Capítulo 18

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Christopher von Uckermann

Quando cheguei no tal bar, vi a Maite me esperando na entrada. A princípio, não entendi bem o porquê de ela estar me esperando lá fora, mas passei a entender perfeitamente quando entramos.

Dulce estava lá com Anahí. Elas estavam bebendo e a recepcionista do nosso andar estava bem animada com algo que Dulce contava à ela.

— Droga. — falei baixinho, mas não o suficiente.

— Aconteceu algo, Chris? — Maite me encarou. — Posso te chamar assim, não é?

— Sim. — disse sem nem pensar muito.

— O que aconteceu? — ela perguntou novamente e eu apontei com o queixo para mesa de Dulce. — Elas te incomodam?

— Não! Na verdade, eu só não acho muito legal elas verem a gente juntos, por causa do trabalho e tudo o mais, mas...

— Já foi, né? — ela olhou para mesa das meninas e Dulce encarava a gente com a sua melhor cara de ódio.
— Pois é. Vem, vamos entrar.

Nos sentamos do lado oposto em que Dulce e Anahí estavam e pedimos duas cervejas. Já estava arrependido de estar ali. Eu não parava de pensar no que aconteceu pela tarde. Em como a Dulce ficou mais leve quando estávamos sozinhos e como ela se entregou completamente na hora do sexo. Depois lembrei do seu bilhete e a minha cabeça só faltou dar um nó. Eu via a boca da Maite se mexendo, mas não conseguia prestar atenção em uma palavra.

— Christopher? — ela estalou os dedos na minha frente e eu a olhei com atenção — Se não queria sair, era só ter avisado. — ela falou emburrada e eu franzi o cenho.

— Como assim?

— Tá na cara que você não está prestando atenção em uma palavra do que eu estou falando! Assim fica difícil. — Maite estava claramente chateada e eu não podia culpá-la.

— Desculpe! Hoje teve muita coisa no trabalho, alguns problemas... — dei de ombros.

— Então, acho melhor irmos embora. — ela disse seca.

— Tudo bem. Vamos. — seu semblante ficou ainda mais fechado.

Ela mal olhou para mim ao se despedir. Apenas acenou com a cabeça e entrou rapidamente em seu carro. Respirei fundo e coloquei meu capacete. Hora de ir para casa e acabar com aquela merda de dia.

Depois de estacionar a moto na garagem, fui na casa da Allie pegar o Martin, mas ele já estava dormindo.

— Ele deu muito trabalho hoje, Allie? — ela sorriu debochada.

— Claro que não, Chris! Martín é um amor de criança! Hoje ele estava um pouco mais agitado, então o levei ao parque. Mas está dormindo desde que chegamos. — ela sorriu e apontou para o sofá. Não pude evitar de sorrir também.

— Eu não sei que seria de mim sem você. — a abracei.

— Nada! — ela riu se soltando e deu um tapa em minha cabeça.

Peguei Martín com todo cuidado para não acordá-lo e fomos para casa. O deixei em sua cama e não ousei trocá-lo, pois não queria arriscar que o mini-furacão despertasse. Tomei um banho rápido, coloquei um samba canção e me joguei no sofá. Não deu 2 minutos e o meu celular começou a tocar. Peguei bufando sem nem olhar o nome na tela.

— Alô! — falei secamente. Franzi a testa ao reconhecer a voz do outro lado — Dulce?

Extraño-TeOnde histórias criam vida. Descubra agora