Capítulo 7

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Christopher von Uckermann

Dulce me deu um esporro merecido, embora tenha sido pelos motivos errados. Não vou negar que preferi muito mais assim do que pelo motivo real. Essa coisa de dois empregos e um irmão era exaustivo e tinha começado a respingar no meu trabalho. Eu precisava focar.

Depois que Dulce se afastou, fiquei alguns minutos tentando assimilar as coisas que ela me falou e esfriar um pouco a minha cabeça, ou eu poderia acabar discutindo facilmente com a esquentadinha bonita que, infelizmente, é comprometida e feliz.

— São esses? — apontei para uma pilha de pastas na mesa dela.

— Sim. — ela disse sem tirar os olhos do computador.

— Tudo bem. — quando fui pegar, ela colocou a mão em cima me impedindo.

— Preste atenção em cada detalhe das dez primeiras pastas. Você tem meia hora. — eu arregalei os olhos. — Depois, você vai arquivar as outras... — ela olhou meio com desdém. — Trinta? Quarenta? — ela sorriu debochada. — Meia hora, Christopher! — eu bufei e ela sorriu vitoriosa.

Peguei todas as pastas e voltei para minha mesa. Revisei cada uma com cuidado dessa vez e encontrei muitas coisas erradas. Alguns erros eram grotescos. Nem um estudante do primeiro deixaria passar. Me senti envergonhado por ter sido displicente e continuei meu trabalho.

Quando estava aprontando tudo para entregar a Dulce, uma figura parou na minha frente e se debruçou sobre a meia parede de plástico.

— Oi, Chris! — Maite disse toda sorridente.

— Olá. — respondi razoavelmente ríspido.

— Quer tomar um café? — ela perguntou mexendo no cabelo.

— O Christopher não vai. — Dulce apareceu atrás dela.

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