Choices | The Walking Dead

54

Negan me chama do lado de dentro pedindo que eu entre. Abro a porta sem excitar, levo meus olhar a Carl, o mesmo estava sentando em uma das poltronas, sem seu chapéu e sem o seu curativo cobrindo seu olho. Carl estava visivelmente desconfortável com a situação, o garoto evita me olhar, com vergonha. Queria que ele soubesse que não precisava se envergonhar em minha presença.

— Por que me chamou? — Olho Negan.

— Carl matou dois dos meus homens, e você anda me estressando muito. — Ele sorri. — Mudei de ideia e acho que poderíamos conversar, nós três agora. Para começar, quero que Carl me cante uma música.

Carl levanta a cabeça e olha Negan confuso.

— Não consigo pensar em nenhuma...

— Mentira! Que música sua mãe cantava para você? Que música que o seu pai colocava no rádio do carro?

Carl suspira. Sua boca abria e fechava algumas vezes, quando ele começar a cantar a música baixo, seus olhos lacrimejam conforme as palavras saíam de seus lábios. Fecho os olhos e o escuto cantar, meu coração se amolece e as lágrimas umedecem minha bochecha.
Um silêncio fica no lugar assim que Carl para de cantar.

— Caramba... Sua mãe que cantava para você, não é? — Negan fala.

Carl continua em silêncio. Eu abro meus olhos e seco meu rosto, passando minha mão sobre ele.

— Onde ela está agora? — Pergunta. — Merda, ela está morta... Você viu acontecer? — Negan perguntava calmamente.

— Eu atirei nela. — Carl fala quase em um sussurro.

— Credo, não me admira que seja um assassino em série em formação.

— Você é doente. — Digo entre dentes olhando Negan.

Ele levanta seu olhar a mim e caminha ficando a minha frente.

— E você Amber, como sua mãe morreu?
— Pergunta me olhando no fundo dos meus olhos.

— Sua irmã foi mordida. — Digo num tom de raiva.

— Você deixou ela se transformar?

Negan queria me ver chorar, me ver frágil. Ele sabia como tocar no meu ponto fraco.

— Não. — Forço minha voz a sair e seguro as lágrimas. — Atirei nela.

— E seu pai como morreu?

— Ele se sacrificou para salvar eu e meu pai. Arthur tinha sido mordido e então nós fomos cercados por uma horda, se não fosse por ele não era para eu estar aqui. — Carl fala olhando para mim.

Fico boquiaberta. Eu não sabia disso.

— Uau... — Negan diz. — É uma história e tanto, agora sei de quem Amber puxou esse lado heroico.
— sorri.

Levanto meu olhar para Negan e depois olho Carl.

— Por que você não me contou!?

Carl abaixa a cabeça.

— Nossa... Sinto muito por causar isso. — Diz fingindo se lamentar.

— Cala a sua boca. — Digo entre dentes olhando Negan com ódio. — Desde que você chegou só estragou a minha vida, e a vida das pessoas próximas a mim.

— Vou fingir que não escutei isso cordeirinho, vou imaginar que só está falando isso em um momento de raiva. E com raiva todos falamos merda, não é Carl? — Negan suspira fundo. Carl concorda com a cabeça.