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Acordo assustada, olho para todos os lados e vejo Carol e Maggie sentada no chão com suas mãos e pés presos, assim como eu.

— Se acham que podem sair vivas disso, estão enganadas. — A mulher ruiva de cabelo curto fala.

Ela se levanta e me encara.

— Olha só quem acordou. — Ela sorri. — Aprecie suas últimas horas de vida garota. Eu estou morrendo de vontade de matar vocês, então tente alguma coisa e veja o que acontece. — Sorri irônico e vai para a sala do lado.

Observo o lugar que estávamos. Era sujo e úmido, parecia com uma fábrica abandonada. A mulher logo volta.

— Vocês acham justo mesmo essa vadia fazer isso no meu braço e ficar sentada aí de boa? — O homem baleado se levanta indo próximo a Carol.

Nesse momento fico atenta. Antes dele fazer algo com Carol me arrasto no chão e passo uma rasteira nele. O homem irritado me agarra pelo cabelo.

— Deixe ela em paz! — Maggie fala e chuta o joelho.

As mulheres do outro grupo interferem, o babaca baleado leva uma coronhada desmaiando, eu sou arrastada para o outro lado e Maggie e levada para outra sala para ser interrogada.

— Julguei você pela aparência garota. — A velha que fumava um cigarro diz. — Pena que vai morrer.

Suspiro fundo e encaro Carol, que nesse momento fingia ser uma mulher indefesa.

— Eu não sei como ela sobreviveu até agora. —  A velha fala e tosse.

A ruiva e a velha  começam a descurtir com Carol, não faço o favor de prestar atenção pois tentava encontrar uma forma de sair viva daqui.

— Nós todos somos Negan.— A velha diz e ri.

Negan... Me veio boas lembranças de meu tio. Me perguntava como ele estava agora, sobrevindo em algum lugar longe daqui? Ou morto em um lugar melhor?
[...]

Ambas as mulheres finalmente haviam saído da sala, deixando eu e Carol sozinhas na sala.

— Temos que sair daqui. — Digo e pego o ferro de mais cedo furando a fita.

Carol com seu terço fazia o mesmo, logo ela estava solta e me ajuda a me soltar. Quando nós duas estávamos libertas, saímos da sala atentas procurando por Maggie. Em outra sala não tao longe encontramos Maggie tentando rasgar a fita em suas mãos. Eu ajudo a mulher tirando a de seus pés.

— Temos que fugir logo daqui. — Carol fala.

— Não! Temos que acabar com isso, não podemos deixá-los viver. — Maggie diz.

Carol sem outra opção concorda com Maggie.
Voltamos para a sala que estávamos presa,  Maggie examina o homem percebe que ele já tinha morrido  e estava começando a se transformar. Maggie usa o cinto do homem para o prender em um cano velho próximo a porta. Conforme o plano, quando a velha entra na sala é mordida no braço pelo seu amigo já transformado, ela consegue matar ele com sua faca, porém acaba sendo morta por Maggie que lhe fere na cabeça até a morte. Carol pega a arma da mulher e saímos correndo pelos corredores.

Carol estava na frente armada, eu no meio com meu ferro improvisado e Maggie atrás. Estava tensa com a adrenalina nas alturas. A única coisa que eu queria era sair viva daqui, custe o que custar.

Em uma parte do corredor com zumbis presos por estacas projetados para atrasar de uma possível fuga, nos atrapalhava.

— Mas que merda! — Digo.

A mulher ruiva aparece atirando com seu revólver até que sua munição esgotasse, Carol se levanta de onde estava escondida com sua arma apontada para a mulher.

— Fuja daqui... — Carol pede. — Não quero matar você.

— Atira logo Carol... — Digo em sussurro.

Devido a um zumbi que escapa da estaca e vai para cima de Carol, que é rapidamente eliminado por mim, Carol acaba atirando mesmo sem querer no ombro da mulher. Saio andando pelos corredores dando de cara com o homem que havia me encontrado na floresta.

— Agora eu tenho um bom motivo para te matar.
— Ele diz num tom irônico.

Quando ele iria me golpear me abaixo fazendo um pequeno rasgo no seu abdômen. Ele coloca a mão no local e volta a me olhar com sangue nos olhos. Ele avança novamente, e por sorte consigo desviar indo para suas costas. Pulo travando minhas pernas em sua barriga, puxo seu cabelo para cima e faço um corte  profundo em seu pescoço. Ele cai morto no chão, sujando-me com seu sangue. Fico abaixada observando seu corpo morto em choque.

— Venha Amber, vamos. — Maggie se aproxima, tirando-me do transe.

Matamos os caminhantes que encurralavam o corredor, inclusive a mulher ruiva que havia se transformado em um deles. Quando chegamos na saída demos de cara com Rick e os outros prestes a invadir o local.

— Graças a Deus! — Rick fala e me envolve num abraço.

Depois vou até Carl que também me abraça.

— Você está bem? — Diz preocupado.

Eu ainda em choque balanço a cabeça em concordância.

Rick diz  ao refém que todos do seu grupo estavam mortos e pergunta uma última vez quem seria Negan.

— Eu sou Negan seu babaca. — O homem fala.

— Então eu sinto muito. — Rick diz e atira na cabeça do homem.

Caminhava ao lado de Carl para onde estavam nossos automóveis

— Tive medo de te perder. — Carl fala quebrando o silêncio que havia entre eu e ele.

— Juntos até o fim. — Digo e dou um fraco sorriso adentrando o trailer.
[...]

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Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora