Choices | The Walking Dead

41

Acordo bom batidas frenéticas na porta. Me remexo um porto relutando para me levantar. Acho que não tive nem 3 horas descentes de sono.

— Está bem já acordei! — Digo mau humorada.

— 10 minutos para se aprontar. — Escuto Rick falar do lado de fora.

Sem mais enrolação levanto-me e vou logo me aprontar antes que eu seja deixada para trás. Boris me olhava com seus olhinhos atentos acompanhando cada movimento meu.
Vou ao banheiro tomando um banho rápido, vestindo roupas limpas.
Verifico o ponte de minha pistola, quando já estava segura despeço me do cachorro e saio do quarto deixando a porta entreaberta, caso Boris queira andar livremente pela casa.

Chego ao andar de baixo Carl estava de pé com sua cara fechada e seus braços cruzados.

— Você vai? — O encaro com as sobrancelhas juntas.

O garoto balança a cabeça em concordância. O olho surpresa, porém sem deixar transparecer.

Quando estava do lado de fora, noto rapidamente Denise se aproximando.

— Aqui... Para você. — Ela me entrega um saquinho.

— O que é isso? — Faço uma careta.

— Só coma quando estiver com fome... Fornece bastante vitaminas.

— Não... Obrigada Denise.

— Eu insisto. O gosto é melhor do que a cara. — Se explica.

— Eu espero que sim, isso parece bosta de cachorro. — Dou um sorriso e ela sorri sem graça. — Obrigada.

Digo e adentro o trailer onde Daryl estava junto com algumas outras pessoas. Sento-me afastada deles, observando o lado de fora pela janela.
Vejo ao longe Carl se despedindo de Enid, suspiro e volto olhar para frente.

— Carl gosta de você. — Glenn fala.

— O que!? — Franzo o cenho.

— E você gosta dele, mas ambos são muito imaturos para quebrarem o orgulho e ficarem juntos.
— Maggie completa o que Glenn diz.

Quando eu ia respondê-los Carl aparece na porta do trailer fazendo eu continuar calada. O Grimes se senta no banco a minha frente. Eu o observo por alguns segundos antes de desviar o olhar para o chão.
[...]

O trailer estava parado junto com outro carro logo atrás. Jesus tinha informado que agora era hora de continuarem a pé. Tudo estava indo conforme os planos, apenas uma pequena parte do grupo iria entrar na base dos Salvadores para não chamar tanta atenção. E o resto já podíamos imaginar... Sangue.

— O que ela está fazendo aqui Rick!? — Carol fala, não sabia se ela se referia a mim ou a Maggie.

Rick fica confuso sem saber o que dizer. Ele me olha e eu dou de ombros.

— Escuta Amber... Você não vai entrar lá, entendeu?

— O que!? — Tento arrumar um bom argumento.

— Eu prefiro também que você fique aqui, cuidado das coisas. — Rick diz.

— Claro, cuidado das coisas. — Dou um sorriso irônico e saio batendo os pés para longe deles.

Ainda estava noite, talvez não passasse das 3 da manhã.
Eu andava pela grama baixa com a arma apoiada no ombro, sentindo o vento gélido batendo contra meu rosto. Metros à frente vejo o padre Gabriel fazendo sua ronda, resolvo andar um pouco mais para trás já que não queria o incomodar.
Enquanto caminhava lentamente, um zumbi decomposto agarra meu pé com sua mão. Bufo em raiva e o mato com uma pisada no crânio. Nojento.
Faço uma careta passando meu sapato pela grama com a expectativa de limpa-lo.

— Está com raiva? — Escuto a voz de Carl se aproximando.

— Odeio esses mortos. — Viro-me para trás.

— E quem em sã consciência iria gostar? — Ele da uma risada nasal.

— Não sei, eu já fui louca de gostar de você. — Digo de forma humorada.

Carl fica boquiaberto e logo sorri.
— Você está afiada hoje.

Lhe dou um sorriso desviando meu olhar.

Um alarme alto começa a soar. Carl e eu nos entreolhamos, ambos visivelmente preocupados.

— Eles estão com problemas. — Digo.

Quando eu iria sair correndo Carl segura meu braço.

— Amber e Carol estão no trailer, vá para lá. — Ele pede.

— Não mesmo. — O olho indignada.

— Isso não é discutível Amber! — Ele diz firme e sai correndo logo atrás do padre Gabriel.

Bufo e vou correndo ao trailer com minha arma em mãos.

— Carol, Maggie! — As chamo, de longe avisto ambas discutindo.

Antes que eu pudesse me aproximar nas costas de Maggie aparece um homem, Carol em movimento rápido pega sua pistola e dispara um tiro acertando o braço do homem, o mesmo cai no chão devido ao impacto da bala. Quando Maggie iria finalizar o trabalho, três mulheres do grupo do homem aparece mandando elas abaixarem as armas. Merda! Pego minha arma e miro no grupo inimigo. Não havia nada que eu poderia fazer sem antes matar Carol ou Maggie.

— Largue sua arma, lentamente. — Escuto uma voz vindo de trás, logo o cano da arma para na parte de trás da minha cabeça.

Suspiro e solto a arma colocando lentamente a arma na lateral do meu corpo em uma distância segura.

— Se levanta. — O homem manda.

Quando me levanto pego a faca do meu coldre e giro em 180° tentando acertar o homem atrás do meu corpo, porém ele é mais ágil e desvia me dando uma coronhada. Caio no chão desorientada, a última coisa que senti foi uma pequena linha de sangue escorrer antes de desmaiar.
[...]