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Guardávamos todas as coisas dentro do carro. Carl estava irritado pois ele queria participar do ataque. Tentei algumas vezes o confortar mas ele só me dava cortes. Eu, Beth, Carl e Hershel estávamos encarregados de ir para floresta para deixar Judith em segurança. E assim fazemos, saímos da prisão às pressas, Beth estava com Jud nos braços, eu e Carl com nossas armas em mãos.

Quando achamos um local aparentemente seguro nos estabelecemos ali, pude observar Governador chegando na prisão armado até os dentes. Logo os tiros começam.
Somos surpreendidos por um jovem que dá de cara com nós.

— Ei abaixe sua arma. — Hershel fala pro garoto, que fazia o que foi dito.

Carl sem piedade da um tiro na cabeça do jovem fazendo ele cair morto. Beth e Hershel o olham assustados com a atitude de Carl.

— Ele ia nos atacar... — Carl justifica.

— Carl ele estava abaixando a arma. — Digo firme.

— Não. — Carl nega. — Ele era um dos soldados do governador, e ia nos matar.

Suspiro deixando essa situação de lado. Não era minha responsabilidade dar sermão em Carl.

Quando finalmente os tiros sessam e o governador vai embora um silêncio se estala no local.

— Já podemos ir. — Hershel diz.

Concordamos. Eu vou andando na frente atirando em alguns zumbis que foram atraídos pelo barulho do conflito. Entramos dentro do bloco de celas.
Carl diz ao pai que matou um capanga do governador, assim que ele se afasta Hershel diz a Rick que não era verdade, e Carl matou o garoto porque ele quis. Rick fica sem acreditar.

Rick decidi ir a Woodbury para dar um basta em tudo. Então Daryl, Michonne e Rick partem.

Carl passa por mim, furioso eu o sigo e chamo mas ele não me ouve.

— Carl estou falando com você! — Digo parando na porta da nossa cela.

Ele se vira para mim com a pior cara do mundo.

— O que você quer Amber!? — Diz em um tom alto.

Arregalo os olhos e suspiro para não perder a paciência.

— Eu entendo porque você fez aquilo... Mas...

Carl me interrompe.

— Não. Você não sabe de nada! Você não me intende.

Franzo o cenho por Carl estar me tratando daquele jeito, eu não tinha feito nada para ele.

— Então se você me ajudar eu posso tentar intender... — Me aproximo.

— Não Amber! Eu não quero! Me deixa em paz.

Carl passa por mim batendo nossos ombros. Fecho meus olhos respirando lentamente controlando minha raiva. Beth aparece ao meu lado, indicando que tinha escutado tudo.

— Ele precisa de um tempo...

Dou um falso sorriso e entro para minha cela. Se Carl acha que eu vou me desculpar por seja lá o que tenha feito. Ele está MUITO enganado. Pego minha arma e começo a desmonta-lá por puro tédio. Carl após pouco tempo adentra a cela e não olha na minha cara. Minha vontade era de gritar com ele e falar toda a raiva que eu estava sentindo, mas óbvio que eu não ia fazer isso. Garoto infantil!

Me deito na cama e acabo adormecendo sem perceber. Estava exausta.
[...]

Acordo com os raios solares passando entre as grades. Bocejo e me levanto, Carl já tinha acordado. Saio para fora ajeitando meu cabelo e vejo que todos já estavam de pé, inclusive Jud.

— Por que não me acordaram? — Questiono.

— Ainda é cedo Amber, não deve passar das 6 da manhã. — Hershel diz.

Faço uma careta por ter acordado tão cedo.

— Daryl, Rick e Michonne ainda não voltaram?
— Pergunto sentindo um aperto em meu coração.

Hershel nega.

No mesmo momento que perguntei deles, escuto barulho de motores. Saio correndo para o lado de fora, Carol estava abrindo o portão permitindo a entrada de um ônibus cheio de pessoas dentro e mais alguns carros. Encaro aquilo confusa.

— O que é isso pai? — Escuto Carl perguntar a Rick que se aproximava do filho.

— Eles vão se juntar a nós. — Diz Rick com um sorriso.

Rick me lança um olhar singelo e um sorriso.
Dou um fraco sorriso enquanto os observava sair e olhavam ao redor maravilhados. Vejo algumas crianças, idosos. Bom, a família aumentou.

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Choices | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora