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Após uma noite bem descansada levanto-me espreguiçando. Franzo o cenho ao observar um papel jogado no chão próximo a minha porta. Sem excitar pego o papel entre os dedos e cuidadosamente o desdobro, e observo a caligrafia.
Passo os olhos lentamente lendo cada palavra escrita ali, fico em choque por alguns segundos. Lia e relia mais vezes para ter certeza de que o que eu li tinha sido real ou apenas fruto da minha fértil imaginação.
Olho para um ponto nulo na parede e me belisco para ter certeza se eu não estava sonhando, após ter certeza que tudo era real leio por uma última vez.

Querida Amber,
Você foi uma das coisas mais espécies que esse apocalipse me trouxe. Porém eu não consigo mais. Eu te amo, e para isso eu precisaria matar por você, mas eu não posso mais fazer isso. E, por esse motivo que estou indo embora, não quero que ache que foi para te abandonar, você é, e sempre será a Amber doce e inocente que eu conheci na fazenda. Não se culpe por nada disso. Se cuide pequena. Por favor, não venha atrás de mim, vou ficar bem.
Ass. Carol Peletier

Então ontem de noite não era Carl... Provavelmente era Carol que estava aqui. Se eu tivesse levantado poderia ter impedido sua ida.

Calço meus sapatos e pego minha arma, abro a porta de forma bruta, desço as escadas chamando o nome de Rick. Quando percebo que o mesmo não estava em casa deixo o bilhete sobre o balcão e saio às pressas. Chego correndo no portão onde Rosita estava de vigia.

— Eu vou sair sim! — Digo num tom alto.

— Você não pode Amber! — Diz no mesmo tom.
— Estamos correndo perigo, todos precisam estar aqui dentro.

— Não é você quem decide se eu entro ou saio.
— Tento passar por ela porém ela se coloca na minha frente.

— O que está acontecendo aqui? — Rick e Morgan aparecem no portão.

— Carol foi embora e não querem deixar eu sair para procurá-la.

— Eu estou sabendo, vou ir procurá-la com Morgan.

— Eu vou junto. Por favor Rick.

— Está bem. — O Grimes suspira.

Adentro o carro que eles iriam usar, Morgan da partida e logo estávamos fora dos muros de Alexandria. Olhava a paisagem pelo vidro enquanto meus dedos batiam sobre minha perna, revelando meu nervosismo e ansiedade.

Uns 10 quilômetros de distância, no meio da estrada estava parado dois carros. Assim que Morgan para o carro, desço do mesmo. Havia sangue molhado no chão por uma pequena goteira que escorria.

— Ela não está aqui, isso é um bom sinal... Né?
— Encaro ambos.

— Sim Amber, ela pode ter escapado. — Morgan me conforta.

— Essa mulher é uma força da natureza, ela conseguiu matar todos esses homens.

— Eram os Salvadores? — Franzo o cenho.

— Sem sombra de dúvidas. — Rick concorda.

Observo que na grama baixa havia pequenas marcas de sangue.

— Olhem, rastros. — Aviso e começo a seguir.

Após uma caminhada de alguns minutos avistamos ao longe uma fazenda. Morgan analisava a cerca de madeira que estava suja.

Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora