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Estava escutando atentamente Rick e Daryl contanto como fizeram a burrada de deixar um homem roubar o caminhão de suprimentos e depois ter caído no lago.

— E agora? — Pergunto com uma sobrancelha arqueada.

— Vamos organizar outro grupo, para irem mais longe. — Rick fala.

— Eu posso ir com Amber e chamar algumas outras pessoas. — Michonne se pronuncia.

Rick a olha e concorda com a ideia.

— Amanhã vocês poderão ir. — O Grimes fala.

Subo para meu quarto permitindo a entrada de Boris. O sol começava a se por. Olho para o canto do quarto onde o cachorro se enrolava em uma coberta e se deitava.

— Mas já Boris!? — O repreendo, ela da um latido.

Sorriu e balanço a cabeça em negação. Sento-me na cadeira próximo à janela e observo o sol se pôr.

O dia hoje tinha sido calmo como todos os outros. A vida em Alexandria me lembrava como tudo era antes. Meus pais ficariam felizes em morar nesse lugar. Nina seria feliz aqui...

Escuto Boris se remexer já dormindo, fazendo todos os pensamentos se dissiparem.
[...]

Estava deitada na cama com minha insônia rotineira, me remexia tediosamente na cama. Bufo em frustração e levanto. Escuto som de respirações ofegantes. Caminho lentamente até a porta do meu quarto e a abro. O som vinha do quarto de Rick. Caminho até lá e coloco o ouvido na porta, assim, o sim fica mais alto e nítido. Arregalo os olhos e seguro a risada. Nunca esperei que Rick e Michonne fossem transar.
Quando me viro para ir embora, dou de cara com Carl subindo as escadas. Me perguntava de onde ele chegava por já ser tarde da noite. No fundo eu sabia a resposta.

Faço sinal para que ele fique quieto, e faço um movimento com as mãos indicando o ato que Mich e Rick estavam fazendo. Carl me olha surpreso.
Caminho até meu quarto logo atrás Carl também entra.

— Eles estão se divertindo, completamente. — Digo e reviro os olhos. — Poderiam ser menos barulhentos. — Faço uma careta.

— E você estava os espiando? — O garoto arqueia uma sobrancelha e cruza os braços.

— Não! — O repreendo. — Escutei um barulho e fui ver o que era... Nunca imaginaria que seria isso.

— Sim... Claro.

— É verdade Carl. Qual seria o fetiche estranho em ver duas pessoas que eu conheço transando?

Carl gargalha.
— Não sei... Você que está dizendo.

— Vá dormir Grimes! — Digo e começo o empurrar até a porta.

Ele fica estático no chão, paro com uma mão no seu peito o olhando a poucos centímetros. Assim que ele solta um leve ar quente pela sua boca, sinto o aroma de bebida. Fecho os olhos e suspiro, ainda sem me afastar. O olho dentro dos olhos, Carl também não se afastou.

— Você bebeu?

— Bem pouco... Eu e Enid achamos uma garrafa e... — Quando Carl percebe que disse o nome de Enid, se cala rapidamente.

— Relaxa. — O tranquilizo.

Quando iria me afastar ele me puxa pelo braço e gira seu corpo me prendendo contra a parede. Eu tinha minhas mãos paradas ao lado do meu corpo, e Carl com uma apoiada na parede.

— Carl... — Sussurro.

Ele coloca sua mão livre em meu lábio fazendo eu me calar. Em seguida tira uma pequena madeixa e coloca atrás da orelha. Todos seus movimentos eram delicados e calmos.

— Vou me arrepender disso depois... — Ele fala e gruda nossos lábios sem nem esperar por uma resposta.

Correspondo seu beijo, coloco uma no seu ombro e outra em seu cabelo. Suas mãos caminhavam pela minha cintura enquanto a outra apertava minha nádega direita. Antes que pudesse esquentar mais, afasto-me dele ofegante, percebendo o quão errado era o que estávamos prestes a fazer. Ele tenta se aproximar novamente, mas não deixo.
Saio do seu aperto indo para uma distância segura.

— Acho melhor você sair. — Digo olhando para baixo.

— Amy...

— Agora Carl. — Falo grossa.

— Não conte para ninguém o que houve aqui...

— Claro. — Dou um sorriso irônico.

Ele suspira e sai do quarto sem dizer mais nada.

Me jogo na cama e fecho os olhos. Podia sentir ainda o toque dele em cada centímetro.

Filho da puta! Por mais que eu negasse, por mais que eu tentasse, eu poderia mentir para quem eu quisesse. Mas a única verdade era que, eu desejava Carl, cada milímetro dele, seu toque, seu beijo... Eu queria ele. Mas eu não poderia ter ele. O coração dele não me pertence mais, tenho que aceitar de uma vez por todas, parar de ser egoísta e... aceitar.
[...]

Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora