisioneiros me encaram confusos.

— Não sabemos de nada, ficamos presos naquele refeitório por dez meses... Um guarda nos trancou lá e disse que voltaria, mas o cara não voltou.

— Não tem mais governo, não tem mais hospitais, não tem mais polícia. Acabou tudo. — Diz Rick, fazendo eles ficarem preocupados.

— E minha mãe? Meus filhos... — Axel fala, preocupando. — Você tem um telefone para que eu possa ligar para eles?

— Não há mais telefones, nem computadores. Metade da população foi morta.

Os homens ficam desacreditados.

— Não pode ser... — Tomas fala desacreditado.

— Vá ver vocês mesmos. — Rick fala indo para a parte externa da prisão acompanhado pelos outros.

Quando minha arma no coldre indo para onde o resto do grupo estava, chego na cela Hershel estava desacordado, o lençol ensopado de sangue.

Maggie passa pela porta da cela com seus olhos lacrimejando, Glenn a olha querendo ir porém permanece no cômodo caso Hershel se transforme.

— Vai... Eu fico aqui.

Glenn me encara duvidoso.
— Tem certeza? Você conseguiria...

O interrompo.
— Eu tive que atirar na minha mãe... Acredite, eu consigo.

Glenn concorda com a cabeça, Carl que havia acabado de chegar na cela me olha preocupado. Ele havia escutado o que eu disse.
Pego minha arma e a deixo destrava observando Hershel atentamente.
[...]

Rick aparece na cela com o resto do grupo, me olha e em seguida olha para Hershel.

— Algeme ele. — Rick me entrega. — Você tem certeza que quer ficar aí?

Eu concordo e pego a algema de sua mão.

— Eu trouxe comida. — Antes dele sair me avisa.

Dou um fraco sorriso. Assim, Rick se retira do local.
Coloco um lado da algema no pulso de Hershel e prendo na lateral da beliche.

— Vamos la velhote, você não pode nos deixar.
— Suspiro e me sento na cadeira com os braços cruzados.

Maggie surge e vê as algemas, ouve a respiração de Hershel. Ela pede para ficar sozinha com seu pai.
Eu e Carol que também estávamos presente concordamos e saímos.

Quando Maggie nos permitiu entrar, me sento novamente na cadeira. Maggie, Lori, Beth, Carol estavam cuidando de Hershel. Carl aparece com uma bolsa cheia de remédios.

— Eu achei na enfermaria! — Diz o grimes.

— Carl você não pode sair andando por aí sozinho.
— A mãe dele o repreende.

— Eu matei 2 zumbis mãe! — Diz alterando sua voz.

Carl e sua mãe começam a discutir até que Beth se intromete.

— Carl não pode falar assim, ela é sua mãe...

O mini grimes envergonhado sai correndo quando Lori iria dizer algo.

Carol vê Glenn passar e o chama, me deixando sozinha com Maggie e Beth.

— Ele vai ficar bem... — Quebro o silêncio.

Ambas me olham e dão um pequeno sorriso concordando.

— Amy a muito tempo estou engasgada com isso, mas não sabia como te falar. — Maggie me olha apreensiva. — Me desculpa por não te dar o apoio que você mereceu quando seu pai faleceu, eu queria... Mas não sabia como chegar em você.

A olho e tento a confortar.
  — Tudo bem Maggie... Eu precisava mesmo ficar sozinha, eu sabia que vocês queriam me ver melhor, e isso bastou. Não precisa se desculpar por nada.

De repente, Hershel tem uma parada respiratória.

— Façam alguma coisa! — Beth grita.

Lori faz massagem cardíaca e respiração boca a boca,   Hershel a agarra mas não na forma de zumbi. Eu já estava em pé com a arma apontada pronta para atirar.

— Ele não está com febre... — Lori avisa.

O velho começa a soltar gemidos estranhos, todos já estavam perdendo as esperanças. Eu estava com um semblante sério assim como Carl que havia chegando a minutos atrás, provavelmente por ter ouvido a agitação.

De repente, os olhos de Hershel se abrem, e é revelado que ele está vivo. Maggie e Beth olham para o pai, emocionadas, e o abraçam. Solto um sorriso e guardo minha arma no coldre, olho para Carl que também me olhava sorrindo. Dou um suspiro de alívio. Passo por ele e vou até meu dormitório subindo na minha cama sentando com os pés para fora. Como desconfiei Carl vêm atrás e me olha em pé.

— É verdade que teve que atirar na sua mãe? — Carl pergunta receoso.

Eu concordo.
— Se eu não atirasse ela iria se transformar.

— Como você conseguiu?

— Não sei... — Pensou por alguns instantes. — Era o que ela queria, e não podia deixar que ela se transformasse nesses monstros.

Carl concorda e vai para sua cama.

— Você iria atirar mesmo em Hershel? — Ele pergunta.

— Se fosse preciso... Sim. — Digo com certeza em minha voz.

— Você atirara em mim?

Coloco minha cabeça para fora da cama o olhando.

— Se você continuar me enchendo de perguntar eu vou atirar. — Digo e ele ri.
[...]

Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora