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Vejo Dwight levar Daryl novamente para o local onde ele ficava preso. Suspiro e sigo meu caminho até meu quarto. Escuto passos de salto alto atrás de mim, então viro-me. Vejo Sherry, ex esposa de Dwight logo atrás. Paro no meio do corredor confusa.

— Oi... Amber não é? — Balanço a cabeça duvidosa. — Tenho um plano para tirar Daryl daqui.

— Por que eu confiaria em você? — A olho.

— Você não tem outra opção. — Ela fala.

Reviro os olhos.
— Me conte o plano.
[...]

Chego na porta da sala, que dava acesso ao local onde Daryl estava preso.

— Me deixe entrar. — Digo séria ao homem que estava de guarda.

— Sem chance garota.

— Dane-se, de qualquer jeito eu te mataria.

Rapidamente pego minha faca e faço um corte profundo na extensão de sua barriga. Quando ele cai morto, abro a porta puxando o corpo do homem para dentro o jogando dentro de qualquer cela. Se tudo desse certo era para Daryl aparecer dentro de poucos segundos, com o bilhete que Sherry teria colocado de baixo da porta.
Esperava impaciente olhando de um lado pro outro, escuto passos e apunhalo minha faca. Quando vejo Daryl o mesmo quase me mata com um pedaço de ferro.

— Graças a Deus! — Falo em sussurro. — Você tem que ser rápido. Aqui, toma. — Falo e entrego a chave da moto dele.

— Você não vem? — Daryl pergunta.

— Não. Você corre perigo aqui, Negan acima de tudo é meu tio. — Tento o tranquilizar. — Agora vai Daryl. — O empurro pelo braço.

— Não posso deixar você aqui.

— Você pode e vai. — Digo séria. — Quando o Negan voltar tem que estar bem longe daqui, então vai.

— Se cuida pirralha.

O Dixon segue seu caminho relutante. Dou um sorriso fraco. Daryl finalmente estava livre. Suspiro saindo dali, subindo para meu quarto. Agora era esperar o que Negan iria fazer comigo se descobrisse que eu ajudei Daryl a fugir.
[...]

Quando viro o corredor dou de cara com Dwight, o mesmo parecia nervoso. Iria seguir meu caminho se não fosse pelo puxão que ele dá em meu braço, fazendo eu dar alguns passos para trás e bater as costas na parede.

— Onde Daryl está? — Pergunta pausadamente.

— Perguntou para a pessoa errada. — Dou um sorriso sínico e saio de perto dele.

Viro-me para trás enquanto andava e Dwight me olhava com uma cara nada boa.
Adentro direto para meu quarto e tranco a porta. Me jogo na cama bufando. Eu estou ferrada! Dwight não é burro, ele sabe que foi eu que ajudei Daryl a escapar. Pelo menos com o Dixon longe daqui não tenho muita coisa a perder. Bom, apenas minha vida, e cá entre nós, mesmo nessa merda de mundo não queria acabar morrendo.
[...]

Acordo com batidas frenéticas na porta, antes que eu me levantasse para abrir Dwight da um chute na mesma.

— Está ficando louco? — Levanto brava.

Olho o relógio da parade e vejo que não se passavam nem das 6 da manhã.

— Olho o horário Dwight!

— Coloca seu sapato. — Ele fala sério.

Franzo o cenho, mas rapidamente faço o que foi dito. Quando já estava com os calçados, ele me leva até o pátio principal, onde todos os Salvadores estavam reunidos.

— Olhe o que você fez. — Dwight diz próximo ao meu ouvido.

— Você deixou a porta aberta e deixo meu cão fugir. — Negan fala para o Dr. Carson.

— Eu não fiz nada. — Fala em desespero.

— Você sábia que a Sherry estava com pena do Daryl, então você deixou ele fugir e bancou o herói para ganhar moral com ela! — Negan fala. — Isso é uma merda do caralho.

— Ela que fugiu eu não fiz nada!

— Ela fugiu porque saberia que eu colocaria a culpa nela. Mas ela contou toda a história para o Dwight.

— Dwight está mentindo.

— E por qual motivo ele faria isso? Ele não ganharia nada com isso. Sabe... Eu conheço meu Dwight.

Olho para Dwight que entregava o ferro quente a Negan. Percebo o olhar que ele me encarava, visivelmente não era para eu fazer nada.

— Por favor não me queime com isso! — O doutor suplicava.

— Então assuma o que você fez.

— Eu fiz tudo me desculpa, me perdoa. — Dizia repetidamente.

— Pronto, era só isso. — Negan fala simples.

Solto um suspiro de alívio. Quando todos estavam em silêncio Negan agarra Carson e o joga dentro da fornalha. Meus olhos se enchem de lágrima, minhas unhas cravam a parte interna da minha mão em agonia. Saio de lá as pressas, abro a porta e
ajoelho-me no chão puxando o máximo de ar que eu conseguia.

— Ei você está bem? — Ravi se abaixa ao meu lado.

O olho e sem pensar duas vezes me jogo nos seus braços e desabo em chorar.

— Não chore Amy. — Ele acaricia meu cabelo.
— Tudo vai ficar bem.

— Aquele homem... O Dr. Carson morreu por minha culpa, ele não fez nada. Eu tinha ajudado Daryl a fugir. — Digo me afastando dele.

— Eu sei Amy, Dwight também sabe e Negan deve suspeitar. — Ravi fala simples.

— Eu tenho que confessar, não posso ficar com isso para mim.

— Não! Preste atenção, você não pode confessar nada. Carson já morreu, Negan pode estar te defendendo agora, mas se você confessar a história vai mudar. Você tem que ficar bem, e viva para proteger seus amigos.

— Ele morreu por minha causa. — Coloco as mãos sobre a cabeça.

— Amber proteja os seus. Não se lamente pela morte dos outros. — Ravi fala sério.

— Falar é fácil para você que fez coisas terríveis.

— E você? O que não teve que fazer para chegar aqui? Vamos lá Amber, você também não é santa.

— Eu não matei nenhum inocente a custo de nada.
— O olho.

— Sério? Pelo que eu vi você deixou Carson morrer apenas para proteger a si mesma.

— Tem razão Ravi, eu sou uma completa filha da puta. Obrigada por me fazer sentir melhor. — Me levanto e viro as costas.

Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora