Choices | The Walking Dead

32

  Assim que abro a porta por completo, observo Carl deitado em sua cama, sem sapatos lendo uma de suas Hq. Quando ele vira seu rosto, noto que em um dos seus olhos havia um tampão. Me perguntava internamente o que havia ocorrido.

Percebia confusão no olhar de Carl.

  Ele se levanta, ficando em pé com seu corpo enrijecido. Tento formular uma frase com coerência, mas falho miseravelmente.
O garoto caminha lentamente até onde eu estava. Não conseguia me mexer, estava paralisada. Ele pisca algumas vezes, e toca levemente meu ombro. Quando tem certeza que eu sou real seus braços me envolvem num abraço aconchegante. Céus! Como esperei tanto por esse momento.
Caio em lágrimas rodeando meu braço envolva de sua cintura, afundando minha cabeça em seu peito.

— Você é real. — Ele diz ainda desacreditado.

— Sou. — Sorriu para ele. — Novamente achou que eu iria se livrar de mim? — Riu fraco.

— Você é igual barata... Quando achamos que morreu, aparece de novo.

Dou uma gargalhada em meio a algumas lágrimas.

— Mini Grimes está mais criativo com os apelidos!
— Sorriu.

— Mini que está maior que você. — Diz e me olha de cima a baixo.

Aproveito esse memento de distancio e o analiso. Carl não havia mudado muito. Ele estava mais alto, porém seu rosto continua o mesmo.

— Você não mudou nada. — Torço o nariz.

— E muito menos você! — Sorri.

— Mentira! Maggie e Carol falou que eu mudei.
— Riu.

— Mentiram. — Reviro os olhos para Carl.

Ele olha nos meus olhos e de aproxima novamente secando meu rosto com seu polegar, em nenhum momento em me afastei. Eu queira sentir seu toque. Sorri de Carl vai diminuindo aos poucos. Em segundos a situação que antes era agradável começou a ficar desconfortável com nós dois nos encarando sem saber o que dizer.

— Eu tenho que ir... — Digo a ele meio desnorteada com o turbilhão de sentimentos.

— Temos um quarto vago aqui em casa. — Diz rapidamente.

Antes que eu possa dizer algo Rick aparece dizendo que eu poderia dormir ali. Olho para ambos e concordo. Não iria perder nada com isso. Além do mais a casa de Rick ficava mais perto da enfermaria.
Digo a eles que vou me deitar. Quando vou dar as costas Carl ainda me olhava desacreditado. Mando um beijinho no ar para ele e adentro o quarto da casa. Passo um rápido olhar e sorriu. Era composto de cores claras com móveis amadeirados.

Como estava exausta trato apenas de retirar meus sapatos, e cair em um sono profundo pela segunda vez.
[...]

Acordo com os raios alaranjados passando pelo meio da cortina mal fechada. Coço meus olhos e levanto. Vou até a janela e vejo o nascer do sol. Sorriu para mim mesma. Rapidamente volto a realidade lembrando das minhas obrigações com Nina.
Suspiro e calço meus sapatos.

Desço as escadas e ao andar de baixo vejo Michonne. Ela da um grande sorriso e vem me abraçar.

— Como você está?

— Bem... — Dou um fraco sorriso.

Fico feliz em que ela não tenha dito uma onda de desculpas por não ter me procurado. A culpa não era de nenhum deles.