35

1.8K 194 67
                                        

Carol me contava tudo o que ela é o grupo passaram até encontrarem Alexandria.

— E você e Daryl? — Sorriu para ela.

— Somos bons amigos.— Ela sorri.

— A Carol! Não rolou nenhum beijinho?

— Pare com isso Amy! — Carol gargalha.

— Poxa! Não vai me contar mesmo? — Faço um beicinho.

Antes que Carol possa responder, escutamos batidas na porta. Ambas nos entreolharmos e ela vai abrir. Estico meu corpo e consigo ver por cima do ombro de Carol que era Daryl ali.

— Caipira! — Sorriu ao ver ele.

— O que essa pirralha está xeretando aqui Carol?
— Daryl fala me olhando.

— Deus me livre! Não está mais aqui quem falou.
— Levanto-me do banco onde estava sentada. — Vou deixar vocês sozinhos. — Troco meus olhares entre Daryl e Carol, antes de me retirar da casa dou uma piscadela a mulher.

— Tome juízo Amber! — Carol grita.

Riu para mim mesma e começo a caminhar pelas ruas. Escuto passos se aproximarem de mim, quando viro-me para trás percebo que era Enid.

— Oi Amber... — Ela sorri se aproximando de mim.

— Oi Enid. — Forço um sorriso. — Aconteceu algo?

— Não... Está tudo muito bem. — Ela balança a cabeça.

Franzo o cenho e a olho.
— Tem certeza?

— Na verdade não. — Ela suspira. — Carl vem estado estranho... Como vocês moram na mesma casa, sabe se aconteceu algo com ele?

— Não sei Enid... Eu e ele não estamos conversando. Desculpe. — Digo com sinceridade.

— Ah... Tudo bem. — Ela sorri em agradecimento e se afasta.

Não posso negar que Enid era muito bonita, e era notável que ela gostava mesmo de Carl. Quando chego a casa dos Grimes, Boris estava na sala brincado com Judith que estava no colo de Michonne.
Subo as escadarias da casa, e antes que pudesse entrar no quarto que finalmente posso chamar de meu, Carl aparece abrindo a porta de seu quarto. Fico parada o olhando.

— Enid me perguntou de você. — Tento não ser grossa. — Deveria falar com ela.

— Amy...

— Não Carl.— O interrompo. — Não venha com suas conversinhas.

Entro em meu quarto e fecho a porta. Me encosto nela e suspiro fundo. Eu precisava esvaziar minha mente.
[...]

Deitada em minha casa olhando para o teto, quando tinha a plena certeza que todos estavam dormindo, levanto-me devagar para não acordar Boris, coloco minha mochila nas costas e saio da casa a passos lentos e silenciosos. As ruas de Alexandria estavam totalmente vazias. Vou para um canto afastado e escuro. Sento-me ali, abro a bolsa e retiro uma garrafa de bebida. Fico relutante mas logo me rendo, giro a tampa e dou um longo gole direto do bico. Faço uma careta ao sentir a queimação e o gosto forte e amargo. Beber não fazia com que eu esquecesse meus problemas, mas me deixava com mais coragem para enfrentá-los. Faz sentido? Bem... Não sei.

Começo a sentir calor então retiro meu casaco e o jogo dentro da mochila. Levanto meu olhar para o céu, o mesmo não tinha muitas estrelas, estava igual minha vida. Nublada e sem graça. Riu para eu mesma.

— Como você é cafona Amber...

Em meio a algumas risadas e lágrimas, continuava dando goles e mais goles naquela bebida que tinha o gosto péssimo, mas no momento era a única coisa que poderia me consolar.
[...]

Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora