Capítulo 32

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Christopher von Uckermann

Dulce tinha feito um pedido e claro que, para minha sorte, eu seria o entregador a ir ao endereço dela.

Eu não tive reação, tive medo.

O direito é uma área elitista e se alguém sonhasse da minha segunda profissão e o motivo que ela era necessária, poderia colocar tudo por água abaixo.

Quando eu cheguei no escritório, Anahí me olhou com carinho e foi nítido que Dulce já tinha conversado com ela.

— Olá, Christopher! — Anahí foi super simpática e eu suspirei.

— Oi. — fui ríspido.

— Precisa de calma para o dia de hoje. Paciência também, viu? — ela continuou super receptiva, como nunca. — Eu gosto de você, sabia? — me fez parar no meio do caminho. — Você é nariz em pé e arrogante, mas é um bom menino. — respirei pesado. — Não precisa me responder, mas dê uma chance para vocês, tá? Conversa e abre seu coração. Tirando a mim, ninguém vai saber. Somos amigas desde sempre. — ela deu de ombros. — Pensa, tá? Com carinho.

— Bom dia, Anahí. — falei e fui direto para minha sala.

Ao chegar no meu espaço de trabalho, topei com um muro, basicamente, de pastas em minha mesa. Isso me deixou aliviado, pois assim seria quase impossível sair daqui hoje e encontrar com a senhorita Saviñón.

* * *

O dia tinha passado tranquilo, na medida do possível, até o momento em que o monumento ruivo adentrou no meu minúsculo espaço, me deixando absurdamente acoado e bizarramente sem graça.

Eu sei que devo conversar e explicar tudo para ela, mas eu realmente não tô preparado ainda para entrar nessa parte da minha vida.

— Christopher? — Dulce me chamou e eu continuei lendo o processo. — Ótimo, você não vai falar comigo. — ela pausou, esperando uma resposta — Ok, então! Será assim. Sem contato nenhum a partir de hoje. Vou pedir para o Doutor Gutiérrez te transferir de setor. — levantei meu olhar lentamente.

— Não ainda, Dulce.

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