Choices | The Walking Dead

21

[...] Dias depois

Rick, Daryl e Hershel tinham saído horas atrás para fazer um acordo com governador. Eu acredito que é uma baboseira, e no fundo todos sabemos que isso só tem um fim. A guerra. O que também é uma tremenda burrice, vamos matar os poucos humanos vivos na terra?

Reviro os olhos mentalmente por nada fazer sentido.

Como era meu turno para ficar de vigia, Maggie desce da torre me entregando a arma. Subo logo em seguida.
Fico parada observando os zumbis no campo sentindo a brisa bater de leve no meu rosto.

Após curtos minutos de paz escuto um assobio do lado de baixo, olho e vejo Carl parado.

— Pode subir. — Digo sem dar muita importância.

Carl finalmente sobe e para ao meu lado.

— Todos estão lá dentro... Acho que não saem tão cedo para fora... — Dá um sorriso.

Já entendi onde ele iria querer chegar. Não julgo, pois eu queria também.

Me viro para Carl, lhe dou um sorriso e colo nossos lábios. Minha mão vai para seu pescoço e a dele fica em minha cintura. Carl pede passagem para sua língua e eu permito.
Nos separamos e sorrimos um para o outro. Podia sentir minhas bochechas queimarem, eu não queria parar, mas qualquer pessoa podia aparecer.

— Eu fui o primeiro? — Carl pergunta, junto as sobrancelhas confusa. — Você sabe... A ter te beijado.

Dou um sorriso e concordo com a cabeça.

Eu e ele nos sentamos em cadeiras que haviam ali, ficamos em silêncio apenas apreciando a presença um do outro.
[...]

Carl já tinha ido embora a um tempo atrás. Carol me chama de baixo e avisa que meu turno acabou.

— Nossa passou voado! — Digo quando finalmente desço.

— Para mim passa muito devagar. — Ela suspira, eu riu.

— Boa sorte Carol. — Digo e saio andando.

Entro no bloco de celas e vejo que Michonne arrumava as armas em algumas bolsas enquanto Merle já solto de sua cela enchia seu saco. O Dixon ficava solto pelo menos na parte do dia, pois ele insistia que não era um animal para viver encarcerado. Michonne me olha pendido socorro, dou um sorriso para ela insinuando um "sinto muito mas não posso fazer nada".
Judith estava em seu berço adormecida, me aproximo e faço carinho em sua bochecha com meu dedo indicador.

— Ela deu um trabalho para dormir... — Beth aparece de sua cela.

— Dormindo parece um anjinho. — Digo fazendo a loira concordar.

Merle assim que me avista se aproxima de mim.

— Olha só... Minha amiga Amber! — Merle diz num tom debochado.

Me afasto um pouco de Jud para não acorda-lá.

— Topa ir matar o governador comigo garota? — Ele me olha. — Sei que não tem medo.

— E por que diabos eu iria Merle? — Cruzo os braços.

— Por que você é minha amiga, diferente dos outros aqui. — Ele sorri.

Dou risada.

— Posso ser sua amiga, mas não sou suicida.

— Você sempre tem uma resposta na ponta da língua em! — O Dixon ironiza.

Merle se afasta rapidamente se mim indo até Glenn, Merle fala que vai atrás de Daryl mas o coreano diz que ele não irá. O que resulta em uma bela luta entre os dois.

— Ei parem! — Grito, mas não adianta nada.

Eles finalmente param quando Beth da um tiro pro alto. Judith começa a chorar e é rapidamente acudida por Maggie. Glenn sai para o lado de fora e Merle vem para o meu lado novamente. O que fez esse homem gostar tanto de mim!?

— Parabéns, mais um motivo para eu não gostar de você. — Arqueio uma sobrancelha.

— Mais um para coleção. — Merle debocha.

Reviro os olhos e vou para perto de Michonne com a expectativa de tirar Mele do meu pé. Mas para minha tristeza ele me segue.
Merle que ainda não tinha tirado a ideia de matar o governador pergunta a Michonne se ela queira ajudá-lo. A mulher fica o encarando sem dizer nada, Merle rapidamente entendeu que era para ele calar a boca.

— Se você quiser matar ele, mate sozinho.
— Michonne fala e volta sua atenção no que fazia.
[...]

Horas depois

Rick havia chegado, e estavam todos bem. Ele nos reúne no bloco de celas e faz suspensa para falar o que ele é o governador decidiram.

— O governador quer a prisão e todos nós mortos.
— Diz Rick com firmeza. — Nós vamos para a guerra! — Diz para finalizar.

Suspiro. Eu estava certa afinal de contas.

Rick vai para um local afastado do bloco onde o grupo estava, seguido por Hershel. Franzo o cenho e vou atrás para espionar. Sempre me ensinaram que era falta de educação ficar escutando a conversa dos outros. Mas o que eu posso fazer? Estou curiosa.

— O Governador quer Michonne... — Rick fala.

— Por que você não disse a verdade a todos Rick?
— O velho pergunta.

— Eles já estão com coisas de mais na cabeça, não quero deixá-los mais preocupados. — Rick se explica.

— Michonne salvou várias vidas da nossa família do Carl, da Maggie, do Glenn... Ela conquistou o lugar dela no grupo. — Hershel fala.

— Você tem coragem de sacrificar a vida de suas filhas por Michonne? — Pergunta Rick.

— Por que me fez essa pergunta?

— Por que eu quero que me faça acreditar no contrário. — Rick fala.

Quando percebo que eles tinham acabado de conversar volto correndo para o bloco de celas.

Eu estava provavelmente com uma cara de assustada com o que acabará de ouvir.

— Você viu um fantasma Amber? — Michonne se aproxima.

Nego com a cabeça.
— Não... Eu... Estou bem. — Dou um sorriso falso me recompondo.

Ela concorda e se afasta. Adentro minha cela e deito-me na cama, pensativa.

— Você está bem? — Carl pergunta já deitando em sua cama.

— Aham. Boa noite mini grimes. — Digo e viro-me para a parede.
[...]