Capítulo 15

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Christopher von Uckermann

Eu tinha transado com a Dulce. Aquilo ainda não tinha feito sentido na minha cabeça, a não ser pelo estado de desespero absurdo que ela ficou.

Dulce tentou se ajeitar o melhor possível, mas estava com os nervos à flor da pele. Tivemos ali duas irresponsabilidades: ela tem namorado e esquecemos apenas a camisinha. A merda tava feita.

Me levantei em silêncio e um pouco frustrado com a situação enquanto ela andava de um lado para o outro com a não na testa, nervosa e murmurando alguma coisa. Então, depois que eu me vesti, respirei fundo e andei até o armário da lateral da porta e me abaixei. Tateei a parte inferior do armário e peguei a maçaneta que estava perdida por ali e logo a encaixei na porta, totalmente frustrado.

— Você. Não. Fez. Isso. — eu abaixei a cabeça e fiz cara de culpado. — Christopher porra! Você me paga! Muito caro! — ela passou por mim como uma bala

Peguei meu terno e a segui. Dulce tinha saído tão rápido que quase não a acompanhei. Quando chegamos na área comum, ela estava batendo na porta da sala do doutor Gutiérrez.

— Merda!

Dulce María

Eu tinha transado com o estagiário no arquivo da empresa! Sem camisinha! Minha cabeça estava prestes a explodir. O arrependimento bateu e eu já não sabia mais o que fazer. Vai saber quanto tempo mais eu ficaria ali com ele.

No meio do meu surto silencioso onde eu murmurava xingamentos para todas as próximas gerações dele, Christopher se levantou, terminou de se arrumar em silêncio e se dirigiu a porta. Minha cabeça deu um nó. Ele se abaixou e parecia estar procurando algo. Quando encontrou, se levantou e colocou a parte da maçaneta em seu devido lugar. Meu sangue ferveu.

— Você. Não. Fez. Isso. — ele abaixou a cabeça e eu bufei. — Christopher porra! Você me paga! Muito caro! — logo em seguida eu saí quase correndo.

Passei por Anahí, que se assustou, mas não abriu a boca por ver o ódio em meu olhar. Parei em frente a porta da sala de Jorge, respirei fundo e bati.

— Doutor? — disse abrindo a porta lentamente. — Podemos conversar? — ele assentiu e eu entrei fechando a porta atrás de mim. — Doutor, sei que não tenho muito esse direito, mas quero fazer um pedido. — disse me sentando na cadeira a sua frente.

— Está tudo bem, senhorita? — no mesmo momento um arrepio me subiu a espinha, lembrando da voz de Christopher.

— Uckermann já está progredindo. Ele se acertou do último erro. Creio que já possa trabalhar sozinho. — falei de uma vez e Jorge arqueou a sobrancelha.

— Tem certeza?

— Absoluta. — falei firme.

— Então, pode avisá-lo que não terá mais supervisão. — assenti. — Mais alguma coisa? — neguei com a cabeça e ele acenou.

— Obrigada, Doutor. — falei me levantando.

Assim que sai da sala de Gutiérrez, segui para a mesa de Anahí.

— Vamos sair para beber hoje. — disparei e Anahí me encarou assustada.

— Está tudo bem? — ela questionou.

— Não. Avise a Alfonso que você vai demorar hoje. — ela riu concordando com a cabeça.

Parei em minha mesa, escrevi um bilhete e fui direto para a mesa de Christopher. Ele estava fitando algum ponto invisível na sua frente, pensativo. Larguei o bilhete em cima de alguns papéis e me retirei. Ele nem mesmo piscou ou tentou falar comigo.

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